Receitas, consumo e curiosidades para aproveitar a safra do pimentão

Editoria: Economia

O pimentão tem suas origens nas Américas Central e do Sul, onde foi cultivado por civilizações antigas como os astecas e os maias. O alimento foi levado para a Europa na época das grandes navegações, conquistou o paladar de vários países e passou a ser amplamente cultivado. Os húngaros, por exemplo, transformaram o pimentão em …

O pimentão tem suas origens nas Américas Central e do Sul, onde foi cultivado por civilizações antigas como os astecas e os maias.

O alimento foi levado para a Europa na época das grandes navegações, conquistou o paladar de vários países e passou a ser amplamente cultivado. Os húngaros, por exemplo, transformaram o pimentão em um pó conhecido como páprica, hoje famoso em todo o mundo. 

Produção no país

A produção de pimentão ocorre em várias regiões do mundo. No Brasil, entre os principais estados destacam-se Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina, São Paulo e alguns estados do Nordeste.

O cultivo pode ser feito em campo aberto ou em estufas (para melhor controle das condições climáticas).

Características e tipos

Os pimentões têm casca lisa e polpa crocante, e possuem três formatos principais: quadrado, retangular e cônico.

No Brasil, as variedades mais comuns possuem casca verde quando imaturas, que mudam para vermelho, amarelo ou laranja ao amadurecer.

Também há espécies menores e de cores diferentes, como roxo e branco-creme, que ao amadurecerem podem se tornar amarelas, laranjas ou vermelhas.

Por ser colhido antes de amadurecer, o pimentão verde tem um sabor mais intenso, marcante e levemente azedo, diferente dos pimentões maduros, que possuem um sabor mais suave e adocicado. Geralmente, o pimentão verde é mais barato, pois seu cultivo demanda menos insumos agrícolas e permanece menos tempo na planta.

Páprica: pimentão em pó criado pelos húngaros

Propriedades e benefícios

  • Vitaminas e minerais: excelente fonte de vitamina C, A e complexo B, além de minerais como o potássio;
  • Antioxidantes: contêm compostos bioativos, que ajudam a combater o estresse oxidativo;
  • Fibras: Ajudam na digestão e promovem a saciedade.

O pimentão verde oferece uma quantidade maior de fibras, enquanto os maduros contêm mais quantidades de magnésio, potássio e vitamina C.

Os benefícios incluem ainda o fortalecimento do sistema imunológico e auxilia à saúde da pele, além da proteção da saúde dos olhos com a luteína e a zeaxantina, dois potentes carotenoides, presentes nos pimentões de cor amarela e laranja.

Aquisição e armazenamento

  • Na hora da compra, opte por aqueles que têm casca firme, sem manchas ou áreas moles e livres de mofo;
  • Podem ser conservados em local fresco, mas, eventualmente, murcham em temperatura ambiente, interferindo na sua qualidade;
  • Na geladeira, armazene em recipiente fechado, pois duram mais de uma semana. 

Como consumir

O pimentão pode ser consumido verde ou maduro, cru em saladas, como tempero, grelhado, cozido ou recheado.

Para ser preparado cru, é necessário fazer a desinfecção, já o cozimento facilita a digestão desse vegetal.

  • Pimentão Verde: com sabor intenso e levemente picante, é ideal para consumir cru em saladas ou acompanhado de carnes vermelhas;
  • Pimentão Vermelho: de sabor mais adocicado e suave ao paladar, é excelente para preparar molhos e saladas;
  • Pimentão Amarelo: tem sabor mais suave e combina muito bem com carnes brancas.
O pimentão pode ser consumido cru, cozido, como tempero, grelhado ou recheado

Receitas

Para colocar em prática as suas formas de preparação, o Alimente-se Bem separou algumas opções de  receitas:

Farofa colorida

Sopa de grão-de-bico

Carne louca de casca de banana

Arroz sustentável

Almôndegas de berinjela com molho de tomate

Patê de berinjela com talos

Curiosidades sobre o pimentão

1. O pimentão verde é, na verdade, o mesmo que os pimentões coloridos. Podem ser colhidos verdes ou mantidos no pé até amadurecerem.

2. Para algumas pessoas, a remoção da casca do pimentão melhora sua digestibilidade. Para remover com o mínimo de desperdício, faça cortes superficiais no sentido do comprimento e mergulhe-o em água fervente até que a pele comece a se soltar. Depois retire cuidadosamente.

3. Junto com cebola e tomate, o pimentão compõe a "peperonata", entrada típica italiana.

4. Na escala de Scoville (escala de unidades de picância), o pimentão tem valor 0.

5. A expressão “ficou um pimentão” é usada para descrever pessoas que ficam vermelhas, após alguma situação constrangedora, quando estão inseguras ou expostas ao sol em excesso.

Safra do coco: variedades, benefícios, receitas e sustentabilidade

Editoria: Economia

O coco foi introduzido no Brasil em 1553 pelos portugueses. É originário do sudeste da Ásia e foi descoberto durante a viagem de Vasco da Gama à Índia, entre 1497 e 1498. No Brasil, a maior parte da produção está concentrada no Nordeste, especialmente Bahia, Ceará, Sergipe e Pernambuco. No mundo, os principais produtores são …

O coco foi introduzido no Brasil em 1553 pelos portugueses. É originário do sudeste da Ásia e foi descoberto durante a viagem de Vasco da Gama à Índia, entre 1497 e 1498.

No Brasil, a maior parte da produção está concentrada no Nordeste, especialmente Bahia, Ceará, Sergipe e Pernambuco. No mundo, os principais produtores são Indonésia, Filipinas, Índia e Sri Lanka.

Importância cultural

O coco é mais que um alimento na cultura indígena e afro-brasileira, ele representa tradição. Nas comunidades indígenas, o alimento é usado em pratos típicos, como farofas e bebidas, e suas partes, como cascas e folhas, são utilizadas em rituais e artesanato.

Na culinária afro-brasileira, ele é essencial em pratos como moqueca e acarajé, e também está presente em práticas religiosas, simbolizando ancestralidade e conexão com a natureza.

Preservar e valorizar o uso do coco é fundamental para manter vivas essas tradições e a diversidade cultural no Brasil.

Coco verde: ao amadurecer, transforma-se no coco seco que conhecemos

Variedades

Existem várias espécies com características distintas. No Brasil, as que mais se destacam são o coco-anão, o coco de babaçu e o coco-da-baía. O coco verde é consumido principalmente pela água de coco, uma bebida que refresca e hidrata.

Agora uma curiosidade: você sabia que o coco seco é o coco verde que amadureceu? Conforme o coco verde amadurece, a quantidade de água em seu interior diminui e a polpa vai ficando mais espessa e firme.

O interior do coco seco é mais rico em óleos e nutrientes, ideal para a produção de derivados como óleo de coco, leite de coco e coco ralado, que são muito versáteis na culinária e na indústria.

Benefícios

O coco é rico em nutrientes e fonte de vitaminas, minerais e fibras. A água de coco tem alto teor de potássio, magnésio e fibras do complexo B, sendo uma excelente opção de hidratação. Já a polpa é rica em gorduras, como o ácido láurico, conhecido por suas propriedades antimicrobianas e seu papel no fortalecimento do sistema imunológico. Além disso, o coco também é fonte de fibras importantes para a saúde intestinal.

Coqueiro: a “árvore da vida”, tudo se aproveita

O coco e a sustentabilidade

Em várias culturas o coqueiro é conhecido como “árvore da vida”, porque todas as suas partes podem ser aproveitadas. 

A árvore se desenvolve com poucos recursos naturais e se destaca como uma opção sustentável e economicamente atrativa

No entanto, para que essa produção seja ecologicamente sustentável, é fundamental adotar práticas agrícolas responsáveis, reduzir o uso de defensivos e manejar adequadamente o solo.

Aproveitamento integral

Há uma variedade de produtos derivados do coco, destacando sua versatilidade e sustentabilidade:

Derivado do CocoDescriçãoUtilização
Água de cocoLíquido encontrado no interior do coco verdeBebida hidratante natural
Óleo de cocoÓleo extraído da polpa do coco secoCulinária, cosméticos, produtos de higiene e terapias naturais
Leite de cocoLíquido extraído da polpa misturada com águaCulinária - receitas doces e salgadas, e bebidas 
Coco raladoPolpa do coco seco raladaCulinária - receitas doces e salgadas 
Farinha de cocoFarinha obtida da polpa do coco seca e desengorduradaUtilizada em receitas (opção sem glúten)
Açúcar de cocoAdoçante natural extraído da seiva das flores do coqueiroAdoçante para bebidas e receitas culinárias
Carvão de cocoProduto obtido da queima da casca do cocoUso em churrasqueiras, filtros de água e cosméticos (carvão ativado)
Fibra de cocoFibras extraídas da casca do cocoFabricação de cordas, tapetes, escovas e colchões ecológicos
Casca de cocoParte externa do cocoAdubo orgânico, substrato para plantas e artesanato
Manteiga de cocoProduto pastoso obtido da polpa do cocoSubstituto de manteigas e margarinas, e uso culinário e cosmético
Creme de cocoVersão mais concentrada do leite de cocoCulinária (substituto do creme de leite)
Biomassa de cocoSubproduto da extração de óleo ou leite de cocoIngrediente em alimentos funcionais e cosméticos naturais
Palmito de cocoCaule jovem do coqueiroNormalmente mais utilizado na gastronomia - saladas e pratos quentes

Sobre o óleo de coco e sua utilização com a finalidade de emagrecimento, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO) se posicionaram formalmente contra o uso, levando em consideração a falta de evidências médicas para a eficácia do tratamento e apontando para os riscos à saúde provenientes do seu uso prolongado.

Dicas de compra e armazenamento

Coco verde:

  • Escolha cocos com casca verde uniforme, sem manchas de cor marrom, rachaduras ou descoloração. Cocos com casca marrom são maduros e têm pouca água;
  • Ao sacudir o coco, ele não deve fazer barulho, indicando que está cheio de água. Se houver som, pode estar maduro demais, rachado ou vazando;
  • Verifique o topo e a base em busca de pontos moles ou sinais de mofo.

Coco seco:

  • Cocos secos mais pesados contêm mais água e são mais frescos. Compare os pesos de diferentes cocos para escolher o mais pesado;
  • Sacuda o coco, se o som da água for nítido, está fresco. Se não houver som, pode ter perdido água e a polpa pode estar azeda;
  • Os pontos pretos (“olhos”) devem estar sem rachaduras, manchas ou mofo. Verifique também se a casca apresenta descoloração, que pode indicar envelhecimento.

Após escolher um coco fresco, é importante armazená-lo corretamente para prolongar sua durabilidade. Veja algumas dicas práticas:

  • Mantenha o coco inteiro em um local fresco e seco;
  • Evite expô-lo à luz solar direta, pois isso acelera o processo de maturação;
  • Não armazene o coco na geladeira, a menos que ele já esteja aberto. O frio pode alterar a textura e o sabor da polpa;
  • Se o coco estiver aberto, retire a água e guarde-o em um recipiente hermético na geladeira para manter a qualidade por mais tempo.

Mesmo com os devidos cuidados, o coco pode eventualmente se deteriorar. Fique atento aos seguintes sinais:

  • Cheiro desagradável, azedo ou fermentado;
  • Polpa com mofo, manchas escuras ou textura pegajosa;
  • Presença de rachaduras profundas ou manchas na casca.
Leite de coco: versátil e dá para fazer em casa

Como preparar o leite de coco caseiro?

Essa é uma opção para o preparo de um leite de coco natural com apenas 2 ingredientes. Acesse a receita de leite de coco caseiro.

Curiosidades

  • O coco de roda é uma dança tradicional do Nordeste que tem sua origem na união da cultura negra com a cultura indígena no Brasil. Acredita-se que surgiu no interior, provavelmente em quilombos, a partir do ritmo originado na quebra dos cocos;
  • A água de coco foi usada como substituto do plasma sanguíneo durante a Segunda Guerra Mundial;
  • As palmeiras de coco ajudam a prevenir a erosão do solo em áreas costeiras.

Receitas

Doces SalgadasBebidas
Beijinho de batataBobó de frango com talosBebida vegetal à base de coco
Bolo de abóbora com cocoFrango ao leite de cocoSuco de melão com coco
Bolo de banana com cenoura
Bolo integral maravilha
Cocada cremosa de batata doce
Docinhos sem açúcar
Fantasia de abóbora

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Jabuticaba: safra do mês e benefícios da fruta com a cara do Brasil

Editoria: Economia

Jabuticaba, fruta de origens brasileiras

A jabuticaba (ou jaboticaba) é uma fruta da família das mirtáceas tipicamente brasileira, originária da Mata Atlântica, um dos maiores biomas do Brasil.

Seu nome deriva do tupi e pode ter dois significados: “gordura de jabuti” ou “frutas em botão” (devido à maneira como a jabuticaba cresce na árvore).

Ela faz parte do grupo de frutas nativas que já integravam a dieta dos povos indígenas antes da chegada dos colonizadores portugueses. Essas frutas conseguiram evitar a extinção por se propagarem espontaneamente no bioma e por se localizarem em áreas de difícil acesso para a agricultura moderna.

Produção e características

O Brasil é o principal produtor mundial de jabuticaba, com a maior concentração nos estados de Goiás, Paraíba, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

O cultivo pode ser feito em hortas caseiras, pequenas fazendas e grandes pomares industriais.

A safra ocorre na primavera e no verão, com grandes quantidades de frutos de casca negra e polpa branca que crescem aglomerados no tronco e nos ramos das árvores.

As jabuticabas são consumidas in natura ou na forma de geleias, sucos, licores, aguardente, vinho e vinagre.

O fruto: casca escura e polpa branca com diversas substâncias importantes

Propriedades e benefícios

Na polpa da jabuticaba estão presentes ferro, fósforo, vitamina C e niacina, uma vitamina do complexo B. Já na casca temos pectina e peonidina, além da antocianina, o pigmento que dá a cor azul-arroxeada da fruta.

A antocianina possui forte ação antioxidante, ajudando a prevenir a formação de radicais livres. Segundo alguns estudos, pode auxiliar também no controle do nível de açúcar no sangue em diabéticos.

Por outro lado, a maior concentração da substância está na casca, assim recomenda-se a utilização integral em sucos, geleias e outras preparações.

Quando processada industrialmente, a jabuticaba gera um subproduto composto pela casca e o caroço, que além do alto valor nutricional (compostos fenólicos e fibras dietéticas) pode ajudar na regulação intestinal estimulando o crescimento da microbiota benéfica.

São muitos os motivos para aproveitar a fruta integralmente, além da redução de resíduos orgânicos.

Seleção, compra e armazenamento

Como escolher: a fruta deve estar firme, a cor brilhante e a casca lisa, sem rachaduras.

Como higienizar: a jabuticaba amadurece rapidamente, portanto lave apenas a quantidade que será consumida em água corrente. Para uma higienização completa, use uma solução de água e hipoclorito de sódio e enxágue bem para remover qualquer resíduo.

Como armazenar: o ideal é consumir imediatamente. Se não for possível, lave, seque bem e guarde na geladeira em recipiente fechado. Mas atenção: mesmo assim, a fruta não vai durar muito. A jabuticaba tem alto teor de açúcar e vai fermentar depois de madura.

Para prolongar a durabilidade, higienize, seque e espalhe em uma bandeja para congelar. Uma vez congeladas, coloque em um recipiente tampado e retorne ao congelador. Cuidado: só descongele se for consumir.

Geleia e suco: duas das muitas formas de consumir jabuticaba

Consumo

A jabuticaba pode ser consumida de diversas maneiras, todas deliciosas. Confira:

  • Crua, na forma natural;
  • Sucos;
  • Geleias;
  • Bolos;
  • Em pó (como corante ou aromatizante) em iogurtes, vitaminas, pães e bolos.

Mas, lembre-se: para aproveitar de forma integral todos os benefícios da fruta, é recomendadosempre consumir a casca e a polpa. É na casca que está a maior parte das fibras e antioxidantes.

Para ajudar, o Alimente-se bem separou para você algumas receitas:

Filet mignon suíno com molho de jabuticaba

Manjar de jabuticaba

Geleia de cascas e sementes de jabuticaba

Smoothie de jabuticaba e banana

Curiosidades

• A cor da jabuticaba atrai os passarinhos, ajudando na dispersão das sementes e na perpetuação da espécie;

• A jabuticaba é o símbolo da cidade de Sabará, em Minas Gerais, há mais de 30 anos. A prefeitura concede 5% de desconto no IPTU por pé de jabuticaba. Também é possível alugar um pé da fruta para comer à vontade, e, em setembro, realiza-se o Festival da Jabuticaba.

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Coentro: safra do mês, seleção, aproveitamento integral e receitas

Editoria: Economia

O coentro, cujo nome científico é Coriandrum sativum L., é uma das mais antigas ervas/especiarias registradas, tendo sido mencionado em textos egípcios e em sânscrito. É uma planta da mesma família que o aipo, a salsa, o cominho e a salsinha. Chegou ao Brasil junto com os colonizadores portugueses e se adaptou muito bem ao …

O coentro, cujo nome científico é Coriandrum sativum L., é uma das mais antigas ervas/especiarias registradas, tendo sido mencionado em textos egípcios e em sânscrito.

É uma planta da mesma família que o aipo, a salsa, o cominho e a salsinha. Chegou ao Brasil junto com os colonizadores portugueses e se adaptou muito bem ao nosso clima.

Produzida em estados como Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Pará, Amazonas e Bahia, tornou-se popular na culinária do norte e nordeste do país, sendo muito utilizada em saladas, vinagretes, sopas, ensopados e na tradicionalíssima moqueca.

Cultivo e produção

Trata-se de uma planta bastante adaptável e pode ser cultivada em diferentes climas e tipos de solo, o que permite que vários países contribuam para sua oferta global (Índia, México e Estados Unidos, entre outros).

Em climas quentes, a planta floresce rapidamente e transita para a fase de semente, o que pode alterar o sabor do tempero. Nesse caso, cultivo e colheita devem ser adequados às condições e necessidades locais.

O coentro pode ser plantado em vasos e jardineiras, portanto não pode faltar na sua horta doméstica e muito menos na sua mesa!

Tipos e utilização

Ele pode se apresentar fresco (em folhas), em sementes e como coentrão, uma planta alimentícia não convencional (PANC). Suas raízes também podem ser consumidas.

Coentro fresco: tem um sabor distinto e picante, muito apreciado em diversas cozinhas do mundo (mexicana, indiana, tailandesa e vietnamita, entre outras). Pode ser utilizado em saladas, guarnições, molhos, sopas e como tempero em receitas.

Sementes de coentro: sabor mais suave e levemente adocicado. Utilizadas inteiras ou moídas em marinadas e na preparação do curry, entre outros pratos.

Coentrão: variação da planta com folhas duras e pontiagudas, precisa ser cozido para consumo. Essencial para o tacacá e o tucupi, delícias da culinária do norte e nordeste.

Propriedades e benefícios

Nos pontos de vendas, o coentro e a salsa podem ser facilmente confundidos

As folhas do coentro são fontes de nutrientes essenciais, como ferro, manganês, magnésio, fibras, vitamina A, complexo B, vitamina C, cálcio, fósforo, sódio, potássio e zinco.

Já a semente apresenta compostos diversos, sendo o mais importante um óleo que reduz a pressão arterial e protege o coração. O mesmo óleo também tem ação analgésica (nos casos de enxaqueca) e antimicrobiana, sendo utilizado no tratamento de distúrbios gastrointestinais.

Seleção e compra

O coentro é facilmente confundido com a salsa, já que ambos são plantas da mesma família. No entanto, como distinguir?

 CoentroSalsa
RaizVendido com raizVendido sem raiz
Formato das folhas  ArredondadoAlongado
AromaCheiro de matoCheiro cítrico
CorVerde claroVerde mais escuro

Ao comprar coentro, fresco ou em semente, fique atento:

  • As folhas devem ser firmes, verdes e vibrantes, sem manchas amareladas/escuras, sem estarem moles ou pegajosas;
  • O aroma é um bom indicativo da frescura e da qualidade do coentro;
  • As sementes devem ser secas, inteiras e ter uma cor marrom claro;
  • Evite sementes quebradas ou com coloração escura;
  • Verifique a data de validade na embalagem.
O coentro em sementes deve ser armazenado em local fresco e seco, em recipiente fechado

Armazenamento

Para conservar corretamente o coentro na geladeira, alguns cuidados são necessários:

  • Lave as folhas, higienize e retire toda a umidade possível;
  • Forre o recipiente com papel toalha, coloque as folhas secas e cubra novamente com papel toalha. Vá fazendo camadas, sempre com o mesmo procedimento;
  • Tampe o recipiente e coloque de cabeça para baixo na parte inferior da geladeira, bem fechado;
  • Já o coentro em sementes deve ser mantido em local fresco e seco, em recipiente fechado e longe da luz direta.

O coentro também pode ser congelado para o preparo de pratos quentes como sopas, ensopados e molhos. A planta fica “mole” depois de descongelada, por isso não é recomendada para decoração ou finalização de pratos.

  • Separe as folhas dos talos e raiz, podem ser picadas ou inteiras, conforme a preferência;
  • Coloque as folhas em um recipiente e adicione uma colher (chá) de azeite. Misture bem para envolver todas as folhas com o óleo. Isso vai proteger o coentro do frio e evitar que ele fique mole;
  • Transfira o coentro para um pote, tampe e retire o ar.
A tradicionalíssima moqueca: coentro decora e dá sabor!

Aproveitamento integral e culinária

Apesar de bastante empregado na culinária tailandesa e vietnamita, poucas pessoas no Brasil sabem que a raiz de coentro pode ser usada como tempero, em marinadas, sopas, ensopados e molhos.

Ela acrescenta aroma e sabor cítrico, levemente picante, assim como as folhas de coentro, só que mais suave. Os talos também podem ser utilizados em várias preparações, pois além dos benefícios nutricionais, ao utilizar as partes não convencionais, é possível economizar e ajudar a evitar o desperdício doméstico.

A culinária nordestina teve uma forte influência das cozinhas portuguesa, indígena e africana. É ampla, rica e cheia de particularidades que mudam de estado para estado. Mas, se há algo em comum, ou pelo menos presente em muitas receitas locais, é o coentro.

Na salada, vinagrete e em receitas como a tradicional moqueca de peixe. A planta é uma das responsáveis pelo sabor característico da culinária nordestina.

O Alimente-se bem separou para você algumas receitas:

Sopa Aromática
Caruru Saboroso
Pescada com Pirão
Cuscuz Caipira
Refogadinho de Mamão Verde

Curiosidades

• Os antigos egípcios já utilizavam coentro para embalsamar os corpos e como planta medicinal. Atribuíam propriedades digestivas e calmantes. Quando usado externamente, acreditavam que aliviava dores das articulações e reumatismos;

• Povos antigos comparavam a erva a um inseto. É daí, aliás, que vem o nome: “coriandrum”, em latim, significa “cheiro de percevejo”.

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Aprenda receitas com repolho, benefícios do consumo e dicas para evitar o desperdício e aproveitar a safra

Editoria: Economia

Consumido desde a antiguidade nas regiões costeiras do Mediterrâneo da Europa, o repolho se adaptou mundialmente em climas e solos diferentes.  É uma hortaliça que pertence à família das couves e dos brócolis, e possui diversas cores, como branco, verde, amarelo e roxo. As variedades branco e verde são as mais comuns no país.  Produção  …

Consumido desde a antiguidade nas regiões costeiras do Mediterrâneo da Europa, o repolho se adaptou mundialmente em climas e solos diferentes. 

É uma hortaliça que pertence à família das couves e dos brócolis, e possui diversas cores, como branco, verde, amarelo e roxo. As variedades branco e verde são as mais comuns no país. 

Produção 

Regiões Sul e Sudeste são as que mais produzem a hortaliça

No Brasil, a produção de repolho concentra-se em São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, devido às condições favoráveis, como: 

  • Clima: se adapta bem às condições mais amenas encontradas no Sul e Sudeste; 
  • Solo: mais férteis e drenados; 
  • Ciclo de produção: varia de 70 a 120 dias, dependendo do tipo e das condições climáticas. 

Variedades  

Durante a safra os alimentos são mais baratos
Repolho Verde  Possui folhas verdes claras e compactadas, e é utilizado em saladas, cozidos e pratos diversos
Repolho Roxo Com cor roxa ou púrpura, as folhas são mais densas do que as do repolho verde. 
Repolho Chinês (Napa) Caracterizado por folhas mais soltas e alongadas, com um sabor suave e textura crocante. Geralmente, é utilizado em pratos asiáticos, como salteados, sopas e kimchi. 
Repolho Savoy Possui folhas verde-escuras e enrugadas, e textura macia. É ideal para pratos cozidos, sopas e como folhas de envoltório devido à flexibilidade. 

Receitas  

O repolho é bastante utilizado em saladas

Para aproveitar a safra, os tipos de repolho e a versatilidade de ser consumido cru, cozido, refogado ou ensopado, o Alimente-se Bem selecionou oito receitas. São elas: 

Cassoulet verde  

Salada colorida 

Salada com sementes  

Salada de repolho com melão 

Salada de repolhos e abacaxi com molho cremoso de iogurte  

Fritada especial 

Rolinhos de folhas 

Salpicão de repolho com uva  

Nutrição e benefícios  

A composição de vitaminas e minerais pode variar conforme o tipo de repolho. Porém, de modo geral, a hortaliça possui boas fontes de: 

Fibras:  ajudam no bom funcionamento do intestino e no controle dos níveis de glicose e colesterol

Minerais: possui cálcio, magnésio e fósforo que auxiliam no bom funcionamento do organismo, especialmente no sistema imunológico

Vitamina C: contribui na renovação celular e prevenção de doenças, como gripe e resfriado

Vitamina K: favorece a coagulação sanguínea e saúde dos ossos. 

Alimento funcional  

Segundo a ANVISA, o consumo de alimentos funcionais produz efeitos metabólicos e fisiológicos que são benéficos à saúde e podem diminuir o risco de doenças.  

Os vegetais crucíferos como repolho, couve-flor e brócolis possuem glicosinolatos e reduzem o risco de desenvolvimento de câncer

Dicas de compra e consumo 

Atente-se na qualidade do vegetal na hora da compra

Feiras ou supermercados 

  • Escolha as cabeças de repolho firmes, compactas e sem rachaduras. Entre as de mesmo tamanho, prefira as mais pesadas
  • As folhas devem estar sem manchas escuras e de perfurações; 
  • O repolho pode ser comercializado já picado e embalado. Observe se produto está exposto em gôndolas refrigeradas, pois garantem a conservação, e verifique a data de validade

Higienização 

  • Corte o repolho antes de higienizá-lo para que os resíduos da parte interna sejam removidos.  

Armazenamento 

  • Repolho inteiro: o ideal é guardá-lo na geladeira dentro de recipientes fechados. Dessa forma, pode durar por vários dias; 
  • Repolho picado: coloque-o em potes com tampa ou embale bem. Assim, pode ser manter por até cinco dias na geladeira. 

Desperdício 

Conserve corretamente o repolho para evitar o desperdício

Segundo o Relatório do Índice de Desperdício 2024, divulgado pela ONU, em 2022, foram gerados 1,05 bilhão de toneladas de resíduos alimentares, incluindo partes não comestíveis. 

Entre os alimentos desperdiçados, 60% ocorrem em domicílios, seguido de 28% dos serviços de alimentação, como restaurantes, bares e lanchonetes, e 12% no varejo. Isso é só uma parte, pois o desperdício ocorre em toda cadeia de produção.  

Por isso, o Alimente-se Bem incentiva o planejamento de compras, seleção, armazenamento correto e aproveitamento integral dos alimentos para minimizar o desperdício em casa

3 curiosidades sobre o repolho roxo 

  1. O vegetal ou o caldo onde foi cozido pode ser utilizado como indicador de pH, pois fica vermelho em soluções ácidas e azul em soluções alcalinas; 
  2. É rico em antocianinas, um composto que também é encontrado nas uvas, que favorece à saúde do coração
  3. Essa variedade é conhecida por causar formação de gases em algumas pessoas. Por isso, é recomendado evitar o consumo do repolho cru. 

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Entenda os tipos de agricultura e os benefícios de montar uma horta caseira

Editoria: Economia

A agricultura é uma das principais atividades econômicas do Brasil, que envolve o cultivo de verduras, legumes, frutas e grãos.   O Brasil está entre os dez maiores produtores de alimentos do mundo, mas você sabe qual a diferença entre as categorias de agricultura? Vamos entender.  Agricultura convencional   Possui um investimento significativo em capital nas operações …

A agricultura é uma das principais atividades econômicas do Brasil, que envolve o cultivo de verduras, legumes, frutas e grãos.  

O Brasil está entre os dez maiores produtores de alimentos do mundo, mas você sabe qual a diferença entre as categorias de agricultura? Vamos entender. 

Agricultura convencional  

A agricultura é uma das atividades que movimenta a economia do país

Possui um investimento significativo em capital nas operações de material agrícola, como mudas e sementes, fertilizantes e defensivos, maquinários, água e eletricidade. 

É dividida em funções e hierarquia, como gestão administrativa, gestão de venda e mão-de-obra agrícola, geralmente terceirizada.  

Outro ponto forte, é o tamanho da área de cultivo e a tecnologia usada para produzir e vender em alta escala, pois isso aumenta o potencial de lucros e movimenta a economia, com a venda nacional ou a exportação de alimentos

No entanto, com o uso intensivo de fertilizantes e defensivos agrícolas, e a grande quantidade de água nas extensas áreas de plantações, a fim de produzir alimentos durante o ano todo, levantam um alerta para a sustentabilidade

Há uma projeção que até 2050, a população ultrapasse 9 bilhões de pessoas e essas práticas podem prejudicar o ambiente e faltar recursos naturais futuramente. 

Agricultura familiar 

Os pequenos produtores utilizam técnicas mais sustentáveis

É onde tudo começou. O cultivo utiliza apenas de mão-de-obra do núcleo familiar e tem o potencial de preservar meio ambiente e garantir a segurança alimentar

A maior parte da atividade é sustentável, pois utiliza pouco ou nada de agrotóxicos. A tecnologia também é reduzida, devido a condição financeira, e o fator de maior influência é o clima. 

Características  

  • Propriedade e gestão familiar: a terra é administrada e cultivada pelos próprios membros da família. Isso promove conexão com o solo, conhecimento de práticas agrícolas locais e preservação das tradições; 
  • Diversidade de cultivo: envolve a produção de uma variedade de culturas, promove a biodiversidade e reduz a dependência de monoculturas; 
  • Mão de obra familiar: fortalece os laços familiares e o conhecimento entre as gerações
  • Apoio à economia local: reduz a compra de alimentos importados e gera empregos na comunidade
  • Sustentabilidade: esse tipo de agricultura utiliza práticas agrícolas tradicionais e métodos orgânicos, que minimizam o uso de produtos químicos e os impactos ambientais; 
  • Respeito à safra: os pequenos produtores seguem o ciclo da safra dos alimentos; 
  • Agricultura familiar como estilo de vida: o campo também é um lugar para se viver, por isso a relação com a terra está integrada à preservação do meio ambiente e à alimentação das famílias. 

Horta caseira  

Uma alternativa de alimento fresco e capaz de despertar os sentidos, como visão, tato, olfato e paladar, é a horta caseira. 

Isso porque, o alimento recém-colhido, apresenta cor mais viva, textura mais firme, aroma mais marcante e sabor mais intenso.  

Outro fator importante, é que conhecer a origem do que é consumido contribui para uma alimentação adequada e saudável

Cultivo dos alimentos  

Se você mora em casa ou apartamento, e independentemente do tamanho da área disponível, confira algumas dicas para montar uma horta caseira: 

Horta em vasos 

Abaixo, veja algumas vantagens de montar horta em vasos: 

Os vasos são uma alternativa para espaço pequenos
  • Espaço limitado: É possível cultivar uma variedade de plantas comestíveis ou ornamentais em uma varanda, terraço ou até mesmo em uma janela ensolarada; 
  • Mobilidade: Os vasos podem ser posicionados para obter a melhor exposição ao sol ou decorar diferentes áreas da casa; 
  • Escolha de plantas: Dependendo do espaço e das condições, é possível cultivar ervas aromáticas, vegetais de pequeno porte, PANC e árvores frutíferas anãs. 

Em vasos, jardineiras ou quintal, além da horta ajudar a reduzir o impacto ambiental da cadeia de abastecimento alimentar, fornece alimentos mais saudáveis e nutritivos, e melhora a saúde mental ao se conectar com a natureza. 

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Aprenda receitas com ervilha para almoço e jantar, e as vantagens do consumo para aproveitar a época do alimento

Editoria: Economia

Nascida no Oriente Médio a cerca de 8 mil anos a.C, a ervilha foi uma das primeiras plantas domesticadas pelo homem.   A leguminosa era cultivada, principalmente por conta das sementes secas, junto às favas e lentilhas. Esses alimentos faziam parte das refeições das pessoas na Europa, durante a Idade Média.   Entre os séculos XVI e …

Nascida no Oriente Médio a cerca de 8 mil anos a.C, a ervilha foi uma das primeiras plantas domesticadas pelo homem.  

A leguminosa era cultivada, principalmente por conta das sementes secas, junto às favas e lentilhas. Esses alimentos faziam parte das refeições das pessoas na Europa, durante a Idade Média.  

Entre os séculos XVI e XVII, os ingleses desenvolveram novas variedades de ervilhas, como as “ervilhas de jardim” e “ervilhas inglesas”. 

A popularidade da leguminosa atravessou o oceano e se espalhou pela América do Norte, com a invenção do enlatamento e congelamento de alimentos. Assim, a ervilha tornou-se disponível o ano todo. 

Produção 

No Brasil, a produção de ervilha é pequena, por isso é necessário exportar

A produção mundial é liderada por Canadá, Rússia, China, Índia e Ucrânia (FAO, 2018). Já no Brasil, o cultivo está em Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Goiás e Distrito Federal. 

O mercado da leguminosa está dividido em dois grupos

  • Ervilha seca: vendida seca ou reidratada; 
  • Ervilha verde: pode ser enlatada ou congelada, após a colheita, e é consumida em saladas ou pratos frios.  

Receitas 

Para aproveitar a safra em julho, o Alimente-se Bem selecionou algumas preparações que podem ser feitas no almoço ou jantar

Cuscuz com farofa crocante  

Cuscuz de verdura 

Cassoulet verde  

Ragout de Frango  

Farofa colorida 

Sopa de mandioca, ervilha seca e fígado  

Sopa verde  

Dicas de consumo  

A leguminosa serve para incrementar pratos

Saladas: a ervilha adiciona sabor, textura e nutrientes extras; 

Sopas e ensopados: proporciona mais cor, sabor e nutrientes. É possível combinar as ervilhas com outros vegetais e ingredientes para criar uma preparação mais completa; 

Acompanhamento: cozinhe as ervilhas no vapor e use como acompanhamento para pratos principais; 

Purê de ervilhas: Amasse as ervilhas cozidas e prepare como um purê de batata. A preparação serve de acompanhamento ou base para outros pratos, como tortas e quiches vegetarianas;

Massas e arroz: A leguminosa pode ser adicionada em macarrão ou lasanha, e arroz ou risotos; 

Snacks saudáveis: As ervilhas torradas são uma opção de lanche saudável e crocante, além de poder substituir os petiscos processados, como salgadinhos. 

Variedades 

O consumo de ervilha enlatada deve ser moderado

Os tipos de ervilha são separados em: 

  • Vagem comestível: as sementes são consumidas com a vagem; 
  • Ervilha para debulhar: os grãos são consumidos verdes ou secos, depois de separados da vagem.  

A ervilha também é vendida enlatada, mas segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira, o consumo de alimentos processados deve ser moderado.  

Uma alternativa, é comprar a ervilha fresca congelada, que é encontrada facilmente em supermercados. 

Benefícios à saúde 

Inclua ervilhas na alimentação e aproveite a safra

O consumo da leguminosa traz inúmeras vantagens, como: 

  • Possui fibras que auxiliam na digestão e previnem de doenças intestinais; 
  • Ajuda no controle dos níveis de glicemia, colesterol e pressão arterial
  • Melhora a saúde da pele, devido ser fonte de vitamina A e carotenoides, que possuem propriedades antioxidantes;  
  • As ervilhas são ricas em luteína e zeaxantina, carotenoides com ação antioxidante, que ajudam na saúde dos olhos e previnem doenças, como catarata e degeneração macular relacionada à idade; 
  • São uma boa opção de proteína vegetal, especialmente para os vegetarianos, pois contêm aminoácidos essenciais para o corpo. Na indústria, a ervilha já utilizada em suplementos e produtos proteicos vegetarianos e veganos. 

Armazenamento 

Ervilhas frescas cruas ou cozidas Ervilhas secas Ervilhas enlatadas 
Devem ser refrigeradas em um recipiente bem fechado com tampa, e lavadas somente quando for consumir.  Elas também podem ser congeladas. Para isso, escalde as vagens por 2 minutos, escorra e mergulhe em água gelada. Coloque as porções em potes e leve ao freezer.  As ensacadas de fábrica devem ser mantidas em temperatura ambiente, e local fresco e seco, como a despensa.  Já as enlatadas devem ser conservadas iguais a seca, e após abrir a lata, se não for consumir toda a quantidade, coloque o restante em um recipiente plástico, com tampa, e guarde na geladeira.  

Importante: Independente do tipo de ervilha, respeite a data de validade do produto fechado e, após aberto, verifique a indicação na embalagem. 

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Versatilidade no preparo, receitas e benefícios à saúde para aproveitar a safra da batata-doce em maio

Editoria: Economia

Vinda dos Andes, da América Central e do Sul, a batata-doce se espalhou pelos trópicos de todo o mundo.   O registro mais antigo desse tubérculo é de 8 a 10 mil anos atrás, em cavernas do Peru, mas o cultivo iniciou há 5 mil anos.   Produção  No Brasil, a batata-doce é cultivada em Goiás, São …

Vinda dos Andes, da América Central e do Sul, a batata-doce se espalhou pelos trópicos de todo o mundo.  

O registro mais antigo desse tubérculo é de 8 a 10 mil anos atrás, em cavernas do Peru, mas o cultivo iniciou há 5 mil anos.  

Produção 

No Brasil, a batata-doce é cultivada em Goiás, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, em temperaturas mais amenas. 

A raiz também é utilizada como planta ornamental em jardineiras de apartamentos, vasos suspensos e cestas.  

Para aproveitar a safra do alimento na culinária, o Alimente-se Bem sugere algumas receitas. 

Receitas 

Salgadas Doces 
Arroz caipira  Batata doce tropical  
Rolê de carne com cascas  Bolinhas de batata doce  
Tabule de cascas  Bolo de batata doce  
 Cocada cremosa com batata doce  
 Trufa de batata doce  

Variedades

Tipos de batata-doce com polpa clara e escura

A batata-doce é a quarta hortaliça mais cultivada no Brasil. Os tipos variam de acordo com o formato, tamanho, doçura e cor interna e das folhas.  

Os mais comuns são: 

Beauregard Variedade de casca avermelhada e polpa laranja. É conhecida pelo sabor doce e textura macia 
Covington Possui casca clara e polpa branca ou creme, a textura firme e o sabor levemente adocicado 
Georgia Jet A casca é roxa escura, a polpa laranja escura e o é sabor terroso 
Porto Rico Com casca e polpa laranja, o tipo é conhecido pela textura densa e sabor doce 

Para aproveitar o alimento de maneira integral, após um cozimento breve, as folhas e os brotos podem ser incluídos em: 

  • Omeletes e refogados;
  • Recheios de tortas, esfihas e pastéis; 
  • Sopas e caldos;  
  • Massas de pães, nhoque, biscoitos e panquecas. 

Nutrição e benefícios à saúde  

A batata-doce com polpa amarelada ajuda a reduzir o risco de doenças crônicas

O alimento é rico em fibras e minerais, como o potássio, fósforo, cálcio, sódio, magnésio, ferro e zinco, e em vitaminas C, do complexo B e E. 

A batata-doce possui importantes antioxidantes, mas a concentração desses compostos bioativos varia entre os tipos.  

As espécies de polpa branca amarelada, amarela ou laranja apresentam uma concentração maior de carotenoides, que são antioxidantes, e ajudam a prevenir o envelhecimento precoce e a reduzir o risco de doenças crônicas, como câncer e doenças cardiovasculares. 

Já as de polpa roxa contêm antocianinas, um pigmento responsável pela coloração roxa e avermelhada de frutas e flores, e têm a função antioxidante, assim como os carotenoides. 

Elas evitam possíveis danos ocasionados pelos radicais livres no organismo e os seus compostos bioativos auxiliam no combate às inflamações e possuem propriedades anticancerígenas e antivirais. 

Compra e armazenamento 

Nos supermercados, hortifrútis ou feiras, escolha as batatas firmes, sem manchas ou cortes. A casca deve estar lisa e livre de rugas. 

Quando chegar em casa, guarde-as em local fresco, escuro e seco. Elas podem ser armazenadas por várias semanas nessas condições. 

Preparo 

Uma opção é incluir ervas frescas na batata-doce assada

A batata-doce é versátil, pois pode ser preparada de diversas maneiras: 

  • Assada: Acrescente ervas frescas na hora de assar. Não é necessário retirar a casca
  • Frita: Corte em palitos ou rodelas e frite em óleo quente; 
  • Cozida: Ferva com casca até ficarem macias; 
  • No vapor: Cozinhe no vapor entre por 10 e 15 minutos ou até que estejam macias. 

Curiosidades 

A batata-doce foi uma importante fonte de alimento aos americanos, na Crise de 1929, por ser barata e nutritiva.  

Na China, o tubérculo contribuiu à alimentação, em 1954, quando inundações e condições climáticas e políticas desfavoráveis ocasionaram a perda de lavouras de arroz

Desde então, a batata-doce é bastante cultivada lá e, atualmente, o país é o maior produtor mundial

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Aprenda a fazer colomba pascal com aproveitamento integral e outras receitas para sobremesas de Páscoa

Editoria: Economia

A Páscoa é um momento de festividade e de reunir à família no tradicional almoço do domingo.   Para presentear às crianças ou comer como sobremesa é comum os Ovos de Páscoa, mas que tal incluir também a Colomba Pascal e conhecer um pouco da história desse prato?  Origem e simbologia  Segundo a tradição, a colomba …

A Páscoa é um momento de festividade e de reunir à família no tradicional almoço do domingo.  

Para presentear às crianças ou comer como sobremesa é comum os Ovos de Páscoa, mas que tal incluir também a Colomba Pascal e conhecer um pouco da história desse prato? 

Origem e simbologia 

Segundo a tradição, a colomba é uma sobremesa lombarda, criada na região da Lombardia, na Itália. 

Uma das lendas conta que o Rei Albuíno estava com raiva, devido aos problemas da guerra e a resistência militar na cidade de Pavia, mas ele se acalmou quando ganhou de um padeiro um doce assado e no formato de pomba representando a paz.  

Assim, o rei ficou encantado com o sabor e decidiu poupar o vilarejo do ataque. 

Receita tradicional da colomba  

A colomba possui a massa úmida

A massa leva farinha, ovo, manteiga, açúcar, fermento e água. Os ingredientes são os mesmos do panetone, mas mudam as proporções, pois a colomba leva mais manteiga, água e açúcar, e por isso, fica mais úmida

É utilizado o fermento natural, mas pode ser substituído pelo biológico fresco ou seco. Para o recheio é adicionado raspas de cascas de laranja ou laranja cristalizada.  

Antes de ir ao forno recebe uma cobertura de açúcar, claras e amêndoa. Quando a massa cresce, a cobertura se quebra e dá o aspecto craquelado.  

Receitas do Alimente-se Bem 

Opção com aproveitamento integral

Para inovar, economizar e utilizar o aproveitamento integral dos alimentos no Domingo de Páscoa, o Alimente-se Bem sugere a receita: Colomba Pascal com cascas de frutas.

Caso queira fazer outros pratos de sobremesas para incrementar a colomba, separamos esses:

Ovo de Páscoa recheado com doce da casca da melancia

Pudim de chocolate e aveia

Trufas de batata doce

Cookies de cascas de frutas e chocolate 

Brigadeiro de mandioca 

Comensalidade e benefícios  

Compartilhe os momentos e as refeições em família

Aproveitando a tradição de comemorar a Páscoa com a família reunida em torno da mesa, você sabia que existe uma palavra específica para o momento de partilhar uma refeição? 

A expressão é comensalidade - uma prática incentivada por muitos especialistas, pois comer junto é um indicador de hábitos alimentares saudáveis

Alguns registros dizem que a partir de 1674, a presença da mesa e o modo como as famílias se reuniam demostravam a importância das refeições cotidianas juntas

No século XIX, o comer representava um dos grandes momentos da vida familiar em que as pessoas se reuniam na sala de jantar

Atualmente, por conta da rotina, do trabalho e da vida nos grandes centros urbanos, é comum comermos de forma apressada, sozinhos, em frente ao computador ou à TV e até mesmo andando. 

Dessa maneira, aproveite a Páscoa para praticar a comensalidade, pois a refeição em família contribui para o bom estado nutricional, relacional e de qualidade de vida, além de criar memórias afetivas. 

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Receitas, consumo e benefícios à saúde para aproveitar a safra da ameixa em março

Editoria: Economia

A ameixa é cultivada no mundo todo e as variedades se adaptam conforme o solo e as condições climáticas:  Ameixa Europeia: é originária provavelmente da região em volta de Cáucaso e do Mar Cáspio, entre a Europa e a Ásia, e tem pelo menos 2 mil anos;  Ameixa Damson: provavelmente de origem europeia ou asiática;  …

A ameixa é cultivada no mundo todo e as variedades se adaptam conforme o solo e as condições climáticas: 

  • Ameixa Europeia: é originária provavelmente da região em volta de Cáucaso e do Mar Cáspio, entre a Europa e a Ásia, e tem pelo menos 2 mil anos; 
  • Ameixa Damson: provavelmente de origem europeia ou asiática
  • Ameixa Japonesa: Proveniente da China, há milhares de anos, mas foi desenvolvida amplamente no Japão. Essa espécie possui maior durabilidade do que as outras variedades europeias e são mais comercializadas

Produção 

As regiões sul e sudeste que produzem mais no país

O principal país produtor é a China, seguido dos Estados Unidos, Romênia, Alemanha e os países com clima temperado e subtropical. 

No Brasil, a ameixa é cultivada há muitos anos, porém não se sabe ao certo quando chegou aqui.  

Atualmente, os maiores produtores são os Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Minas Gerais. 

Para aproveitar a safra da ameixa, o Alimente-se Bem separou algumas receitas: 

Receitas 

Compota de geleia

Docinho sem açúcar 

Cuscuz de ameixa 

Manjar de mandioca 

Mix gelado de frutas 

Bolo integral Maravilha 

Muffin de legumes e frutas 

Pollo Del Contadino  

Consumo e benefícios à saúde 

A ameixa pode ser consumida de diversas formas

Assim como o pêssego e a cereja, a ameixa pode ser consumida fresca, desidratada, cozida em compotas ou geleias, e incluída em bolos e sobremesas. 

O fruto contém carboidratos, proteínas, fibras e minerais que contribuem à saúde. 

Por exemplo, a ameixa preta seca ajuda no trânsito intestinal, devido ser fonte de fibras, e sorbitol, um adoçante natural que possui propriedades laxativas. 

É importante prestar atenção no consumo, pois por ser uma fruta pequena é fácil exagerar na quantidade.  

Além disso, a ameixa é considerada um alimento rico em FODMAP, pois é composta por uma forma de carboidratos e fibras que são fermentadas rapidamente pelos micro-organismos, que habitam o intestino humano, ocasionando sintomas indesejados.  

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