Ganho de peso pós-festas: mitos e verdades

Editoria: Alimentação Saudável

O ganho de peso nas festas de fim de ano é um tema comum e costuma preocupar muitas pessoas.  Durante essa época, é normal consumir alimentos mais calóricos, como sobremesas, bebidas alcoólicas e pratos festivos, além de sair da rotina de exercícios.  Entretanto, será que o ganho de peso nessa época significa necessariamente aumento de …

O ganho de peso nas festas de fim de ano é um tema comum e costuma preocupar muitas pessoas. 

Durante essa época, é normal consumir alimentos mais calóricos, como sobremesas, bebidas alcoólicas e pratos festivos, além de sair da rotina de exercícios. 

Entretanto, será que o ganho de peso nessa época significa necessariamente aumento de gordura corporal?  Uma dieta detox realmente ajuda a perder esse peso extra? O jejum pode ajudar a ter resultados mais rápidos? 

Para esclarecer essas e outras questões, o Programa Alimente-se Bem reuniu alguns mitos e verdades sobre o assunto:

  1. É possível engordar durante o período de festas de fim de ano?

MITO - Engordar significa acumular mais tecido adiposo, que é o aumento da quantidade de gordura corporal. Por outro lado, ganhar peso refere-se ao aumento de quilos na balança, o que pode incluir tanto massa muscular quanto retenção de líquidos

Durante as festas, a maior variedade e quantidade de alimentos pode causar uma sensação de peso e desconforto, principalmente devido ao inchaço abdominal, digestão mais lenta e consumo de alimentos ricos em gordura e açúcar

O acúmulo de gordura corporal é diferente, pois ocorre gradualmente, exigindo um excesso calórico constante ao longo do tempo.

  1. Fazer jejum antes ou depois das festas evita o ganho de gordura corporal?

MITO - O jejum extremo para "compensar" os exageros das festas pode prejudicar o metabolismo e levar à perda de massa muscular. 

A compensação na alimentação é uma prática comum, geralmente envolvendo a redução de calorias ou a escolha de alimentos mais leves nos dias seguintes para equilibrar os excessos. 

No entanto, essa abordagem pode ser arriscada se não for feita de maneira consciente e acompanhada por um profissional nutricionista

Para evitar que o ganho de peso temporário se transforme em gordura a longo prazo, é fundamental manter o equilíbrio e retomar os bons hábitos após as celebrações. 

  1. A dieta detox é a única forma de eliminar toxinas do corpo após um período de excessos?

MITO - O corpo humano possui mecanismos naturais que realizam a desintoxicação de maneira eficiente. 

As modificações na dieta, como redução calórica ou períodos prolongados de jejum, podem causar variações de peso, mas a verdadeira eliminação de toxinas ocorre com uma alimentação equilibrada, rica em antioxidantes, aliada à prática de exercícios e hidratação adequada. 

As dietas restritivas e "detox" extremos não são necessárias e podem até ser prejudiciais.

  1. Dentro de uma rotina alimentar saudável, sucos e chás oferecem antioxidantes importantes para o organismo?

VERDADE - Antioxidantes presentes em sucos e chás ajudam a combater o estresse oxidativo, promovendo a saúde celular e melhorando o metabolismo. Esses aliados podem contribuir para uma dieta equilibrada, mas é importante lembrar que o consumo excessivo, especialmente de certos tipos de chá, pode ter efeitos indesejados. Por isso, manter o equilíbrio é essencial para aproveitar os benefícios.

5. Retomar hábitos saudáveis após as festas ajuda a recuperar o peso?

VERDADE - O ritmo das festas geralmente envolve menos exercício físico e maior consumo calórico. Para retornar à rotina saudável, priorize alimentos como frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras, evite dietas muito restritivas, beba bastante água e retome os exercícios. É importante definir metas alcançáveis, pois ajuda a manter a motivação.

Inchaço abdominal: pode ser causado por excesso de açúcares, sódio e álcool

Dicas 

Abaixo, o Alimente-se Bem separou quatro dicas para manter o equilíbrio:

1. Planeje suas refeições: Se possível, participe do planejamento ou preparo das ceias, incorporando receitas mais leves e equilibradas. Por exemplo, inclua saladas frescas, assados, ao invés de frituras, e sobremesas com frutas.

2. Evite as compensações extremas: Não é necessário "pular refeições" depois das festas. O jejum pode levar a excessos na próxima refeição. Recomece com uma alimentação balanceada no dia seguinte, sem restrições severas.

Comemore sem exageros e valorize as interações

3. Foque no convívio: Lembre-se de que o mais importante é a conexão entre amigos e familiares. Reduza o foco no excesso alimentar e valorize as interações.

4. Tenha bons hábitos constantes: O acúmulo de gordura corporal é resultado de excessos frequentes e da falta de uma rotina saudável, mais do que de um período isolado de comemorações. O segredo para evitar o ganho de gordura é retomar o equilíbrio e os bons hábitos logo após as festas. 

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A compensação na alimentação é uma prática comum após as festas

Alimentação e saúde do homem

Editoria: Alimentação Saudável

Novembro é o mês do combate ao câncer de próstata. Instituições de saúde e ensino estão focadas em comunicar aos homens informações sobre a prevenção dessa e de outras doenças.   Uma ótima oportunidade, também, para debatermos as boas práticas alimentares e algumas curiosidades sobre o que está no prato dos homens brasileiros.                                                Como está a …

Novembro é o mês do combate ao câncer de próstata. Instituições de saúde e ensino estão focadas em comunicar aos homens informações sobre a prevenção dessa e de outras doenças.  

Uma ótima oportunidade, também, para debatermos as boas práticas alimentares e algumas curiosidades sobre o que está no prato dos homens brasileiros.

                                               Como está a saúde do homem brasileiro?

O programa Saúde do Homem* reuniu dados que demonstram que os homens ainda vivem 7,1 anos a menos que as mulheres, apesar do aumento de expectativa de vida entre 2000 e 2018. 

Além disso, na maioria das causas de óbitos, e em todas as faixas etárias até 80 anos, os homens continuam morrendo mais que as mulheres.

Coração: homens têm risco 40 a 50% maior de morrer em relação às mulheres

O mesmo estudo identifica que o risco de homens morrerem em decorrência das doenças crônicas não-transmissíveis (destacando as doenças cardiovasculares e doenças respiratórias crônicas) é de 40% a 50% maior em relação às mulheres

Os riscos são ainda maiores entre os homens que fazem uso abusivo de álcool, possuem dieta e estilo de vida pouco saudáveis, e não controlam a hipertensão arterial e/ou o excesso de peso corporal.

*Fonte: Site do Ministério da Saúde

A saúde dos homens é impactada pela alimentação?Uma matéria publicada em 2021* enfatizou a importância da alimentação e do acompanhamento médico e nutricional para a saúde da população masculina (os homens procuram menos os profissionais de saúde que as mulheres).

Importância da alimentação e do acompanhamento médico e nutricional para a saúde da população masculina

As sugestões para a melhoria dos hábitos alimentares incluem o aumento do consumo de frutas, legumes e verduras, que são fontes de nutrientes, vitaminas, minerais e fibras, importantes para a prevenção de diversas doenças.

*Fonte: Conselho Regional de Nutricionistas da 3ª Região

Dieta dos homens x dieta das mulheres

Diversos estudos mostram que, se comparadas, a alimentação do público feminino tende a ser mais bem avaliada: maior frequência do consumo de frutas, legumes, verduras, leites e derivados e menor quantidade de consumo de óleos e bebidas alcoólicas.

Exemplo disso são os dados obtidos em um estudo de ASSUMPÇÃO et al. (2017), que apresentou as diferenças entre a qualidade da dieta de homens e mulheres moradores de Campinas, em São Paulo:

• As mulheres apresentaram maior frequência de consumo de frutas, vegetais e derivados de leite. Com relação à prática de atividade física, lazer e evitar o fumo, melhoram com o avanço da idade. A pesquisa também apontou que residir com menos de três pessoas no domicílio e a presença de doença crônica colaboram para uma melhor qualidade da dieta.

Já os homens consumiam mais carnes e ovos, melhoravam a alimentação a partir dos 40 anos ou mais e admitiram não fazer nada para emagrecer. As menores pontuações ficaram entre os solteiros.

Exames em dia e check-ups anuais são fundamentais

Como melhorar a alimentação (e a qualidade de vida) dos homens?

Conscientização e pequenas atitudes podem fazer toda a diferença:

  • Equilibrar e priorizar escolhas alimentares saudáveis são fundamentais para uma boa relação com a comida e a saúde. Pare de ser atropelado pelo ritmo de trabalho na hora de se alimentar;
  • Vá para a cozinha! Não depender de outras pessoas ou serviços de alimentação te dá autonomia para controlar melhor o que, quanto e como come;
  • Faça escolhas conscientes! Mesmo que a correria do dia a dia te impeça de cozinhar, escolha locais que permitam o consumo de maior variedade de legumes e verduras;
  • Pequenas refeições causam grande impacto - pular refeições ou beliscar alimentos com baixa qualidade nutricional e calóricos, pode mascarar a sensação de fome.
    Tenha sempre uma fruta por perto, pois é uma opção saudável e prática para os intervalos. No café da manhã, tente incluir o leite ou uma fatia de queijo branco, e um iogurte ao invés de ficar somente no famoso “cafezinho puro”. No lanche da tarde algumas castanhas podem complementar e reforçar a nutrição antes do jantar.
  • Consuma a maior quantidade de alimentos in natura ou minimamente processados. - ao longo dos anos, o excesso de açúcar, sódio, sal e aditivos alimentares, como corantes e conservantes vão impactar a sua saúde e causam o surgimento de doenças diversas e suas limitações.
  • Exames em dia! Faça check-ups anuais ou conforme orientação médica Escute os sinais do seu corpo e respeite seus limites.

Uma vida saudável é construída a partir de escolhas diárias. Gostou do conteúdo? Então, aproveite o “Novembro Azul” e indique a algum homem especial, que precisa saber mais sobre alimentação e vida saudável.

Alimentação e Saúde da Mulher: mitos e verdades

Editoria: Alimentação Saudável

Estamos em pleno Outubro Rosa, mês no qual se discutem assuntos importantes como prevenção do câncer de mama e saúde da mulher.  Para colaborar no debate do ponto de vista alimentar e nutricional, o Alimente-se Bem desmistificou algumas dúvidas muito frequentes nas redes sociais.  Mulheres não precisam consumir gorduras na alimentação MITO: Diversos hormônios são …

Estamos em pleno Outubro Rosa, mês no qual se discutem assuntos importantes como prevenção do câncer de mama e saúde da mulher. 

Para colaborar no debate do ponto de vista alimentar e nutricional, o Alimente-se Bem desmistificou algumas dúvidas muito frequentes nas redes sociais. 

  1. Mulheres não precisam consumir gorduras na alimentação

MITO: Diversos hormônios são formados a partir de pequenas moléculas de gordura chamadas lipídios. Portanto, é necessário consumir gorduras na alimentação nas proporções adequadas, e priorizando as gorduras “saudáveis” como o ômega 3. 

Encontrado nos peixes, salmão, atum, linhaça e oleaginosas, o ômega 3 diminui a inflamação, melhora o funcionamento cardiovascular, alivia as cólicas menstruais e regula os hormônios. O importante é consumir de forma equilibrada.

1/3 das brasileiras 65+ são portadoras de osteoporose

2. Alimentação não impacta na prevenção da osteoporose

MITO: 1/3 das mulheres brancas acima de 65 anos possuem osteoporose*. O pico de massa óssea depende da função menstrual, da atividade física e de vários aspectos relacionados à alimentação, como aporte calórico, ingestão de cálcio e ingestão de vitamina D. 

Portanto, uma dieta rica nesses nutrientes pode ajudar, bem como evitar alimentos que contenham cafeína. Cigarro e álcool também devem ser evitados.

*Fonte: OMS – Organização Mundial de Saúde

3. Alimentos ricos em açúcar podem afetar o humor.

VERDADE: O açúcar é a principal fonte de energia para o nosso cérebro. Mas seu consumo excessivo aumenta o risco de depressão e ansiedade, além de outras doenças neurodegenerativas, principalmente em mulheres. 

Isso ocorre porque o excesso de glicose atua sobre o sistema límbico central, responsável pelo controle das sensações de prazer, além de estimular a produção de serotonina, o hormônio do “bem-estar”.

Porém, em doses elevadas e frequentes, aumenta a inflamação corporal e favorece o desenvolvimento de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e obesidade.

4. É necessário tomar suplementos de vitamina D apenas se você não se expõe ao sol

MITO: Muitas mulheres podem apresentar baixos níveis de vitamina D, mesmo com exposição solar frequente. 

O acompanhamento médico e exames periódicos são fundamentais para avaliar se os níveis estão adequados no organismo e se há necessidade de suplementação. 

É importante lembrar que 20% da quantidade de vitamina D presente no organismo vem da alimentação. Priorize peixes de água fria, gema de ovo, fígado bovino, cogumelos, leite integral, queijos e carnes.

TPM: variação hormonal que afeta 7 em cada 10 mulheres no Brasil

5. A alimentação pode influenciar os sintomas da TPM.

VERDADE: A TPM é um conjunto de sensações ocasionadas por oscilações e mudanças hormonais, que ocorrem cerca de dez dias antes do início do próximo ciclo menstrual. 

Afeta 7 em cada 10 mulheres brasileiras, segundo dados do Ministério da Saúde, e pode sim ser atenuada com dieta. Frutas, vegetais, grãos integrais, leites e derivados aliviam os sintomas. Também é importante evitar cafeína, álcool, sal e açúcar em excesso.

Lembrou de alguma mulher especial e acha que ela pode se interessar por esses assuntos? Compartilhe!

Dia Mundial da Alimentação: direito à alimentação para uma vida e futuro melhores

Editoria: Alimentação Saudável

Para 2024, o tema escolhido foi “Direito à alimentação para uma vida e futuro melhores”

No próximo dia 16 de outubro comemora-se o Dia Mundial da Alimentação. É o 43º aniversário da data que foi criada para enfatizar a importância desse tema e propor ações estratégicas que garantam a todos os cidadãos o acesso à alimentação saudável.

Mas o que é alimentação saudável, segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura)?

• alimentação variada e segura do ponto de vista nutricional e microbiológico;
• acesso contínuo em quantidade e qualidade adequados;
• práticas que valorizem o aspecto social e cultural dos alimentos como significado básico.

Para 2024, o tema escolhido foi “Direito à alimentação para uma vida e futuro melhores”, evidenciando a conexão entre ações sustentáveis, escolhas saudáveis e um futuro viável. 

Embora 780 milhões de pessoas passem fome, atualmente, em todo o mundo, erradicar a fome ainda é uma meta alcançável.

O papel do Brasil no acesso a alimentos e no combate à fome

O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de alimentos e, paradoxalmente, um campeão também no desperdício. Milhões de toneladas de frutas, legumes e verduras são jogados fora todos os anos. 

É urgente uma mudança de cultura e atitude para que a produção, acesso e consumo sejam mais sustentáveis, e os alimentos sejam mais saudáveis. Só assim estaremos garantindo a vida hoje e no futuro, bem como a sobrevivência do planeta.

É fundamental incentivar a produção e comércio local

O papel da sociedade

A questão é complexa e cada setor tem suas responsabilidades:

Indústria
Promovendo práticas sustentáveis e inclusivas

• Combater o desperdício;

• Promover a sustentabilidade;
• Investir em tecnologia para conservação de alimentos;
• Otimizar a logística de distribuição;
• Garantir condições justas de trabalho e remuneração;
• Produzir alimentos que atendam a diferentes necessidades nutricionais;
• Apoiar iniciativas de acesso a alimentos para populações vulneráveis;
• Fazer parcerias com organizações que trabalham para erradicar a fome.

Governos
Políticas públicas e incentivos

• Implementar programas de segurança alimentar e nutricional;• Oferecer subsídios para alimentos saudáveis;
• Criar “bancos de alimentos” para populações vulneráveis;
• Investir em infraestrutura, como mercados locais e sistemas de transporte que facilitem o acesso a alimentos frescos, especialmente em áreas menos atendidas;
• Desenvolver programas de educação nutricional e campanhas de conscientização sobre dietas equilibradas e a importância da alimentação saudável.

Comer bem se aprende na escola

Escolas
Educação alimentar e nutrição infantil

• Garantir refeições escolares nutritivas e equilibradas;

• Incorporar programas educacionais sobre alimentação saudável e sua influência na saúde e no bem-estar;
• Realizar ações práticas como hortas escolares;
• Criar parcerias com produtores locais.

Sociedade Civil
Mobilizações e Parcerias

• Implementar projetos comunitários, como distribuição de alimentos e educação nutricional;

• Arrecadar fundos e oferecer suporte direto a famílias em vulnerabilidade alimentar;

• Promover campanhas de conscientização (ex.: desperdício e escolhas saudáveis);
• Atuar junto às ONGs e grupos comunitários, com doações ou participação em campanhas.

Cidadãos
Ações individuais e coletivas
• Adotar práticas de consumo consciente;
• Reduzir o desperdício e priorizar alimentos sustentáveis;
• Apoiar iniciativas locais, como feiras de alimentos e cooperativas;
• Participar de campanhas de arrecadação de alimentos;
• Ser voluntário em ONGs que trabalham com segurança alimentar.

Alimentação também é cidadania e inclusão

Dia Mundial da Alimentação: um dia de consciência

O próximo dia 16 é, sobretudo, uma oportunidade para reflexão. O direito à alimentação nutritiva e saudável deve ser universal. Todos temos que unir esforços e colaborar de maneira coordenada, para garantir um futuro sustentável. É uma questão de sobrevivência. É hora de agir!

“Apenas um processo coletivo, solidário e humanizador que fortaleça as vivências, vozes e saberes, que se inspire e ancore em experiências populares de transformação da realidade fará com que o Dia Mundial da Alimentação possa ser, de fato, comemorado algum dia.”

Elisabetta Recine
Presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA)

Primavera nas refeições: colorir pratos ajuda a manter uma alimentação saudável

Editoria: Alimentação Saudável

Considerada uma das estações mais bonitas do ano, a primavera inicia hoje no Brasil. O período deixa as paisagens floridas, coloridas e alegres, e o clima mais fresco. Porém, você sabia que trazer a variedade de cores para as refeições é uma forma de buscar uma boa alimentação? As vitaminas e as minerais dos alimentos …

Considerada uma das estações mais bonitas do ano, a primavera inicia hoje no Brasil. O período deixa as paisagens floridas, coloridas e alegres, e o clima mais fresco. Porém, você sabia que trazer a variedade de cores para as refeições é uma forma de buscar uma boa alimentação?

As vitaminas e as minerais dos alimentos ajudam nos processos que mantêm o organismo vivo, bem como os compostos bioativos contidos em alguns pigmentos estão associados à prevenção de doenças como: diabetes, hipertensão, câncer e problemas degenerativos.

Contudo, os pigmentos dos alimentos coloridos não são responsáveis por curar doenças, mas ajudam a prevenir e tratar, pois a mudança na alimentação associada ao tratamento médico pode colaborar com bons resultados.

PigmentosCores
ClorofilaVerde
CarotenoidesAmarelo, laranja e vermelho
AntocianinasRoxo e vermelho
CurcuminaDourado
BetalaínaMagenta

Funções e fontes dos pigmentos nos alimentos

Clorofila 

No menu Receitas, há diversas sugestões com espinafre

Alguns estudos apontam que esse composto está presente em algas e todos os vegetais verdes, como o espinafre, e pode estar associado a efeitos antioxidantes, antimutagênicos e anticancerígenos. Na prática, você pode preparar uma das nossas sugestões de receitas com espinafre

Carotenoides 

Os alimentos que vão do amarelo ao vermelho são ricos em compostos ativos chamados carotenoides, como: 

  • Licopeno - encontrado no tomate, mamão e goiaba, e melhor absorvido quando é aquecido;
  • Luteína e zeaxantina - presente na abóbora, ervilha, milho e ovo;
  • Carotenos alfa e beta - contido no espinafre e cenoura.
Alimentos que contêm carotenoides

O licopeno é conhecido por ser protetor contra o câncer de próstata. Já a luteína e a zeaxantina auxiliam na saúde da visão

Logo, os carotenos são fontes de vitamina A e para garantir a absorção, o alimento deve ser consumido com óleo ou gordura da preparação ou ser proveniente de um alimento in natura, como castanhas, amendoim e abacate

Antocianinas 

Você já percebeu que o repolho roxo muda de cor ao entrar em contato com algum ingrediente? 

O repolho roxo é composto por parte ácida e alcalina

Isso ocorre porque as antocianinas alteram a coloração, conforme o nível de acidez: ao meio onde é mais ácido fica vermelho, mas com o aumento do pH, a intensidade de cor diminui, e o alimento fica azul onde é mais alcalino

Outros alimentos que contêm essa substância são o açaí, a uva e as frutas vermelhas como: amora, morango, framboesa e mirtilo, que podem contribuir com a saúde do coração.

Curcumina 

Presente no açafrão-da-terra, esse composto bioativo é conhecido pelas propriedades anti-inflamatórias, antimicrobiana e antioxidantes. 

O tempero pode ser adicionado em receitas como Torta brasileira, Panqueca de aveia com soja e até em bebidas como a famosa e tradicional indiana golden milk.

Para melhor absorção dos compostos bioativos, procure  associar o consumo com gengibre, pimenta do reino e boas fontes de gordura.

Betalaína

A raiz pode ser adicionada em diversas preparações para dar cor e nutrientes

É o pigmento da beterraba e da pitaya. A substância possui atividade antioxidante, serve para fazer corante em pó e pode ser usada em diversas finalidades.

A beterraba, por exemplo, pode ser incluída no preparo de feijões, caldos, Risoto rosado, e as receitas Suco de laranja especialGeleia de beterraba com banana e Calda vermelha para doces

A adição da raíz nas preparações é por conta da betalaína, e não do ferro, pois a quantidade nutricional é muito pequena.

Dicas de alimentação saudável

Aposte no consumo diário de frutas, legumes e verduras
  1. O consumo de alimentos em excesso pode gerar danos, por isso invista em legumes e verduras, e o limite de ingestão de carne vermelha é de até 500 gramas por semana (entre 3 e 4 porções), segundo recomenda o Instituto Nacional de Câncer (INCA).
  2. Comer apenas produtos processados impossibilita o ganho de compostos bioativos contidos nos alimentos, que ajudam a prevenir doenças. O ideal é aumentar a quantidade  frutas, verduras e legumes in natura ou minimamente processados.
  3. Diariamente consuma 400 gramas de vegetais e varie nas cores. Se possível, busque colorir seu prato com 3 vegetais diferentes em todas as refeições, e não vale contar o arroz e o feijão.

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Saúde do coração: mitos e verdades

Editoria: Alimentação Saudável

Anualmente, no mundo todo, cerca de 17 milhões de pessoas morrem de doenças cardiovasculares. Cerca de 80% dessas mortes poderiam ser evitadas ou adiadas com mudanças no estilo de vida, incluindo exames periódicos, exercícios físicos regulares e alimentação equilibrada.  Pensando nisso foi criado, no ano 2000, o Setembro Vermelho, uma campanha que visa conscientizar, prevenir …

Anualmente, no mundo todo, cerca de 17 milhões de pessoas morrem de doenças cardiovasculares. Cerca de 80% dessas mortes poderiam ser evitadas ou adiadas com mudanças no estilo de vida, incluindo exames periódicos, exercícios físicos regulares e alimentação equilibrada. 

Pensando nisso foi criado, no ano 2000, o Setembro Vermelho, uma campanha que visa conscientizar, prevenir e educar sobre fatores de risco, sintomas e atitudes simples que podem minimizar a incidência de infartos e doenças coronárias. 

Entretanto, você está bem informado sobre alimentação, saúde e doenças cardiovasculares

Para isso, o Alimente-se Bem selecionou alguns mitos e verdades relacionados a esse tema e traz informações a respeito de cada um deles.

É preciso ter fontes confiáveis de informação 

MITOS E VERDADES

Pessoas obesas têm mais chances de sofrer com doenças cardiovasculares

VERDADE: Embora não seja o único fator, a obesidade e o excesso de peso afetam o funcionamento do coração.
 
Entre as seis doenças que mais levam a óbitos no Brasil, quatro estão diretamente ligadas à obesidade: acidente vascular cerebral (AVC), infarto do miocárdio, diabetes e hipertensão. Juntas, essas condições são responsáveis por cerca de 72% das mortes.
 
No entanto, qualquer pessoa com maus hábitos como sedentarismo, fumo e má alimentação tem chances elevadas de desenvolver doenças do sistema cardiovascular, independente de estar acima do peso ou não.

Apenas idosos têm risco de desenvolver doenças cardiovasculares 

MITO: Embora o envelhecimento seja um fator de risco para algumas doenças cardíacas, qualquer pessoa, independente do gênero e da idade, pode apresentar doenças cardiovasculares.  Porém, por que vemos esse aumento de casos no público mais jovem? 
 
Estilo de vida estressante e sedentário, má alimentação e a evolução tecnológica nos diagnósticos médicos, que permite identificar casos antes despercebidos. A boa notícia é que a detecção precoce também ajuda no tratamento mais eficaz e assertivo. 

A alimentação equilibrada é um dos pilares para evitar doenças cardíacas  

VERDADE:  Alimentação saudável combinada com atividade física regular contribui para a redução do excesso de gordura corporal e o aumento da massa magra, além de diminuir os riscos de doenças como a obesidade. 

Um estilo de vida equilibrado ajuda na condição física e no funcionamento biológico, reduz o estresse, melhora o humor e diminui o risco de doenças cardiovasculares.  

Recomenda-se evitar o excesso de alimentos ultraprocessados e aumentar o consumo dos alimentos in natura e minimamente processados como frutas, verduras, legumes, carnes, grãos e cereais integrais.   

Retirar o sal da alimentação mesmo sem mudar os demais hábitos alimentares é suficiente para eliminar os riscos de desenvolver pressão alta 

MITO:  O consumo de sal está sim associado ao aumento do risco de doenças cardiovasculares e hipertensão arterial, porém não é o único fator que contribui para o desenvolvimento da doença.  

O alto teor de sódio também é comum nos alimentos ultraprocessados. Por isso, uma prática importante é a leitura dos rótulos de alimentos (tabela nutricional e lista de ingredientes) dos alimentos no momento da compra.  

O consumo de ovos aumenta o colesterol sanguíneo 

MITO: O consumo de ovos, dentro de uma alimentação saudável e controlada em gorduras trans e saturadas, parece não afetar negativamente os níveis de colesterol no sangue. O maior percentual é representado pelo colesterol que nosso próprio corpo produz.  

No entanto, o consumo de ovos em grandes quantidades pode aumentar o colesterol, principalmente quando há a adição de gorduras e aquecimento excessivo, caso do ovo frito.  

Uma alimentação rica em antioxidantes e fibras, além de baixa quantidade de gorduras, é importante para o controle do colesterol sanguíneo. 

Vinho faz bem para o coração 

VERDADE: Uvas e vinho tinto contém uma substância chamada resveratrol, que possui propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes. Além disso, o resveratrol reduz o colesterol ruim (LDL) e aumenta o colesterol bom (HDL), o que diminui a formação de placas de gordura nas paredes dos vasos sanguíneos, prevenindo infartos e outras doenças vasculares.  

O consumo de vinho tinto também pode reduzir discretamente os níveis de pressão arterial. Contudo, é importante lembrar que o vinho só traz benefícios ao coração quando consumido com moderação. 

Prato colorido e natural: esse é o caminho 

DIETA: O GRANDE ALIADO DO CORAÇÃO

A dieta DASH, assim como a do Mediterrâneo, dão ênfase a alimentos frescos, naturais e minimamente processados, além de ter potencial para melhorar a saúde cardiovascular e promover uma longevidade saudável. 

Pesquisas mostram que a dieta Dash e a Dieta do Mediterrâneo são igualmente eficazes na prevenção e tratamento de várias doenças, além das cardiovasculares. 

Aqui no Brasil ainda temos a Dieta Cardioprotetora Brasileira (Dica Br), criada pelo Hospital do Coração a pedido do Ministério da Saúde para adaptar as informações nutricionais presentes em diretrizes nacionais e internacionais à realidade do país. 

Uma dieta variada e equilibrada contém quantidade grande de substâncias antioxidantes que também têm função cardioprotetora. São exemplos: 

  • Peixes gordurosos (salmão, sardinha, cavala, atum);
  • Frutas vermelhas (morango, mirtilo, framboesa);
  • Nozes e sementes;
  • Aveia;
  • Abacate;
  • Azeite de oliva;
  • Leguminosas (feijão, lentilha, grão-de-bico, ervilha);
  • Vegetais de folhas verdes escuras (espinafre, couve, brócolis);
  • Tomate;
  • Chocolate amargo (70% cacau ou mais).

RECEITAS

O Alimente-se Bem separou receitas práticas e saudáveis que contém alguns desses alimentos! 

Sardinha com virado de talos de couve 

Bolacha de tapioca e sementes 

Patê verde  

Grãos coloridos 

Torta de espinafre com ricota 

Pão integral

Crepioca com aveia e sementes 

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Diversidade e inclusão na atuação do nutricionista: como enfrentar os desafios físicos e sociais

Editoria: Alimentação Saudável

“Somos 194.018 nutricionistas” diz o site do Conselho Federal de Nutrição (CFN), a partir dos dados obtidos na Consulta Nacional de Nutricionistas (fev/24). Com quase 200 mil profissionais no país, em 31 de agosto, é celebrado o Dia do Nutricionista, quando a profissão foi reconhecida por meio da Lei nº 5276, de 24 de abril de 1967. Nesta época, …

“Somos 194.018 nutricionistas” diz o site do Conselho Federal de Nutrição (CFN), a partir dos dados obtidos na Consulta Nacional de Nutricionistas (fev/24). Com quase 200 mil profissionais no país, em 31 de agosto, é celebrado o Dia do Nutricionista, quando a profissão foi reconhecida por meio da Lei nº 5276, de 24 de abril de 1967.

Nesta época, a maior demanda do mercado para atuação do profissional era atender às necessidades do primeiro Programa Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), criado pelo Governo Federal, em 1972.

Entretanto, com o passar dos anos, a profissão se expandiu para atendimento em Serviços de Alimentação da Previdência Social (SAPS), hospitais, escolas, restaurantes de trabalhadores, docência, indústria, marketing, nutrição em esporte, saúde suplementar, núcleos de assistência à saúde da família, entre outros meios.

Como unir diversidade e inclusão no trabalho do nutricionista 

Maria Dayanne da Silva, nutricionista do Esporte do Sesi-SP. Ela teve má formação congênita e não possui os braços 

Atualmente, um dos desafios que os profissionais enfrentam é em relação a diversidade e inclusão. Há implicações significativas tanto no atendimento aos pacientes, quanto na dinâmica das equipes de trabalho, principalmente para os nutricionistas deficientes físicos, neurodivergentes, obesos, indivíduos trans, homossexuais, negros, pardos e indígenas.

Esses grupos podem vivenciar preconceitos, falta de representatividade e oportunidades de desenvolvimento profissional, além dos desafios físicos e estruturais em ambientes sem acessibilidade.

Maria Dayanne da Silva, 32 anos, nutricionista do Esporte do Sesi-SP, unidade CAT Osasco, que é deficiente física e atua há três anos com atletas de natação e Wrestling, conta como é superar os empecilhos que se apresentam.

“Logo que fiz a escolha pela nutrição, me vi frente ao desafio de como usaria o adipômetro, por exemplo, por ser um equipamento que necessita da utilização das mãos. Isso me trouxe alguns questionamentos, inclusive se essa era a profissão ‘certa’ diante da minha limitação física”, diz.

Com isso, a profissional começou a pesquisar e explorar outros recursos, para aferição da composição corporal, possíveis e validados dentro da área. Assim, ela associa a utilização da balança de bioimpedância com diversas ferramentas, como o inquérito alimentar, para construir junto ao atleta uma avaliação contínua e focada no desempenho.

“No trabalho com a equipe multidisciplinar, temos um time forte e diverso, formado por atletas negros, pardos e obesos. Eles já possuem títulos brasileiros e convocações para campeonatos internacionais, e duranteas competições trabalhamos o foco na educação alimentar para obter melhor desempenho e resultado”, afirma Day, como é chamada carinhosamente pelos atletas.

Propostas de inclusão 

Dayanne durante uma palestra 

Outro ponto que precisamos abordar, é o estereótipo pela busca por um corpo perfeito, geralmente, reforçado pelas redes sociais.

A fim de desmitificar essa imagem, o Conselho Regional de Nutrição (CRN3) lançou, em 2024, a campanha "Nutrição Sem Estereótipos - menos padrão, mais inclusão.”

O objetivo é ter mais ciência e inclusão na nutrição, e menos pressão por um corpo padrão: reconhecer a diversidade de corpos e de escolhas alimentares, e conscientizar sobre como os estereótipos impactam a autoestima e a saúde mental, especialmente das mulheres.

Dessa forma, para ajudar no trabalho dos nutricionistas e outros profissionais da área da saúde, destacamos algumas propostas de inclusão e diversidade:

  • Capacitação e Sensibilização: Implementar treinamentos regulares de diversidade e inclusão para toda a equipe, com abordagem sobre preconceitos inconscientes e compreensão mais profunda das necessidades de diferentes grupos.
  • Políticas de Acessibilidade: Assegurar que o ambiente de trabalho e as práticas de atendimento estejam adaptados, para incluir profissionais e pacientes com deficiência.
  • Promoção da Representatividade: Incentivar a participação das minorias em eventos, palestras e programas de formação profissional, além de buscar diversidade na composição das equipes.
  • Criação de Espaços Seguros: Criar canais de comunicação em que os profissionais possam expressar suas preocupações e sugestões de inclusão, a fim de promover um ambiente de trabalho mais acolhedor.
  • Adaptação das Práticas de Atendimento: Respeitar as diferenças de cultura, gênero e orientação sexual dos pacientes, bem como ajustar as práticas de atendimento para garantir uma abordagem personalizada e inclusiva.

Para Dayanne, a inclusão permite às minorias pertencerem a todos os mundos e mostrar a suas potencialidades na área em que se identificam e desejam alcançar sucesso profissional.

Entretanto, a nutricionista destaca que ainda é necessária a criação de mais políticas públicas. “Com projetos de capacitação profissional ou bolsas de estudos, que incentivem pessoas com deficiência a ocupar as vagas existentes no mercado de trabalho”, diz ela.

Os profissionais no Brasil podem adaptar as práticas de nutrição às necessidades culturais e individuais dos pacientes para tornar o atendimento inclusivo, fortalecer a relação entre o nutricionista e a comunidade e contribuir com um ambiente de trabalho mais colaborativo e inovador.

Equipe Alimente-se Bem do Sesi-SP

Conheça 3 formas de preparar um chá mais nutritivo e receitas para variar

Editoria: Alimentação Saudável

O chá nasceu na China e é uma das bebidas mais consumidas no mundo, devido ao sabor, aroma e propriedades medicinais.   Atualmente, ele é apreciado em mais de 160 países, principalmente pelos asiáticos.   Seja para receber uma visita, beber sozinho ou substituir pelo café, a hora do chá pode se tornar um momento especial e …

O chá nasceu na China e é uma das bebidas mais consumidas no mundo, devido ao sabor, aroma e propriedades medicinais.  

Atualmente, ele é apreciado em mais de 160 países, principalmente pelos asiáticos.  

Seja para receber uma visita, beber sozinho ou substituir pelo café, a hora do chá pode se tornar um momento especial e mais nutritivo. 

Para isso, o Alimente-se Bem ensinar 3 formas de preparo:  

Infusão 

O infusor é uma espécie de sachê
  1. Infusor  
  • Preencha a metade do infusor com a erva escolhida para que ela tenha espaço de se expandir; 
  •  Aqueça a água. Quando começar a subir as primeiras bolhas, apague o fogo e não deixe ferver para a infusão ficar mais aromática
  • Despeje na xícara sobre o infusor. Abafe a mistura e deixe descansar por alguns minutos. Retire o infusor e deguste o chá. 
  1. Infusão com ervas soltas 
  • A quantidade de erva colocada vai definir se a infusão ficará mais forte ou mais fraca. O ideal é utilizar de uma a duas colheres de chá para cada xícara.  
  • Repita a forma de aquecimento da água feita com o difusor; 
  • Despeje a água sobre a erva. Abafe a mistura e deixe descansar por alguns minutos. Coe e deguste o chá. 

Cozimento ou decocção 

Chás ajudam a aliviar gripes e resfriados

Ao utilizar ervas soltas e partes mais resistentes de alimentos, como as cascas e raízes, a melhor forma de preparo é a decocção.  

A quantidade de erva vai determinar se a preparação ficará mais forte ou mais fraca. O indicado é usar entre uma e duas colheres de chá para cada xícara.  

Para isso, ferva a erva com água por cerca de 10 minutos. Coe e deixe esfriar em uma temperatura agradável para beber.  

Dica: Siga as orientações da embalagem e utilize água mineral filtrada para preparar. 

Maceração 

É o método em que as ervas são misturadas com água fria ou em temperatura ambiente, e depois maceradas. Assim, os nutrientes e o sabor são extraídos de forma mais suave. 

Para isso, coloque as ervas secas em uma jarra ou recipiente de vidro. Despeje água fria, tampe e deixe as ervas de molho por cerca de 6 horas ou durante a noite. 

Depois coe e, para dar um toque especial, adicione fatias de frutas, como limão ou laranja. Sirva ou coloque gelo para deixar mais refrescante. 

Veja a seguir a ilustração desses métodos: 

Receitas 

Aproveite a estação fria para preparar um chá e reunir os amigos

Para variar no preparo de chás, o Alimente-se Bem separou quatro receitas

Chá de cascas de maçã e laranja 

Chá de gengibre e uva 

Chá de frutas e ervas 

Chá de morango aromático  

Dicas para um consumo mais saudável 

Para extrair melhor os nutrientes e o sabor, sejam na forma de infusão, decocção ou maceração, o ideal é: 

  • Comprar a erva seca ou fresca
  • Não adoçar ou se quiser, utilizar mel; 
  • Não reaquecer; 
  • Beber em até 24 horas. 

Se gostou do conteúdo, compartilhe e aproveite as dicas para variar no preparo dos chás! 

Saiba como o ambiente familiar pode contribuir na formação dos hábitos alimentares

Editoria: Alimentação Saudável

Em agosto é comemorado o Dia dos Pais. E você sabia que o conceito paternidade é mais amplo?  Paternidade: está relacionada ao ato de ser pai, independente do gênero ou formação de família; Paternidade ativa: envolve cuidado físico e emocional dedicados ao filho. A figura paterna, independente por quem é representada, é um exemplo de …

Em agosto é comemorado o Dia dos Pais. E você sabia que o conceito paternidade é mais amplo? 

Paternidade: está relacionada ao ato de ser pai, independente do gênero ou formação de família;

Paternidade ativa: envolve cuidado físico e emocional dedicados ao filho. A figura paterna, independente por quem é representada, é um exemplo de comportamento e inspiração de vida;

Paternidade socioafetiva: é a construção de uma relação afetiva, entre pais e filhos, sem o vínculo biológico. O responsável nutre afeto e cuida das necessidades financeiras, intelectuais e emocionais da criança. 

Alimentação e estilo parental  

Os costumes da família podem influenciar na alimentação da criança

Quando uma criança começa a comer, não é apenas o sabor, o aroma e a textura dos alimentos que são novidades.  

A relação entre ela e quem a alimenta também se amplia, e pode fazer com que a introdução alimentar não flua adequadamente. 

Outro fator, é que o ambiente familiar desempenha um papel importante na formação do comportamento, primeiras experiências, hábitos alimentares e estilo de vida das crianças.  

Estudos indicam que os pais, cuidadores ou responsáveis pela alimentação da família podem facilitar o consumo de alimentos que não são saudáveis às crianças.  

Com isso, podemos classificar o estilo parental e a prática alimentar em: 

Responsivo 

  • Orienta a alimentação da criança; 
  • Estabelece limites; 
  • Conversa sobre comida de forma positiva; 
  • Reconhece os sinais de fome. 

Controlador 

  • Controla rigorosamente a alimentação da criança; 
  • Restringe certos alimentos; 
  • Pressiona a comer; 
  • Suborna com recompensas para que ela coma; 
  • Ignora os sinais de fome. 

Permissivo ou indulgente 

  • Não estabelece limites; 
  • Alimenta a criança com o que, onde e quando ela quiser; 
  • Prepara “comidas especiais” para agradar; 
  • Ignora os sinais de fome. 

Não envolvido ou passivo 

  • Desiste da responsabilidade alimentar; 
  • Não estabelece limites; 
  • Ignora os sinais de fome ou as necessidades físicas e psicológicas da criança. 
Orientar a alimentação da criança faz parte do estilo de pais responsivos

Os pais ou responsáveis com perfil responsivo ajudam os filhos em uma melhor compreensão de fome e saciedade, e a reconhecer quais alimentos são benéficos, além de facilitar experiências com novos alimentos e estabelecer padrões alimentares culturais e familiares. 

Para ajudar nessa conduta, o Alimente-se selecionou algumas receitas saudáveis e que utilizam o aproveitamento integral

Receitas 

Bolo de abobrinha 

Brownie de banana 

Bisnaguinha de cenoura 

Cookie de chocolate e cascas de fruta 

Muffins de legumes e frutas 

Muffin de talos 

Pão econômico 

Requeijão com talos de couve 

Torta de verduras 

Durante a introdução alimentar e a apresentação de novos alimentos, ao longo das fases de crescimento da criança, os pais ou cuidadores podem cometer alguns erros. O Alimente-se Bem elencou 7. São eles: 

  1. Desistir nas primeiras recusas; 
  1. Fazer ameaças; 
  1. Forçar a comer; 
  1. Liquidificar ou mascarar os alimentos; 
  1. Regredir na consistência;  
  1. Não dar exemplo de boa alimentação; 
  1. Não prestar atenção à refeição. 

Então, o que os pais ou responsáveis podem fazer? 

Dê exemplo de boa alimentação

Segundo o Guia Alimentar Brasileiro, a oferta de novos alimentos é um momento de aprendizagem para toda a família. 

Por isso, o Alimente-se Bem separou 12 dicas para ajudar na formação do comportamento alimentar da criança

  1. Respeite os sinais de fome e saciedade;  
  1. Interaja com a criança durante a refeição; 
  1. Aumente, de forma gradual, a quantidade de alimentos no prato;  
  1. Trabalhe a aceitação de novos alimentos; 
  1. Não faça substituição da refeição por “alimentos especiais” (lanches, petiscos, bebidas ou doces); 
  1. Evite a prática de “punição” e “recompensa”;  
  1. Crie uma rotina de horários; 
  1. Combine e varie os alimentos nas refeições;  
  1. Ofereça a mesma comida saudável da família; 
  1. Envolva a criança na escolha, planejamento e preparo das refeições
  1. Utilize alimentos in natura em preparações atrativas para crianças; 
  1. Estimule o consumo consciente, por meio de comportamentos e atitudes sustentáveis, como o aproveitamento integral de alimentos. 
As formas de paternidade não dependem de gênero ou formação de família

Importante: Criança com alguma seletividade alimentar, é necessário procurar a orientação de um pediatra ou nutricionista para avaliação e diagnóstico correto, principalmente quando essa seletividade é persistente e aumenta ao longo do tempo.

Se curtiu, compartilhe o conteúdo com a família, que nasce da dedicação à criação dos filhos, independente da relação conjugal ou formato familiar. 

Alergias alimentares: sintomas, tipos de alimentos, cuidados na infância, e receitas sem glúten, ovo, leite e derivados

Editoria: Alimentação Saudável

Após consumir algum alimento, você já sentiu dor de cabeça, dor e desconforto abdominal, vômito, diarreia, coceira ou teve manchas vermelhas pelo corpo?   Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), esses sintomas estão ligados as alergias alimentares, em que o organismo dá uma resposta imunológica exacerbada, depois da ingestão ou contato com algum …

Após consumir algum alimento, você já sentiu dor de cabeça, dor e desconforto abdominal, vômito, diarreia, coceira ou teve manchas vermelhas pelo corpo?  

Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), esses sintomas estão ligados as alergias alimentares, em que o organismo dá uma resposta imunológica exacerbada, depois da ingestão ou contato com algum alimento.  

Isso acontece, pois, o corpo identifica o alimento ou alguma substância contida na composição, como um “agente agressor”, e gera uma resposta de autodefesa não desejada, mas que serve como um sinal de alerta. 

E, já que hoje, 8 de julho, é o Dia Mundial da Alergia, vamos explicar algumas reações das alergias alimentares. 

Sintomas da alergia alimentar 

Coceira pode ser um sinal de alergia alimentar

Os sintomas são variados e podem se manifestar desde manchas vermelhas até a um problema cardiovascular. Entre as possíveis reações destacam-se: 

  • Gastrointestinal: diarreia e vômitos imediatos, ou horas e dias depois da ingestão. Leite e soja são os alimentos mais comum que causam esses sintomas. Em casos mais graves, podem ocorrer diarreia com ou sem sangue, refluxo intenso, perda de peso e vômitos prolongados; 
  • Cutânea: manchas vermelhas locais ou espalhadas pelo corpo, inchaço nos olhos, bocas e orelhas, e coceira. No caso de muita coceira, é considerada dermatite atópica, e está associada as alergias nas formas mais graves; 
  • Respiratória: falta de ar e chiado no peito podem ocorrer logo após o consumo do alimento. As pessoas com asma não controlada são mais suscetíveis a esses sintomas. No entanto, a asma e a rinite, dificilmente, são reações de alergia alimentar, quando não estiver acompanhada de alterações na pele e sintomas gastrintestinais; 
  • Cardiovascular: pode ocorrer queda de pressão arterial, desmaio ou tontura.  Em caso de os lábios ficarem roxo, é caracterizado o choque anafilático, e a forma mais grave da doença. 

Crianças possuem mais alergia alimentar do que os adultos? 

Estes alimentos podem causar reações alérgicas

No contexto mundial, a alergia alimentar é mais comum em crianças, com cerca de 8%, enquanto nos adultos essa taxa representa 2%. 

Atualmente, é considerada um problema de saúde pública, por conta do aumento ao redor do mundo e a busca das pessoas, pelos profissionais de saúde, para confirmar o diagnóstico. 

Na infância, os alimentos mais responsáveis pelas alergias são: leite de vaca, ovo, trigo e soja. Entretanto, menos de 10% dos casos persistem até a vida adulta.  

Já nos adultos, os alimentos mais identificados são: amendoim, castanhas, peixes e frutos do mar. 

Alergia alimentar x Introdução alimentar 

É importante a criança experimentar diferentes alimentos

Durante a primeira infância, a maioria das alergias alimentares é pela dificuldade de comunicação, por isso que a introdução alimentar deve ser feita de maneira adequada.  

Um fator preventivo contra o aparecimento desses casos, é o aleitamento humano exclusivo até os seis meses. 

Já na impossibilidade de amamentar, o uso de fórmula infantil adequada, para diferentes faixas etárias, também ajuda a proteger. 

Na fase da introdução alimentar, os pais ou responsáveis pela criança, não devem restringir alimentos com potencial alergênico, pois entre os 6 e 9 meses, há uma janela imunológica no organismo do bebê. 

Esse período indica que ele está mais preparado para receber alimentos, guardar na memória a composição e evitar que o corpo interprete como um agente agressor, em outro momento da vida. 

A alergia alimentar é para sempre?  

Isso depende do alimento envolvido. Por exemplo: a alergia ao leite, ovo, trigo e soja, na maioria dos casos desaparecem, espontaneamente, até os 20 anos de idade. 

Caso continue, a pessoa possui a alergia ao leite, chamada de APLV (alergia a proteína do leite de vaca), e alergia ao glúten, considerada doença celíaca.  

Já o amendoim, as castanhas, os peixes e os frutos do mar, a alergia pode persistir pela vida toda. 

Por isso, é importante o acompanhamento médico e nutricional, e excluir os alimentos alergênicos da alimentação, pois mesmo em pequenas quantidades, a pessoa alérgica pode ter reações graves e chegar a óbito. 

Dicas: 

Confira o rótulo dos alimentos

1. Leia o rótulo dos alimentos com atenção; 

2. Prepare em casa algumas receitas com as substituições necessárias;  

3. Quando estiver em viagem ou passeio, pergunte como é feita a preparação no local onde for comer ou, caso compre, leia o rótulo do produto para ter certeza de que é isento do alimento que causa a alergia. 

Para ajudar na alimentação com opções sem glúten, ovo, leite e derivados, o Alimente-se Bem separou diversas receitas: 

Receitas  

Sem glúten Sem ovo Sem leite 
 Torta de tapiocaMousse de caqui  Bebida vegetal à base de extrato de aveia 
Bolo de fubá com maçã  Bebida vegetal à base de extrato de gergelim  
Pudim de chocolate e aveia  Bebida vegetal à base de extrato de coco 
 Milke-shake cremoso de goiaba 
  Refresco de inhame 
  Bolo de abóbora com coco  
  Delícias de mandioca  
  Petit-four de soja 

Adeque suas refeições e compartilhe com as pessoas que possuem alergia alimentar!