Alimentação e Saúde da Mulher: mitos e verdades
Estamos em pleno Outubro Rosa, mês no qual se discutem assuntos importantes como prevenção do câncer de mama e saúde da mulher.
Para colaborar no debate do ponto de vista alimentar e nutricional, o Alimente-se Bem desmistificou algumas dúvidas muito frequentes nas redes sociais.
- Mulheres não precisam consumir gorduras na alimentação
MITO: Diversos hormônios são formados a partir de pequenas moléculas de gordura chamadas lipídios. Portanto, é necessário consumir gorduras na alimentação nas proporções adequadas, e priorizando as gorduras “saudáveis” como o ômega 3.
Encontrado nos peixes, salmão, atum, linhaça e oleaginosas, o ômega 3 diminui a inflamação, melhora o funcionamento cardiovascular, alivia as cólicas menstruais e regula os hormônios. O importante é consumir de forma equilibrada.
2. Alimentação não impacta na prevenção da osteoporose
MITO: 1/3 das mulheres brancas acima de 65 anos possuem osteoporose*. O pico de massa óssea depende da função menstrual, da atividade física e de vários aspectos relacionados à alimentação, como aporte calórico, ingestão de cálcio e ingestão de vitamina D.
Portanto, uma dieta rica nesses nutrientes pode ajudar, bem como evitar alimentos que contenham cafeína. Cigarro e álcool também devem ser evitados.
*Fonte: OMS – Organização Mundial de Saúde
3. Alimentos ricos em açúcar podem afetar o humor.
VERDADE: O açúcar é a principal fonte de energia para o nosso cérebro. Mas seu consumo excessivo aumenta o risco de depressão e ansiedade, além de outras doenças neurodegenerativas, principalmente em mulheres.
Isso ocorre porque o excesso de glicose atua sobre o sistema límbico central, responsável pelo controle das sensações de prazer, além de estimular a produção de serotonina, o hormônio do “bem-estar”.
Porém, em doses elevadas e frequentes, aumenta a inflamação corporal e favorece o desenvolvimento de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e obesidade.
4. É necessário tomar suplementos de vitamina D apenas se você não se expõe ao sol
MITO: Muitas mulheres podem apresentar baixos níveis de vitamina D, mesmo com exposição solar frequente.
O acompanhamento médico e exames periódicos são fundamentais para avaliar se os níveis estão adequados no organismo e se há necessidade de suplementação.
É importante lembrar que 20% da quantidade de vitamina D presente no organismo vem da alimentação. Priorize peixes de água fria, gema de ovo, fígado bovino, cogumelos, leite integral, queijos e carnes.
5. A alimentação pode influenciar os sintomas da TPM.
VERDADE: A TPM é um conjunto de sensações ocasionadas por oscilações e mudanças hormonais, que ocorrem cerca de dez dias antes do início do próximo ciclo menstrual.
Afeta 7 em cada 10 mulheres brasileiras, segundo dados do Ministério da Saúde, e pode sim ser atenuada com dieta. Frutas, vegetais, grãos integrais, leites e derivados aliviam os sintomas. Também é importante evitar cafeína, álcool, sal e açúcar em excesso.
Lembrou de alguma mulher especial e acha que ela pode se interessar por esses assuntos? Compartilhe!
18/10/2024 10:03