Saúde do coração: mitos e verdades

Editoria: Alimentação Saudável

Anualmente, no mundo todo, cerca de 17 milhões de pessoas morrem de doenças cardiovasculares. Cerca de 80% dessas mortes poderiam ser evitadas ou adiadas com mudanças no estilo de vida, incluindo exames periódicos, exercícios físicos regulares e alimentação equilibrada.  Pensando nisso foi criado, no ano 2000, o Setembro Vermelho, uma campanha que visa conscientizar, prevenir …

Anualmente, no mundo todo, cerca de 17 milhões de pessoas morrem de doenças cardiovasculares. Cerca de 80% dessas mortes poderiam ser evitadas ou adiadas com mudanças no estilo de vida, incluindo exames periódicos, exercícios físicos regulares e alimentação equilibrada. 

Pensando nisso foi criado, no ano 2000, o Setembro Vermelho, uma campanha que visa conscientizar, prevenir e educar sobre fatores de risco, sintomas e atitudes simples que podem minimizar a incidência de infartos e doenças coronárias. 

Entretanto, você está bem informado sobre alimentação, saúde e doenças cardiovasculares

Para isso, o Alimente-se Bem selecionou alguns mitos e verdades relacionados a esse tema e traz informações a respeito de cada um deles.

É preciso ter fontes confiáveis de informação 

MITOS E VERDADES

Pessoas obesas têm mais chances de sofrer com doenças cardiovasculares

VERDADE: Embora não seja o único fator, a obesidade e o excesso de peso afetam o funcionamento do coração.
 
Entre as seis doenças que mais levam a óbitos no Brasil, quatro estão diretamente ligadas à obesidade: acidente vascular cerebral (AVC), infarto do miocárdio, diabetes e hipertensão. Juntas, essas condições são responsáveis por cerca de 72% das mortes.
 
No entanto, qualquer pessoa com maus hábitos como sedentarismo, fumo e má alimentação tem chances elevadas de desenvolver doenças do sistema cardiovascular, independente de estar acima do peso ou não.

Apenas idosos têm risco de desenvolver doenças cardiovasculares 

MITO: Embora o envelhecimento seja um fator de risco para algumas doenças cardíacas, qualquer pessoa, independente do gênero e da idade, pode apresentar doenças cardiovasculares.  Porém, por que vemos esse aumento de casos no público mais jovem? 
 
Estilo de vida estressante e sedentário, má alimentação e a evolução tecnológica nos diagnósticos médicos, que permite identificar casos antes despercebidos. A boa notícia é que a detecção precoce também ajuda no tratamento mais eficaz e assertivo. 

A alimentação equilibrada é um dos pilares para evitar doenças cardíacas  

VERDADE:  Alimentação saudável combinada com atividade física regular contribui para a redução do excesso de gordura corporal e o aumento da massa magra, além de diminuir os riscos de doenças como a obesidade. 

Um estilo de vida equilibrado ajuda na condição física e no funcionamento biológico, reduz o estresse, melhora o humor e diminui o risco de doenças cardiovasculares.  

Recomenda-se evitar o excesso de alimentos ultraprocessados e aumentar o consumo dos alimentos in natura e minimamente processados como frutas, verduras, legumes, carnes, grãos e cereais integrais.   

Retirar o sal da alimentação mesmo sem mudar os demais hábitos alimentares é suficiente para eliminar os riscos de desenvolver pressão alta 

MITO:  O consumo de sal está sim associado ao aumento do risco de doenças cardiovasculares e hipertensão arterial, porém não é o único fator que contribui para o desenvolvimento da doença.  

O alto teor de sódio também é comum nos alimentos ultraprocessados. Por isso, uma prática importante é a leitura dos rótulos de alimentos (tabela nutricional e lista de ingredientes) dos alimentos no momento da compra.  

O consumo de ovos aumenta o colesterol sanguíneo 

MITO: O consumo de ovos, dentro de uma alimentação saudável e controlada em gorduras trans e saturadas, parece não afetar negativamente os níveis de colesterol no sangue. O maior percentual é representado pelo colesterol que nosso próprio corpo produz.  

No entanto, o consumo de ovos em grandes quantidades pode aumentar o colesterol, principalmente quando há a adição de gorduras e aquecimento excessivo, caso do ovo frito.  

Uma alimentação rica em antioxidantes e fibras, além de baixa quantidade de gorduras, é importante para o controle do colesterol sanguíneo. 

Vinho faz bem para o coração 

VERDADE: Uvas e vinho tinto contém uma substância chamada resveratrol, que possui propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes. Além disso, o resveratrol reduz o colesterol ruim (LDL) e aumenta o colesterol bom (HDL), o que diminui a formação de placas de gordura nas paredes dos vasos sanguíneos, prevenindo infartos e outras doenças vasculares.  

O consumo de vinho tinto também pode reduzir discretamente os níveis de pressão arterial. Contudo, é importante lembrar que o vinho só traz benefícios ao coração quando consumido com moderação. 

Prato colorido e natural: esse é o caminho 

DIETA: O GRANDE ALIADO DO CORAÇÃO

A dieta DASH, assim como a do Mediterrâneo, dão ênfase a alimentos frescos, naturais e minimamente processados, além de ter potencial para melhorar a saúde cardiovascular e promover uma longevidade saudável. 

Pesquisas mostram que a dieta Dash e a Dieta do Mediterrâneo são igualmente eficazes na prevenção e tratamento de várias doenças, além das cardiovasculares. 

Aqui no Brasil ainda temos a Dieta Cardioprotetora Brasileira (Dica Br), criada pelo Hospital do Coração a pedido do Ministério da Saúde para adaptar as informações nutricionais presentes em diretrizes nacionais e internacionais à realidade do país. 

Uma dieta variada e equilibrada contém quantidade grande de substâncias antioxidantes que também têm função cardioprotetora. São exemplos: 

  • Peixes gordurosos (salmão, sardinha, cavala, atum);
  • Frutas vermelhas (morango, mirtilo, framboesa);
  • Nozes e sementes;
  • Aveia;
  • Abacate;
  • Azeite de oliva;
  • Leguminosas (feijão, lentilha, grão-de-bico, ervilha);
  • Vegetais de folhas verdes escuras (espinafre, couve, brócolis);
  • Tomate;
  • Chocolate amargo (70% cacau ou mais).

RECEITAS

O Alimente-se Bem separou receitas práticas e saudáveis que contém alguns desses alimentos! 

Sardinha com virado de talos de couve 

Bolacha de tapioca e sementes 

Patê verde  

Grãos coloridos 

Torta de espinafre com ricota 

Pão integral

Crepioca com aveia e sementes 

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Diversidade e inclusão na atuação do nutricionista: como enfrentar os desafios físicos e sociais

Editoria: Alimentação Saudável

“Somos 194.018 nutricionistas” diz o site do Conselho Federal de Nutrição (CFN), a partir dos dados obtidos na Consulta Nacional de Nutricionistas (fev/24). Com quase 200 mil profissionais no país, em 31 de agosto, é celebrado o Dia do Nutricionista, quando a profissão foi reconhecida por meio da Lei nº 5276, de 24 de abril de 1967. Nesta época, …

“Somos 194.018 nutricionistas” diz o site do Conselho Federal de Nutrição (CFN), a partir dos dados obtidos na Consulta Nacional de Nutricionistas (fev/24). Com quase 200 mil profissionais no país, em 31 de agosto, é celebrado o Dia do Nutricionista, quando a profissão foi reconhecida por meio da Lei nº 5276, de 24 de abril de 1967.

Nesta época, a maior demanda do mercado para atuação do profissional era atender às necessidades do primeiro Programa Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), criado pelo Governo Federal, em 1972.

Entretanto, com o passar dos anos, a profissão se expandiu para atendimento em Serviços de Alimentação da Previdência Social (SAPS), hospitais, escolas, restaurantes de trabalhadores, docência, indústria, marketing, nutrição em esporte, saúde suplementar, núcleos de assistência à saúde da família, entre outros meios.

Como unir diversidade e inclusão no trabalho do nutricionista 

Maria Dayanne da Silva, nutricionista do Esporte do Sesi-SP. Ela teve má formação congênita e não possui os braços 

Atualmente, um dos desafios que os profissionais enfrentam é em relação a diversidade e inclusão. Há implicações significativas tanto no atendimento aos pacientes, quanto na dinâmica das equipes de trabalho, principalmente para os nutricionistas deficientes físicos, neurodivergentes, obesos, indivíduos trans, homossexuais, negros, pardos e indígenas.

Esses grupos podem vivenciar preconceitos, falta de representatividade e oportunidades de desenvolvimento profissional, além dos desafios físicos e estruturais em ambientes sem acessibilidade.

Maria Dayanne da Silva, 32 anos, nutricionista do Esporte do Sesi-SP, unidade CAT Osasco, que é deficiente física e atua há três anos com atletas de natação e Wrestling, conta como é superar os empecilhos que se apresentam.

“Logo que fiz a escolha pela nutrição, me vi frente ao desafio de como usaria o adipômetro, por exemplo, por ser um equipamento que necessita da utilização das mãos. Isso me trouxe alguns questionamentos, inclusive se essa era a profissão ‘certa’ diante da minha limitação física”, diz.

Com isso, a profissional começou a pesquisar e explorar outros recursos, para aferição da composição corporal, possíveis e validados dentro da área. Assim, ela associa a utilização da balança de bioimpedância com diversas ferramentas, como o inquérito alimentar, para construir junto ao atleta uma avaliação contínua e focada no desempenho.

“No trabalho com a equipe multidisciplinar, temos um time forte e diverso, formado por atletas negros, pardos e obesos. Eles já possuem títulos brasileiros e convocações para campeonatos internacionais, e duranteas competições trabalhamos o foco na educação alimentar para obter melhor desempenho e resultado”, afirma Day, como é chamada carinhosamente pelos atletas.

Propostas de inclusão 

Dayanne durante uma palestra 

Outro ponto que precisamos abordar, é o estereótipo pela busca por um corpo perfeito, geralmente, reforçado pelas redes sociais.

A fim de desmitificar essa imagem, o Conselho Regional de Nutrição (CRN3) lançou, em 2024, a campanha "Nutrição Sem Estereótipos - menos padrão, mais inclusão.”

O objetivo é ter mais ciência e inclusão na nutrição, e menos pressão por um corpo padrão: reconhecer a diversidade de corpos e de escolhas alimentares, e conscientizar sobre como os estereótipos impactam a autoestima e a saúde mental, especialmente das mulheres.

Dessa forma, para ajudar no trabalho dos nutricionistas e outros profissionais da área da saúde, destacamos algumas propostas de inclusão e diversidade:

  • Capacitação e Sensibilização: Implementar treinamentos regulares de diversidade e inclusão para toda a equipe, com abordagem sobre preconceitos inconscientes e compreensão mais profunda das necessidades de diferentes grupos.
  • Políticas de Acessibilidade: Assegurar que o ambiente de trabalho e as práticas de atendimento estejam adaptados, para incluir profissionais e pacientes com deficiência.
  • Promoção da Representatividade: Incentivar a participação das minorias em eventos, palestras e programas de formação profissional, além de buscar diversidade na composição das equipes.
  • Criação de Espaços Seguros: Criar canais de comunicação em que os profissionais possam expressar suas preocupações e sugestões de inclusão, a fim de promover um ambiente de trabalho mais acolhedor.
  • Adaptação das Práticas de Atendimento: Respeitar as diferenças de cultura, gênero e orientação sexual dos pacientes, bem como ajustar as práticas de atendimento para garantir uma abordagem personalizada e inclusiva.

Para Dayanne, a inclusão permite às minorias pertencerem a todos os mundos e mostrar a suas potencialidades na área em que se identificam e desejam alcançar sucesso profissional.

Entretanto, a nutricionista destaca que ainda é necessária a criação de mais políticas públicas. “Com projetos de capacitação profissional ou bolsas de estudos, que incentivem pessoas com deficiência a ocupar as vagas existentes no mercado de trabalho”, diz ela.

Os profissionais no Brasil podem adaptar as práticas de nutrição às necessidades culturais e individuais dos pacientes para tornar o atendimento inclusivo, fortalecer a relação entre o nutricionista e a comunidade e contribuir com um ambiente de trabalho mais colaborativo e inovador.

Equipe Alimente-se Bem do Sesi-SP

Conheça 3 formas de preparar um chá mais nutritivo e receitas para variar

Editoria: Alimentação Saudável

O chá nasceu na China e é uma das bebidas mais consumidas no mundo, devido ao sabor, aroma e propriedades medicinais.   Atualmente, ele é apreciado em mais de 160 países, principalmente pelos asiáticos.   Seja para receber uma visita, beber sozinho ou substituir pelo café, a hora do chá pode se tornar um momento especial e …

O chá nasceu na China e é uma das bebidas mais consumidas no mundo, devido ao sabor, aroma e propriedades medicinais.  

Atualmente, ele é apreciado em mais de 160 países, principalmente pelos asiáticos.  

Seja para receber uma visita, beber sozinho ou substituir pelo café, a hora do chá pode se tornar um momento especial e mais nutritivo. 

Para isso, o Alimente-se Bem ensinar 3 formas de preparo:  

Infusão 

O infusor é uma espécie de sachê
  1. Infusor  
  • Preencha a metade do infusor com a erva escolhida para que ela tenha espaço de se expandir; 
  •  Aqueça a água. Quando começar a subir as primeiras bolhas, apague o fogo e não deixe ferver para a infusão ficar mais aromática
  • Despeje na xícara sobre o infusor. Abafe a mistura e deixe descansar por alguns minutos. Retire o infusor e deguste o chá. 
  1. Infusão com ervas soltas 
  • A quantidade de erva colocada vai definir se a infusão ficará mais forte ou mais fraca. O ideal é utilizar de uma a duas colheres de chá para cada xícara.  
  • Repita a forma de aquecimento da água feita com o difusor; 
  • Despeje a água sobre a erva. Abafe a mistura e deixe descansar por alguns minutos. Coe e deguste o chá. 

Cozimento ou decocção 

Chás ajudam a aliviar gripes e resfriados

Ao utilizar ervas soltas e partes mais resistentes de alimentos, como as cascas e raízes, a melhor forma de preparo é a decocção.  

A quantidade de erva vai determinar se a preparação ficará mais forte ou mais fraca. O indicado é usar entre uma e duas colheres de chá para cada xícara.  

Para isso, ferva a erva com água por cerca de 10 minutos. Coe e deixe esfriar em uma temperatura agradável para beber.  

Dica: Siga as orientações da embalagem e utilize água mineral filtrada para preparar. 

Maceração 

É o método em que as ervas são misturadas com água fria ou em temperatura ambiente, e depois maceradas. Assim, os nutrientes e o sabor são extraídos de forma mais suave. 

Para isso, coloque as ervas secas em uma jarra ou recipiente de vidro. Despeje água fria, tampe e deixe as ervas de molho por cerca de 6 horas ou durante a noite. 

Depois coe e, para dar um toque especial, adicione fatias de frutas, como limão ou laranja. Sirva ou coloque gelo para deixar mais refrescante. 

Veja a seguir a ilustração desses métodos: 

Receitas 

Aproveite a estação fria para preparar um chá e reunir os amigos

Para variar no preparo de chás, o Alimente-se Bem separou quatro receitas

Chá de cascas de maçã e laranja 

Chá de gengibre e uva 

Chá de frutas e ervas 

Chá de morango aromático  

Dicas para um consumo mais saudável 

Para extrair melhor os nutrientes e o sabor, sejam na forma de infusão, decocção ou maceração, o ideal é: 

  • Comprar a erva seca ou fresca
  • Não adoçar ou se quiser, utilizar mel; 
  • Não reaquecer; 
  • Beber em até 24 horas. 

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Saiba como o ambiente familiar pode contribuir na formação dos hábitos alimentares

Editoria: Alimentação Saudável

Em agosto é comemorado o Dia dos Pais. E você sabia que o conceito paternidade é mais amplo?  Paternidade: está relacionada ao ato de ser pai, independente do gênero ou formação de família; Paternidade ativa: envolve cuidado físico e emocional dedicados ao filho. A figura paterna, independente por quem é representada, é um exemplo de …

Em agosto é comemorado o Dia dos Pais. E você sabia que o conceito paternidade é mais amplo? 

Paternidade: está relacionada ao ato de ser pai, independente do gênero ou formação de família;

Paternidade ativa: envolve cuidado físico e emocional dedicados ao filho. A figura paterna, independente por quem é representada, é um exemplo de comportamento e inspiração de vida;

Paternidade socioafetiva: é a construção de uma relação afetiva, entre pais e filhos, sem o vínculo biológico. O responsável nutre afeto e cuida das necessidades financeiras, intelectuais e emocionais da criança. 

Alimentação e estilo parental  

Os costumes da família podem influenciar na alimentação da criança

Quando uma criança começa a comer, não é apenas o sabor, o aroma e a textura dos alimentos que são novidades.  

A relação entre ela e quem a alimenta também se amplia, e pode fazer com que a introdução alimentar não flua adequadamente. 

Outro fator, é que o ambiente familiar desempenha um papel importante na formação do comportamento, primeiras experiências, hábitos alimentares e estilo de vida das crianças.  

Estudos indicam que os pais, cuidadores ou responsáveis pela alimentação da família podem facilitar o consumo de alimentos que não são saudáveis às crianças.  

Com isso, podemos classificar o estilo parental e a prática alimentar em: 

Responsivo 

  • Orienta a alimentação da criança; 
  • Estabelece limites; 
  • Conversa sobre comida de forma positiva; 
  • Reconhece os sinais de fome. 

Controlador 

  • Controla rigorosamente a alimentação da criança; 
  • Restringe certos alimentos; 
  • Pressiona a comer; 
  • Suborna com recompensas para que ela coma; 
  • Ignora os sinais de fome. 

Permissivo ou indulgente 

  • Não estabelece limites; 
  • Alimenta a criança com o que, onde e quando ela quiser; 
  • Prepara “comidas especiais” para agradar; 
  • Ignora os sinais de fome. 

Não envolvido ou passivo 

  • Desiste da responsabilidade alimentar; 
  • Não estabelece limites; 
  • Ignora os sinais de fome ou as necessidades físicas e psicológicas da criança. 
Orientar a alimentação da criança faz parte do estilo de pais responsivos

Os pais ou responsáveis com perfil responsivo ajudam os filhos em uma melhor compreensão de fome e saciedade, e a reconhecer quais alimentos são benéficos, além de facilitar experiências com novos alimentos e estabelecer padrões alimentares culturais e familiares. 

Para ajudar nessa conduta, o Alimente-se selecionou algumas receitas saudáveis e que utilizam o aproveitamento integral

Receitas 

Bolo de abobrinha 

Brownie de banana 

Bisnaguinha de cenoura 

Cookie de chocolate e cascas de fruta 

Muffins de legumes e frutas 

Muffin de talos 

Pão econômico 

Requeijão com talos de couve 

Torta de verduras 

Durante a introdução alimentar e a apresentação de novos alimentos, ao longo das fases de crescimento da criança, os pais ou cuidadores podem cometer alguns erros. O Alimente-se Bem elencou 7. São eles: 

  1. Desistir nas primeiras recusas; 
  1. Fazer ameaças; 
  1. Forçar a comer; 
  1. Liquidificar ou mascarar os alimentos; 
  1. Regredir na consistência;  
  1. Não dar exemplo de boa alimentação; 
  1. Não prestar atenção à refeição. 

Então, o que os pais ou responsáveis podem fazer? 

Dê exemplo de boa alimentação

Segundo o Guia Alimentar Brasileiro, a oferta de novos alimentos é um momento de aprendizagem para toda a família. 

Por isso, o Alimente-se Bem separou 12 dicas para ajudar na formação do comportamento alimentar da criança

  1. Respeite os sinais de fome e saciedade;  
  1. Interaja com a criança durante a refeição; 
  1. Aumente, de forma gradual, a quantidade de alimentos no prato;  
  1. Trabalhe a aceitação de novos alimentos; 
  1. Não faça substituição da refeição por “alimentos especiais” (lanches, petiscos, bebidas ou doces); 
  1. Evite a prática de “punição” e “recompensa”;  
  1. Crie uma rotina de horários; 
  1. Combine e varie os alimentos nas refeições;  
  1. Ofereça a mesma comida saudável da família; 
  1. Envolva a criança na escolha, planejamento e preparo das refeições
  1. Utilize alimentos in natura em preparações atrativas para crianças; 
  1. Estimule o consumo consciente, por meio de comportamentos e atitudes sustentáveis, como o aproveitamento integral de alimentos. 
As formas de paternidade não dependem de gênero ou formação de família

Importante: Criança com alguma seletividade alimentar, é necessário procurar a orientação de um pediatra ou nutricionista para avaliação e diagnóstico correto, principalmente quando essa seletividade é persistente e aumenta ao longo do tempo.

Se curtiu, compartilhe o conteúdo com a família, que nasce da dedicação à criação dos filhos, independente da relação conjugal ou formato familiar. 

Alergias alimentares: sintomas, tipos de alimentos, cuidados na infância, e receitas sem glúten, ovo, leite e derivados

Editoria: Alimentação Saudável

Após consumir algum alimento, você já sentiu dor de cabeça, dor e desconforto abdominal, vômito, diarreia, coceira ou teve manchas vermelhas pelo corpo?   Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), esses sintomas estão ligados as alergias alimentares, em que o organismo dá uma resposta imunológica exacerbada, depois da ingestão ou contato com algum …

Após consumir algum alimento, você já sentiu dor de cabeça, dor e desconforto abdominal, vômito, diarreia, coceira ou teve manchas vermelhas pelo corpo?  

Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), esses sintomas estão ligados as alergias alimentares, em que o organismo dá uma resposta imunológica exacerbada, depois da ingestão ou contato com algum alimento.  

Isso acontece, pois, o corpo identifica o alimento ou alguma substância contida na composição, como um “agente agressor”, e gera uma resposta de autodefesa não desejada, mas que serve como um sinal de alerta. 

E, já que hoje, 8 de julho, é o Dia Mundial da Alergia, vamos explicar algumas reações das alergias alimentares. 

Sintomas da alergia alimentar 

Coceira pode ser um sinal de alergia alimentar

Os sintomas são variados e podem se manifestar desde manchas vermelhas até a um problema cardiovascular. Entre as possíveis reações destacam-se: 

  • Gastrointestinal: diarreia e vômitos imediatos, ou horas e dias depois da ingestão. Leite e soja são os alimentos mais comum que causam esses sintomas. Em casos mais graves, podem ocorrer diarreia com ou sem sangue, refluxo intenso, perda de peso e vômitos prolongados; 
  • Cutânea: manchas vermelhas locais ou espalhadas pelo corpo, inchaço nos olhos, bocas e orelhas, e coceira. No caso de muita coceira, é considerada dermatite atópica, e está associada as alergias nas formas mais graves; 
  • Respiratória: falta de ar e chiado no peito podem ocorrer logo após o consumo do alimento. As pessoas com asma não controlada são mais suscetíveis a esses sintomas. No entanto, a asma e a rinite, dificilmente, são reações de alergia alimentar, quando não estiver acompanhada de alterações na pele e sintomas gastrintestinais; 
  • Cardiovascular: pode ocorrer queda de pressão arterial, desmaio ou tontura.  Em caso de os lábios ficarem roxo, é caracterizado o choque anafilático, e a forma mais grave da doença. 

Crianças possuem mais alergia alimentar do que os adultos? 

Estes alimentos podem causar reações alérgicas

No contexto mundial, a alergia alimentar é mais comum em crianças, com cerca de 8%, enquanto nos adultos essa taxa representa 2%. 

Atualmente, é considerada um problema de saúde pública, por conta do aumento ao redor do mundo e a busca das pessoas, pelos profissionais de saúde, para confirmar o diagnóstico. 

Na infância, os alimentos mais responsáveis pelas alergias são: leite de vaca, ovo, trigo e soja. Entretanto, menos de 10% dos casos persistem até a vida adulta.  

Já nos adultos, os alimentos mais identificados são: amendoim, castanhas, peixes e frutos do mar. 

Alergia alimentar x Introdução alimentar 

É importante a criança experimentar diferentes alimentos

Durante a primeira infância, a maioria das alergias alimentares é pela dificuldade de comunicação, por isso que a introdução alimentar deve ser feita de maneira adequada.  

Um fator preventivo contra o aparecimento desses casos, é o aleitamento humano exclusivo até os seis meses. 

Já na impossibilidade de amamentar, o uso de fórmula infantil adequada, para diferentes faixas etárias, também ajuda a proteger. 

Na fase da introdução alimentar, os pais ou responsáveis pela criança, não devem restringir alimentos com potencial alergênico, pois entre os 6 e 9 meses, há uma janela imunológica no organismo do bebê. 

Esse período indica que ele está mais preparado para receber alimentos, guardar na memória a composição e evitar que o corpo interprete como um agente agressor, em outro momento da vida. 

A alergia alimentar é para sempre?  

Isso depende do alimento envolvido. Por exemplo: a alergia ao leite, ovo, trigo e soja, na maioria dos casos desaparecem, espontaneamente, até os 20 anos de idade. 

Caso continue, a pessoa possui a alergia ao leite, chamada de APLV (alergia a proteína do leite de vaca), e alergia ao glúten, considerada doença celíaca.  

Já o amendoim, as castanhas, os peixes e os frutos do mar, a alergia pode persistir pela vida toda. 

Por isso, é importante o acompanhamento médico e nutricional, e excluir os alimentos alergênicos da alimentação, pois mesmo em pequenas quantidades, a pessoa alérgica pode ter reações graves e chegar a óbito. 

Dicas: 

Confira o rótulo dos alimentos

1. Leia o rótulo dos alimentos com atenção; 

2. Prepare em casa algumas receitas com as substituições necessárias;  

3. Quando estiver em viagem ou passeio, pergunte como é feita a preparação no local onde for comer ou, caso compre, leia o rótulo do produto para ter certeza de que é isento do alimento que causa a alergia. 

Para ajudar na alimentação com opções sem glúten, ovo, leite e derivados, o Alimente-se Bem separou diversas receitas: 

Receitas  

Sem glúten Sem ovo Sem leite 
 Torta de tapiocaMousse de caqui  Bebida vegetal à base de extrato de aveia 
Bolo de fubá com maçã  Bebida vegetal à base de extrato de gergelim  
Pudim de chocolate e aveia  Bebida vegetal à base de extrato de coco 
 Milke-shake cremoso de goiaba 
  Refresco de inhame 
  Bolo de abóbora com coco  
  Delícias de mandioca  
  Petit-four de soja 

Adeque suas refeições e compartilhe com as pessoas que possuem alergia alimentar!  

Confira receitas de sopas, caldos e chás, e dicas para manter-se saudável durante o inverno

Editoria: Alimentação Saudável

A estação mais fria do ano começou! O inverno divide opiniões, pois uns gostam e outros nem tanto. O fato é que o corpo gasta mais energia para manter a temperatura, o que faz aumentar o apetite.  Nesta época, chocolate quente, fondue, massas, feijoada, entre outras preparações fazem parte do cardápio. Entretanto, o alerta é …

A estação mais fria do ano começou! O inverno divide opiniões, pois uns gostam e outros nem tanto. O fato é que o corpo gasta mais energia para manter a temperatura, o que faz aumentar o apetite

Nesta época, chocolate quente, fondue, massas, feijoada, entre outras preparações fazem parte do cardápio. Entretanto, o alerta é para evitar o exagero, pois algumas são muito calóricas e causam ganho de peso. 

Com isso, alguns alimentos, mais saudáveis e chamados de termogênicos, podem ajudar a manter o corpo aquecido e trazer benefícios à saúde. São eles: 

Alimentos termogênicos 

Café e canela ajudam a aquecer o corpo

Café: Contém cafeína e é um dos termogênicos naturais mais famosos, bem como aumenta a temperatura corporal e proporciona energia e disposição

Canela: Com sabor adocicado e marcante, a canela possui um composto chamado cinamaldeído que estimula o metabolismo. Ela pode ser usada em chás, sucos e receitas variadas. 

Pimenta: A pimenta vermelha é rica em vitaminas A e C, e possui o composto capsaicina que auxiliam na digestão e circulação sanguínea

Cacau: A fruta contém cafeína e teobromina que ajudam no humor e no funcionamento do intestino. Ao consumir, escolha chocolates com maior quantidade de cacau para obter esses benefícios. 

Chás: Possuem antioxidantes e ajudam na hidratação, mas cuidado com a quantidade de açúcar adicionada. 

Caldos quentes e sopas: São muito consumidos e podem ser preparados com partes não convencionais dos alimentos, como talos, folhas e cascas. 

Para isso, o Alimente-se Bem selecionou algumas sugestões: 

Receitas 

Prefira os alimentos da safra no preparo das refeições
Chás e outras bebidas quentes Sopas e caldos 
Bebida quente de amendoim e cenoura Creme de mandioquinha 
Chá de cascas de maçã e laranja Caldo com músculo e folhas de beterraba 
Chá de frutas e ervas Sopa de batata-doce e entrecasca de melancia 
Chá de gengibre e uva Sopa de cereais  
Chocolate quente com gengibre Sopa de feijão com inhame  
Quentão de casca de laranja sem álcool Sopa de grão-de-bico 
 Sopa de melancia com frango 
 Sopa verde 

6 dicas para preparar sopas e caldos  

Utilize o aproveitamento integral em sopas e caldos
  1. Use um ou dois tipos de folhas, dois tipos de legumes e temperos naturais, pois, são fontes de fibras, vitaminas e minerais. Quanto mais colorida a preparação, maior a variedade de nutrientes
  1. Escolha alimentos que forneçam energia, como macarrão, arroz, mandioca, batata ou mandioquinha; 
  1. Adicione uma fonte de proteína magra que pode ser carne (todos os tipos), ovos ou leguminosas (feijão, lentilha, grão-de-bico ou ervilha). A proteína aumenta a saciedade e, com as fibras, evita o consumo de quantidades grandes em uma única refeição; 
  1. Mastigue! Apesar da sopa ser um alimento de fácil de engolir, a mastigação contribui com a saciedade e regula o apetite; 
  1. Consuma cremes com moderação, pois, geralmente, são adicionados queijos, creme de leite e ingredientes espessantes, como farinhas, féculas e amidos; 
  1. Evite o consumo de sopas prontas, pois contêm quantidades elevadas de sódio e gorduras na composição. 

Curiosidades sobre as sopas 

  • Sopa é um nome que deriva do verbo alemão suppen (sorver). Assim, originou a soup inglesa, a zuppa italiana, a soupe francesa e a sopa portuguesa; 
  • Possui origem europeia e as variações foram inspiradas em caldos simples e concentrados com peixes, carnes, aves e vegetais; 
  • A partir do século XIX, a sopa começa a ser mais apreciada no Ocidente e surge opções com ingredientes regionais. 

Orientações para o inverno 

Mesmo no inverno é indicado beber 2 litros de água por dia
  1. Durante a estação, o consumo de salada diminui. Uma opção é refogar as verduras e cozinhar, grelhar ou assar os legumes; 
  1. Algumas hipóteses dizem que a pouca exposição ao sol, no inverno, baixa os níveis de serotonina, que é um hormônio associado ao humor e ao controle do apetite. A redução desses níveis aumenta a vontade de consumir carboidratos e açúcares, devido proporcionar sensação de prazer e bem-estar. Com isso, é importante evitar o consumo excessivo desses alimentos; 
  1. Os dias frios deixam a pele mais sensível e os banhos longos, com água muito quente, retiram a oleosidade natural. Para diminuir esses efeitos, é importante manter a hidratação com o consumo, em média, de 2 litros de água por dia; 
  1. No inverno, nada melhor que uma bebida quentinha e nutritiva! A sugestão é apostar no leite, que é fonte de proteínas e de cálcio (essencial à saúde dos ossos). Entretanto, prefira as opções com menor teor de gordura. Para preparar o chocolate quente utilize cacau em pó 100%, ou chocolate amargo, com alto teor de cacau (70% ou mais); 
  1. Manter uma boa alimentação aumenta a imunidade e previne doenças características da estação, como gripes, resfriados e crises alérgicas, principalmente em crianças e idosos;  
  1. Além da alimentação, é importante praticar atividades físicas, pois os exercícios aquecem e contribuem para o alongamento do corpo, bem como diminuem dores musculares comuns no frio e queimam mais calorias. 

Cuide-se durante a estação, prepare as receitas e compartilhe o conteúdo! 

Como ler os rótulos dos alimentos e fazer escolhas mais conscientes

Editoria: Alimentação Saudável

Em 2022, ocorreu a mudança da lei de rotulagem de alimentos no Brasil, com as novas regras estabelecidas e publicadas na RDC N° 429, e que entraram em vigor em 9 de outubro de 2022.  Quase dois anos se passaram e o prazo para adequações nos rótulos dos alimentos encerrou, em 22 de abril de …

Em 2022, ocorreu a mudança da lei de rotulagem de alimentos no Brasil, com as novas regras estabelecidas e publicadas na RDC N° 429, e que entraram em vigor em 9 de outubro de 2022

Quase dois anos se passaram e o prazo para adequações nos rótulos dos alimentos encerrou, em 22 de abril de 2024.  

Exceto para os pequenos produtores e de bebidas não alcoólicas em embalagens retornáveis, que terão até outubro de 2024 e outubro de 2025, respectivamente, para se adequarem à nova rotulagem. 

Tabela nutricional 

Observe se no lugar do açúcar está incluído adoçantes que também devem ser consumidos com moderação

Na hora da compra, o custo e a praticidade são critérios que podem influenciar em uma alimentação saudável. 

Porém, como ter um olhar além do preço e da embalagem para escolher qual é a melhor opção do ponto de vista nutricional? 

Os nutrientes destacados nos selos frontais alertam para doenças, como obesidade, hipertensão e dislipidemia, que, atualmente, são consideradas um dos maiores problemas de saúde pública no mundo.  

Esses selos têm o objetivo de o consumidor identificar, facilmente, quais alimentos possuem excesso de nutrientes, que fazem mal à saúde, e ajudar nas escolhas alimentares mais conscientes. 

Outro ponto, é considerar os selos com a lupa, que indicam o alto teor de açúcar adicionado (acrescentado no processamento dos alimentos), sódio (sal) e gordura saturada (sinalizados na rotulagem frontal). Quanto menor for esses valores, melhor

Entretanto, é importante verificar se no lugar de açúcar não está incluído adoçantes, como sucralose, stévia, aspartame, entre outros, que devem ser consumidos com moderação. 

Por isso, a Anvisa estabeleceu as quantidades máximas dos nutrientes. Veja na tabela abaixo os pontos de corte para o alto teor de nutrientes. 

Alto teor Alimentos sólidos e semissólidos Alimentos líquidos 
Açúcar adicionado 15 g ou mais por 100 g de alimento 7,5 g ou mais por 100 ml de alimento 
Gordura saturada 6 g ou mais por 100 g de alimento 3 g ou mais por 100 ml de alimento 
Sódio 600 mg ou mais por 100 g de alimento 300 mg ou mais por 100 ml de alimento 
Fonte: Anvisa

Os alimentos que ultrapassarem esses “pontos de corte'' devem, obrigatoriamente, exibir o selo com uma lupa acompanhado da expressão “alto em” e da identificação do nutriente excedido, como mostra a figura. 

Modelos de rotulagem frontal para alimentos com alto teor de três nutrientes* 

Lista de ingredientes 

Verifique a ordem dos ingredientes, pois os primeiros contêm mais quantidades

Geralmente, abaixo das tabelas estão descritos os ingredientes da preparação. Eles seguem uma ordem crescente, o primeiro ingrediente possui maior quantidade e assim por diante. 

Por exemplo, se você está em dúvida sobre qual pão de forma comprar e a ordem dos ingredientes for: farinha de trigo integral, açúcar, óleo e farinha de trigo enriquecida com ferro (branca), isso indica que o alimento possui mais farinha de trigo integral do que os demais ingredientes. 

Em seguida, é importante verificar se contém mais ou menos conservantes, pois pode fazer diferença, como: 

  • Ao escolher um iogurte, há opções integrais com apenas dois ingredientes (leite e fermento lácteo); 
  • Outras opções possuem muito mais ingredientes, com nomes que não reconhecemos como alimentos. Esses nomes estranhos indicam adição de corantes e conservantes artificiais (aditivos alimentares). 

Por isso, prefira consumir os que tem menor quantidade de ingredientes.  

Se gostou do conteúdo, compartilhe e observe os rótulos na hora da compra! 

Aleitamento humano: conheça os benefícios da amamentação e os mitos sobre a aparência do leite

Editoria: Alimentação Saudável

O mês de maio é dedicado ao aleitamento materno. Essa prática é fundamental para o crescimento e o desenvolvimento da criança, e, atualmente, o Ministério da Saúde sugere que o termo seja chamado de aleitamento humano.   A proposta está associada a inclusão do grupo LGBTQIA+ e a doação de leite humano às mães que não …

O mês de maio é dedicado ao aleitamento materno. Essa prática é fundamental para o crescimento e o desenvolvimento da criança, e, atualmente, o Ministério da Saúde sugere que o termo seja chamado de aleitamento humano.  

A proposta está associada a inclusão do grupo LGBTQIA+ e a doação de leite humano às mães que não podem amamentar. 

Dessa forma, o aleitamento não se restringe apenas às mulheres hétero cisgênero e, sim, engloba o direito da criança, independente da formação de família

Aleitamento humano no Brasil 

A nomenclatura aleitamento humano é para incluir todos os gêneros

Em 2019 foi publicado, pelo Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI), um trabalho que mostrou um aumento nas taxas de aleitamento no país:  

  • 45,8% de aleitamento exclusivo nos primeiros seis meses;  
  • Metade das crianças brasileiras são amamentadas por mais de 1 ano e 4 meses; 
  • 35,5% são amamentadas até os 2 anos de vida.  

Nesse mesmo estudo, quase todas as crianças, 96,2%, foram amamentadas alguma vez, sendo que 2 em cada 3 são amamentadas ainda nas primeiras horas de vida, 62,4%.  

Em relação a 1986, houve um aumento de mais de 12 vezes da prevalência de amamentação exclusiva para crianças menores de 4 quatro meses. 

Metas da OMS 

Mesmo com esses bons índices, ainda estamos distantes das metas estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para 2030 que são:   

  • 70% na primeira hora de vida; 
  • 70% nos primeiros seis meses, de forma exclusiva; 
  • 80% no primeiro ano de vida; 
  • 60% até os dois anos. 

A OMS e o Ministério da Saúde recomendam manter o aleitamento até os 2 anos de idade ou mais, e oferecer apenas o leite humano até o sexto mês de vida.   

Isso porque o leite humano é um alimento completo, pois contém nutrientes e substâncias de defesa que não são encontradas em nenhum outro alimento, bem como protege o organismo do bebê

Benefícios da amamentação 

O ideal é a amamentar o bebê até os 2 anos

A amamentação é um dos melhores investimentos à saúde infantil. Ela está associada a redução de doenças crônicas, como alergias, hipertensão, colesterol alto, obesidade, diabetes, diarreia, infecções respiratórias e até mortalidade infantil. 

Estudos já apresentaram uma relação positiva entre a amamentação e o desenvolvimento cognitivo e motor da criança: 

  • Adultos que foram amamentados quando crianças possuem 3,4 pontos a mais nos indicadores de cognição. Esse número pode resultar em mais anos de escolaridade e formação. 

Desmame e não-amamentação 

Com tantos benefícios, já sabemos que a amamentação é o melhor e mais econômico caminho a se seguir. Porém, por que as taxas de desmame ou de não-amamentação são elevadas no mundo todo? 

As principais causas para o desmame precoce são:  

  • A depressão pós-parto;  
  • O tipo de parto, especificamente o parto cirúrgico; 
  • A falta do contato pele a pele entre a mãe e o recém-nascido; 
  • A criança ter recebido fórmula infantil complementar na maternidade.  

Outro fator, é a falta de orientação e apoio: 

  • Dificuldades e dúvidas que surgem nas primeiras horas e nos primeiros dias após o parto e o nascimento do bebê; 
  • Durante o pré-natal e nas maternidades, quando as mulheres têm alguma dificuldade com os cuidados das mamas e o manejo adequado
A gestação de gêmeos é um fator de desmame precoce

Por fim, algumas condições de saúde da pessoa que amamenta também podem interferir no aleitamento, pois requerem maior cuidado e apoio. São elas:  

  • Alguma deficiência física de quem amamenta; 
  • Dificuldade na produção de leite;  
  • Gestação de gêmeos; 
  • Rotina de cuidados adotada pela maternidade, como uso de chupeta e mamadeira; 
  • Renda familiar; 
  • Retorno ao trabalho, após a licença maternidade. 

Com isso, é necessário criar um ambiente favorável para melhorar as práticas de amamentação, como proteção, promoção à saúde e apoio à amamentação em nível individual, institucional e governamental. 

Mitos sobre a aparência do leite humano 

O leite humano passa por 3 fases

A cor ou a textura do leite não indica que é mais forte ou mais fraco. Isso é mito, pois não existe leite fraco, independente da aparência, o alimento terá os nutrientes em quantidade adequada para cada fase do bebê. 

O que ocorre é, durante a amamentação, o leite se transforma e adapta às necessidades dos bebês, por isso ele é dividido em 3 fases

Colostro: Com aparência transparente ou amarelada, esse primeiro leite contém proteínas e anticorpos, e é fundamental para a proteção do bebê, que mama poucas quantidades e em períodos mais curtos e frequentes. 
Leite de transição: Entre o 6° e o 15° dia após o nascimento do bebê, o corpo da mulher produz um leite mais denso e volumoso, chamado de leite de transição. O alimento é rico em gorduras boas e carboidratos. 
Leite maduro: Começa a ser produzido por volta do 25° dia e possui um aspecto consistente e esbranquiçado. O líquido é composto por proteínas, gorduras boas, carboidratos e outros nutrientes. 

Algumas vezes, o leite produzido pode apresentar um maior teor de gordura boas, dependendo da sua alimentação, mas isso não significa que o leite de outras mães seja fraco ou que a nutrição do bebê será prejudicada. 

Já às pessoas que tiveram alguma restrição alimentar durante a gestação ou condições de se alimentar adequadamente, é preciso monitorar e repor os nutrientes, se necessário com orientação médica ou nutricional.

No entanto, esse leite será bom para o bebê, pois o organismo reserva tudo que tem de melhor para alimentar a criança. 

No caso dos bebês prematuros, o leite da mãe é diferente de uma criança que nasceu da gestação completa. Mesmo assim, esse alimento tão completo fornece a quantidade ideal de nutrientes ao bebê e, inclusive, ajuda na digestão. 

Se esse conteúdo foi útil, compartilhe!  

O leite humano é um recurso renovável, produzido especialmente para ser consumido pelos bebês, sem poluição, embalagens ou resíduos. 

Alimentação e maternidade: como cuidar de quem cuida da gente

Editoria: Alimentação Saudável

O Dia das Mães, geralmente, é comemorado em reuniões familiares com almoço em casa ou restaurantes, e mesmo os filhos que não possuem mais suas mães, a data é marcada pela presença feminina.  Historicamente, as mães eram as mulheres que assumiam as responsabilidades dos cuidados do lar, do marido e dos filhos.  Porém, já faz …

O Dia das Mães, geralmente, é comemorado em reuniões familiares com almoço em casa ou restaurantes, e mesmo os filhos que não possuem mais suas mães, a data é marcada pela presença feminina

Historicamente, as mães eram as mulheres que assumiam as responsabilidades dos cuidados do lar, do marido e dos filhos. 

Porém, já faz algum tempo que essas mulheres conquistaram outros espaços, independente da maternidade ou do estado civil, como a inserção no mercado de trabalho, liderança de equipes e outras atividades. 

Mães solos 

É importante a rede de apoio na maternidade solo

Outro ponto, é a maternidade solo, como mostra uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas, em 2022. 

Os dados apontam que no Brasil, entre 2012 e 2022, o número de domicílios com mães solos cresceu 17,8%, passando de 9,6 milhões para 11,3 milhões, em dez anos.  

Já a saúde mental das mães brasileiras é outro dado preocupante, pois um estudo da Escola Paulista de Enfermagem, da Universidade Federal de São Paulo, de 2019, indica que 1 a cada 5 mães sofre ou já sofreu de depressão pré-natal. 

A saúde mental está relacionada ao estado emocional, psicológico e bem-estar dessas mulheres, que podem influenciar os sentimentos e o comportamento de gestantes ou puérperas. 

A mãe que recebe apoio e compartilhamento de tarefas e responsabilidades, da família, amigos ou profissionais de saúde, consegue seguir essa jornada de forma mais leve, assim como recomenda a Sociedade Brasileira de Psiquiatria. 

Alimentação e maternidade  

Companheiro, família e amigos podem ajudar nas tarefas domésticas

Embora seja uma das prioridades manter uma alimentação saudável ao longo da vida, inclusive na maternidade, essas mulheres não se alimentam como deveriam. 

Algumas deficiências nutricionais são mais altas em mulheres com filhos entre 0 e 5 anos, do que em mulheres com filhos maiores ou sem filhos. 

De acordo com um relatório divulgado pela Unicef em 2023, o número de adolescentes e mulheres grávidas, e lactantes que sofrem de desnutrição aguda, passou de 5,5 milhões para 6,9 milhões, desde 2020.  

Esse aumento foi de 25%, em 12 países, mais atingidos pela crise alimentar e nutricional mundial. 

Diversos fatores são responsáveis por isso, como a desigualdade de renda, o acúmulo de tarefas domésticas, muitas horas de trabalho e a falta de tempo. 

Com isso, neste Dia das Mães, o Alimente-se Bem incentiva para que a família apoie essas mulheres na organização das refeições diárias e no preparo das receitas deste dia. 

Cardápios para o almoço de Dia das Mães 

Planeje o cardápio com antecedência para curtir cada momento

Sugestão 1 

Salada de repolhos e abacaxi com molho cremoso de iogurte 

Carne com laranja 

Risoto rosado 

Pavê verde 

Sugestão 2 (opção vegetariana) 

Salada grega 

Almôndegas de proteína de soja ao sugo 

Macarrão à talamara 

Mousse de caqui 

Dicas  

1. Para este dia, planeje o cardápio com antecedência, a fim de economizar em apps de restaurantes e deliveries

2. Aproveite o momento para preparar uma refeição em família: divida as tarefas e crie memórias afetivas

3. Receitas práticas e nutritivas podem ser feitas e adaptadas com o que temos em casa. Acesse o menu Receitas para ajudar.  

Confira 10 dicas para se manter saudável durante o outono

Editoria: Alimentação Saudável

A chegada do outono é marcada pelo início da colheita, devido ao aumento dos ventos, à redução das chuvas, temperatura e umidade do ar, e a variedade de alimentos que estão no final do ciclo produtivo.  Porém, a transição de estação, do verão para o outono, pode afetar alguns aspectos da rotina, incluindo a alimentação.   …

A chegada do outono é marcada pelo início da colheita, devido ao aumento dos ventos, à redução das chuvas, temperatura e umidade do ar, e a variedade de alimentos que estão no final do ciclo produtivo. 

Porém, a transição de estação, do verão para o outono, pode afetar alguns aspectos da rotina, incluindo a alimentação.  

Por isso, o Alimente-se Bem listou 10 dicas para você adaptar o dia a dia durante essas mudanças sazonais: 

1 - Tenha uma alimentação variada 

Sempre que possível, compre os vegetais dos produtores locais

A alimentação equilibrada é aliada à saúde em qualquer época do ano. Portanto, inclua na rotina o consumo de frutas variadas, vegetais, grãos integrais, proteínas magras e gorduras saudáveis. 

2 - Hidrate-se 

Assim como no verão, nas estações mais frias, é importante manter-se bem hidratado, mesmo que não sinta tanta sede, pois o clima seco do outono pode causar ressecamento na boca, nariz e garganta, e facilitar o surgimento de infecções e alergias. 

3 - Consuma alimentos da estação 

As abóboras estão na safra do outono

Dê preferência aos alimentos frescos e da estação, pois são mais nutritivos e provenientes da agricultura biodiversa. Quando possível, adquira produtos regionais para contribuir com uma alimentação mais saudável e consciente. 

4 - Fortaleça a imunidade 

Inclua alimentos ricos em vitaminas e minerais, como frutas cítricas (ricas em vitamina C), alho, gengibre e vegetais de folhas verdes, para aumentar a imunidade. 

5 - Coma com consciência  

É normal sentir mais fome em épocas com temperatura baixa, pois o corpo precisa de mais energia para manter-se aquecido e combater as infecções que podem surgir nesse período.  

Por isso, é importante praticar a alimentação consciente ou mindful eating, que é prestar atenção nas sensações físicas, como fome e saciedade, e nos pensamentos e nas emoções, enquanto come, para ter uma experiência alimentar mais agradável, saudável e sem exageros. 

6 - Pratique atividade física  

Inclua a atividade física na rotina

A prática regular de exercícios físicos aumenta a imunidade e contribui com as células T, um tipo de glóbulo branco que protege o corpo contra infecções. No entanto, é importante se exercitar com moderação, pois atividades muito rigorosas podem ter um efeito contrário e enfraquecer o sistema imunológico. 

7 - Consuma alimentos quentes e reconfortantes 

Nos dias mais frios da estação, inclua alimentos quentes, como sopas, caldos e chás, para ajudar a temperatura do corpo. Invista em ingredientes mais saudáveis no preparo das sopas e diminua o sal e as gorduras. Já nos chás, evite a adição de açúcar

8 - Mantenha a qualidade do sono em dia 

Uma boa noite de sono possui bons efeitos ao longo do dia

Dormir bem fortalece a imunidade e mantém a saúde, pois o sono é regulado por neurotransmissores e hormônios que operam em harmonia, para ajudar a evitar que fatores externos não atrapalhem o dia. 

Quando a pessoa está acordada, a energia e os processos metabólicos se dedicam às atividades diárias, como pensar, andar e falar, por exemplo.  

9 - Evite excessos 

Diminua o consumo de alimentos processados, açúcares refinados, alimentos ricos em gorduras saturadas e bebidas alcoólicas, independente da estação.  

10 - Consulte um profissional 

Em caso de dúvidas sobre a alimentação, consulte um nutricionista para orientações individualizadas. 

Compartilhe o conteúdo e se cuide em todas as estações do ano!