Ações para conscientizar e reduzir o desperdício de alimentos em casa

Editoria: Aproveitamento Integral

Todos os dias, toneladas de alimentos são desperdiçadas no mundo. Cerca de 13% da comida é perdida durante a cadeia de produção, que vai desde a colheita até chegar às prateleiras dos supermercados, segundo a FAO*, 2022. Outro ponto, é que ao final dessa cadeia, aproximadamente 17% dos alimentos são desperdiçados em supermercados, restaurantes e …

Todos os dias, toneladas de alimentos são desperdiçadas no mundo. Cerca de 13% da comida é perdida durante a cadeia de produção, que vai desde a colheita até chegar às prateleiras dos supermercados, segundo a FAO*, 2022.

Outro ponto, é que ao final dessa cadeia, aproximadamente 17% dos alimentos são desperdiçados em supermercados, restaurantes e domicílios (PNUMA**, 2021).

Com isso, em 2019, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu, em 29 de setembro, o Dia Internacional de Conscientização sobre a Perda e o Desperdício de Alimentos para incentivar às pessoas e os setores públicos e privados na criação de medidas que reduzam o descarte de alimentos.

Os vegetais são um dos alimentos mais desperdiçados

Para algumas pessoas, o desperdício de alimentos tornou-se um hábito, pois, a fim de aproveitar as promoções, elas compram mais do que precisam nos supermercados, e deixam frutas e vegetais estragarem em casa.

Em média, cada pessoa descarta 74 quilos de comida por ano (PNUMA, 2021). O dado indica que o desperdício de alimentos no nível do consumidor é um problema global significativo.

Ao descartar comida, também ocorre o desperdício de trabalho, investimento e recursos, como água, sementes, transporte e abastecimento que foram investidos na produção dos alimentos.   

Essas questões aumentam os custos dos alimentos e a emissão dos gases de efeito estufa, o que agrava as mudanças climáticas.

Caminhos para minimizar o desperdício 

O desperdício de alimentos ocorre em toda a cadeia de produção

Em 2015, a Assembleia Geral das Nações Unidas, composta por 193 Estados-membros da ONU, definiram os Objetivos de Desenvolvimento Social (ODS) no âmbito social, ambiental, econômico e institucional. 

No total, foram definidos 17 objetivos e 169 metas globais para serem atingidas até 2030, conhecida como “Agenda 2030”

Já ODS 12, relacionado ao Consumo e Produção Sustentável, determina na terceira meta (12.3), a redução pela metade do desperdício de alimentos per capita global, nos níveis de varejo e consumo, bem como a redução das perdas de alimentos ao longo das cadeias de produção e abastecimento. 

Para isso, algumas alternativas são:

  • Introdução de novas tecnologias;
  • Soluções inovadoras;
  • Formas diferentes de trabalho e boas práticas para manter a qualidade dos alimentos e reduzir a perda e o desperdício.

Essas medidas podem ajudar a preservar e proteger os ecossistemas e recursos naturais, que são fundamentais para o crescimento dos alimentos.

O que podemos fazer

Para ajudar a reduzir o desperdício de alimentos, acompanhe algumas ações que podem ser feitas em casa:  

Oito dicas para minimizar o descarte de alimentos em casa

1. Faça uma lista de compras

  • Compre apenas o que precisa e evite fazer estoques desnecessários.

2. Verifique a validade dos produtos

  • Na hora de cozinhar, dê prioridade para os alimentos que estão perto do vencimento;
  • No armário e na geladeira, coloque os produtos mais antigos à frente e os novos atrás.

3. Aumente a periodicidade das compras

  • Ir mais vezes ao supermercado ajuda a evitar os estoques desnecessários e o desperdício de alimentos, pois a compra será mais consciente.

4. Aproveite as promoções de forma estratégica

  • Substitua algum produto que consome no dia a dia pelo item em oferta.

5. Acondicione os alimentos corretamente

  • Utilize recipientes adequados para armazenar os alimentos na geladeira, a fim de evitar a proliferação de bactérias e o desperdício. 

6. Congele as sobras

  • Se não comer tudo o que preparou, congele para mais tarde ou utilize as sobras como ingrediente em outras refeições.

7. Aproveite os alimentos em sua totalidade

  • Diversas partes dos alimentos podem ser utilizadas nas preparações, como cascas, talos, folhas e sementes.

8. Não descarte apenas pela aparência

  • Se algum alimento in natura apresentar aparência feia em algumas partes, corte-as e consuma o que sobrou.

O Alimente-se Bem incentiva o hábito do aproveitamento integral de frutas, legumes e verduras, e disponibiliza no site mais de 500 receitas que podem ser feitas com partes não convencionais dos alimentos. Confira: Receitas

FAO*: Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação

PNUMA**: Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente

PANCs na primavera: saiba como incluir plantas alimentícias nas refeições

Editoria: Aproveitamento Integral

A época mais florida do ano chegou! A primavera é a estação que conecta o inverno ao verão. Durante essa transição, ocorre um aumento das chuvas devido ao calor e à umidade crescentes ao final do dia. Com isso, as flores desabrocham tornando a paisagem mais colorida e alegre, e, também, podem ser incluídas na …

A época mais florida do ano chegou! A primavera é a estação que conecta o inverno ao verão. Durante essa transição, ocorre um aumento das chuvas devido ao calor e à umidade crescentes ao final do dia.

Com isso, as flores desabrocham tornando a paisagem mais colorida e alegre, e, também, podem ser incluídas na alimentação.

PANCs

Espécie Ora-pro-nóbis

Desde a antiguidade, as plantas fazem parte da alimentação e, hoje, algumas espécies, conhecidas como Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs), ganharam destaque por serem diversificadas, acessíveis e nutritivas.

As PANCs são plantas que possuem partes comestíveis, como folhas, talos, flores, frutos, sementes e raízes.

Embora, não façam parte dos hábitos alimentares comuns, o termo "não convencionais" refere-se às espécies que eram usadas no passado, mas ao longo do tempo caíram em desuso. 

Nutrientes

O consumo das PANCs está relacionado com a valorização da biodiversidade e cultura regional, bem como o ganho de nutrientes. 

A composição nutricional varia de acordo com a planta, mas, geralmente, elas possuem vitamina A, C e do complexo B, potássio, ferro, antioxidantes e alguns componentes bioativos. 

As PANCs podem ser nativas, exóticas ou naturalizadas, e, muitas vezes, são confundidas com matos, ervas daninhas ou plantas invasoras por crescerem espontaneamente. 

Apesar de se adaptarem em diferentes ambientes e solos, essas plantas são raramente comercializadas

Espécies

PANC Capuchinha

Até o momento, cerca de 300 espécies foram catalogadas como plantas alimentícias, e pelo menos 50 possuem informações técnicas de cultivo e se desenvolvem em hortas locais

Algumas delas são: Amaranto, Capuchinha, Chuchu-de-vento, Fisális, Mangarito, Vinagreira, Taioba, Caruru, Jambu, Ora-pro-nóbis e Peixinho.

Dentre as várias categorias de PANCs, destacam-se as flores comestíveis, e o Brasil abriga diversas, tanto nativas quanto trazidas de outras regiões do mundo. 

Essas flores contêm uma variedade de sabores, como picante, doce e amargo, e aromas frutados, que deixam os pratos mais atraentes.

Capuchinha e receita 

Capuchinha na alimentação

Uma PANC anual, rústica e que cresce espontaneamente em solos ricos em matéria orgânica, é a Capuchinha, que também é conhecida como Nastúrcio e Chagas

Ela é originária do México e Peru, e pode ser cultivada em vasos, jardineiras suspensas ou no solo, sob luz direta ou sombra, o que influencia na coloração, tamanho e floração.

Na gastronomia, a Capuchinha é valorizada devido à elegância de suas flores e ao sabor um pouco picante, semelhante à pimenta-do-reino. 

As cores quentes (amarelo, laranja e vermelho) e o formato, que permite recheá-las, tornam os pratos mais bonitos e coloridos.

Para aproveitar a primavera e utilizar essa flor comestível, o Alimente-se Bem sugere a receita Risoto de capuchinha e casca de abóbora moranga

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Conheça os valores nutricionais das partes não convencionais dos alimentos e como utilizá-las

Editoria: Aproveitamento Integral

Você já pensou sobre o que descarta no lixo pode ser aproveitado? O programa Alimente-se Bem, em parceria com a Universidade Estadual de São Paulo (UNESP), por meio de um estudo pioneiro no Brasil, elaborou uma tabela nutricional das partes não convencionais dos alimentos, como: sementes, cascas, talos e folhas.  Normalmente, essas partes são desperdiçadas, …

Você já pensou sobre o que descarta no lixo pode ser aproveitado?

O programa Alimente-se Bem, em parceria com a Universidade Estadual de São Paulo (UNESP), por meio de um estudo pioneiro no Brasil, elaborou uma tabela nutricional das partes não convencionais dos alimentos, como: sementes, cascas, talos e folhas. 

Normalmente, essas partes são desperdiçadas, mas o estudo apontou que elas podem ser ainda mais nutritivas do que as polpas e incluídas em receitas.  

Nutrientes das partes não convencionais das frutas

Banana

A casca possui quase 3x mais vitamina C do que a polpa, e uma das funções do nutriente é atuar contra infecções no organismo. 

Para utilizar as cascas em preparações, o Alimente-se Bem sugere a receita: brigadeiro de casca de banana.

Laranja

A casca da laranja possui mais fibras do que a polpa

Possui fibras que ajudam na saúde intestinal e, ao consumir uma refeição com grande quantidade de fibras, é possível demorar mais tempo para sentir fome.

Uma excelente fonte é a casca da laranja que apresenta 7x mais fibras do que a polpa e pode ser adicionada na preparação biscoito de cascas de frutas.

Manga

Os alimentos de origem animal são importantes fontes de vitamina A que auxilia no funcionamento da visão. 

Contudo, às pessoas que não consomem alimentos de origem animal, podem encontrar na manga uma opção que contribui com essa vitamina, pois a fruta é rica em carotenóides - elementos químicos - capazes de se transformar em vitamina A.

Uma curiosidade, é que a casca da manga possui quase o dobro do teor de carotenóides em relação à polpa e podem ser incluídas no peito de frango com chutney de manga.

Alimentação diversificada 

Pratos mais coloridos são mais nutritivos

Um prato colorido contribui à saúde, pois cada componente é fonte de vitaminas e minerais, e as cores indicam quais nutrientes esses alimentos possuem.

Por exemplo, os vegetais verde-escuros são boas fontes de vitaminas do complexo B e os alaranjados de carotenóides. 

Outra curiosidade, é que ao longo do ciclo de vida, algumas pessoas apresentam deficiências de nutrientes, devido ao crescimento, mobilidade ou dificuldade de mastigação. Por isso, é preciso ter atenção na composição das refeições.

Para ajudar, o Alimente-se separou algumas informações de valores nutricionais de cascas, folhas e talos, e preparações em que podem ser adicionadas.

AlimentoValor nutricional das partes não convencionaisReceita
MaçãA casca possui 3x mais vitamina C e 72% mais proteínas do que a polpa.Geleia de cascas de frutas 
MaracujáA casca contém quase 4x mais vitamina C em relação à semente, e apresenta o dobro de potássio comparada à polpa.Pasta tropicalia
Beterraba As folhas concentram 120x mais vitamina C do que a polpa, e juntas aos talos apresentam 3x mais fibras do que a polpa.Docinho nutritivo de beterraba
EspinafreOs talos possuem o dobro de ferro do que as folhas.Panqueca delícia

Além dos benefícios nutricionais, ao utilizar as partes não convencionais, é possível economizar e ajudar a evitar o desperdício doméstico.

Se curtiu o conteúdo, compartilhe e acesse os cuidados para armazenar essas partes.

Saiba por que sentimos vontade de comer doce após as refeições e quais são as opções de doces com cascas de frutas

Editoria: Aproveitamento Integral

Você é do time que gosta de um docinho depois do almoço? Ou já está de olho na sobremesa antes das refeições?  Esse é um hábito muito comum no país e, segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF, 2017-2018), os brasileiros consomem 50% a mais de açúcar do que a Organização Mundial da Saúde (OMS) …

Você é do time que gosta de um docinho depois do almoço? Ou já está de olho na sobremesa antes das refeições? 

Esse é um hábito muito comum no país e, segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF, 2017-2018), os brasileiros consomem 50% a mais de açúcar do que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que é de, no máximo, 12 colheres de chá por dia. 

No entanto, o açúcar não está presente apenas nas sobremesas, ele também é adicionado em alimentos ultraprocessados e bebidas.

Apesar de delicioso, o consumo excessivo pode causar alguns problemas de saúde, como: obesidade, diabetes do tipo 2, inflamação do intestino, piora do sono, aumento da oleosidade na pele e cáries.

Se você não possui nenhuma restrição de açúcar, como no caso dos diabéticos, isso não significa que é preciso cortar a sobremesa e nem tratar o açúcar como um vilão. Uma alternativa é procurar opções mais saudáveis de consumo

Receitas de doces com cascas de frutas

Bolo feito com casca de banana

Para isso, o Alimente-se Bem sugere algumas receitas de doces saborosas, nutritivas e práticas feitas com cascas de frutas

Essas partes não convencionais dos alimentos podem conter mais fibras, vitaminas e minerais do que a própria polpa.

Por exemplo, a banana possui quase 3x a mais de vitamina C e o dobro de potássio na casca, quando comparada aos nutrientes da polpa. Já a casca da laranja, apresenta 7x mais fibras e 5x mais fósforo do que a polpa. 

Confira as preparações:

Bolo de casca de banana

Doce de casca de abacaxi

Doce de casca de melancia 

Doce de casca de mexerica

Cascas de manga caramelizadas

Cocada festiva

Por que sentimos vontade de comer doces após o almoço?

Comer doce depois do almoço é um costume de muitos brasileiros

Há algumas explicações fisiológicas e, uma delas, é que esse desejo é ativado a partir de uma “mensagem” que o corpo envia ao cérebro de que alguma substância foi muito utilizada e precisa ser reposta. 

A substância é a serotonina, um hormônio que participa da digestão, e é responsável por controlar a motilidade intestinal e a secreção das enzimas digestivas. 

A serotonina é produzida por meio do triptofano, um aminoácido presente em alimentos, como ovos; oleaginosas; aveia; chocolate com alto teor de cacau (acima de 70%), em pequenas quantidades; frutas (com destaque para a banana) e os doces também são uma das fontes.

Com isso, ao realizar uma refeição muito pesada, o corpo necessita de alimentos fontes de triptofano para compensar a serotonina

Como comer doces sem exagero após o almoço?

Manter uma alimentação saudável não significa a restrição e, sim, o equilíbrio entre as escolhas das refeições diárias. 

Por isso, o Alimente-se Bem separou algumas dicas de como integrar os doces depois do almoço sem exagerar:

1. Prefira frutas 

Frutas como banana, maçã e mexerica são práticas para levar ao trabalho

As frutas são ótimas opções de sobremesas, devido aos benefícios à saúde, e as da estação são ainda mais doces, saborosas e baratas.

2. Não substitua as refeições por doces 

Com a rotina corrida, às vezes, consumir alimentos prontos torna mais práticos, mas ao substituir as refeições principais por doces, o organismo não absorve fibras, vitaminas, minerais e macronutrientes essenciais para o bom funcionamento do corpo.

3. Cuidado com as quantidades

Prefira chocolates com mais porcentagem de cacau

Para não consumir em excesso, é possível fracionar os doces em pequenas porções e guardar um pouco para o dia seguinte. 

Por exemplo, ao dividir uma barra de chocolate em tabletes ajuda a minimizar a vontade de comê-la inteira de uma vez só e, também, é possível optar pelo chocolate 70%, que possui menor teor de açúcar.

4. Coma com atenção

Para ajudar, o podcast técnica mindful eating orienta como degustar o alimento e trazer a atenção ao momento presente.

Prestar atenção a quantidade, mastigar bem e comer devagar são fatores que ajudam a sentir mais o sabor e dão maior saciedade

5. Cuidado com a composição

A composição dos alimentos processados ou ultraprocessados possui grandes quantidades de aditivos alimentares, como corantes, adoçantes, aromatizantes e estabilizantes, e não fazem bem à saúde.

Por isso, prefira consumir doces caseiros, assim como as sugestões de doces feitos com cascas de frutas

Uma outra opção é, ao adoçar as preparações, utilize tâmaras, bananas mais maduras, damascos e uvas passas, e reduza a quantidade açúcar refinado ou substitua por outros tipos de açúcar.

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Entenda como ocorre a perda e o desperdício de alimentos ao longo da cadeia de produção

Editoria: Aproveitamento Integral

O Brasil é um dos países que mais produz alimentos no mundo e, por outro lado, é um dos que mais desperdiça. De acordo com dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), 33% da produção mundial de alimentos é perdida por ano. No ranking, o Brasil está entre os dez …

O Brasil é um dos países que mais produz alimentos no mundo e, por outro lado, é um dos que mais desperdiça.

De acordo com dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), 33% da produção mundial de alimentos é perdida por ano.

No ranking, o Brasil está entre os dez países que mais desperdiçam e, segundo dados da Embrapa de 2018, anualmente, cada brasileiro joga no lixo 41,6 quilos de alimentos.

Essas proporções geram sobrecarga ao meio ambiente, pois a produção é maior do que o consumo, assim causando a perda e o desperdício.

Diante deste cenário, a FAO estabeleceu como um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para 2030: “Consumo e Produção Responsáveis” e um dos caminhos para atingir esta meta é a redução do desperdício de alimentos.

De onde vem o desperdício?

Muitos acreditam que é somente aquilo que sobra no prato das casas brasileiras, mas ele ocorre em todo o processo produtivo de alimentos, que vai do plantio até o consumo

Durante essa rota, há também outro ponto relevante, que é a distinção entre a perda e o desperdício.

Perda de alimentos X Desperdício de alimentos

Perda de alimentos durante a colheita

Segundo a FAO, a perda é a redução da quantidade ou qualidade dos alimentos antes de chegar a ser comercializado nos mercados e outros estabelecimentos. Já o desperdício é o que ocorre a partir da venda

Portanto, o que está associado ao consumidor é o desperdício, mas é importante entender o caminho que a comida percorre até chegar à mesa, para refletir por que os alimentos são perdidos ou desperdiçados, enquanto mais de 70 milhões de pessoas estão em situação de insegurança alimentar moderada ou grave no Brasil, desde 2020, de acordo com a FAO.

Produção e colheita

Colheita na plantação de pequeno produtor

Durante esses processos, um alimento se perde por diversos motivos:

  • Pragas na plantação;
  • Condições climáticas;
  • Falta de conhecimento técnico do agricultor;
  • Ausência ou ineficácia de políticas que subsidiem o pequeno agricultor para que ele tenha possibilidades de investir em tecnologias de plantio e colheita.

Para um agricultor, a perda de alimentos, nesta etapa, significa a redução do lucro. No caso do pequeno produtor, a situação é ainda mais impactante, pois ele não possui acesso aos meios de prevenção de perdas e, consequentemente, o investimento necessário para comprar suprimentos nos períodos de entressafra diminui. 

Armazenamento e transporte

Armazenamento de frutas em uma central de abastecimento

Nesta fase, a qualidade do alimento deve ser mantida íntegra tanto no aspecto de textura, sabor e cor, quanto à garantia dos nutrientes e estabilidade do abastecimento alimentar.

No que se refere ao abastecimento, as pessoas envolvidas devem ter conhecimento nos quesitos de:

  • Qualidade das instalações de armazenamento;
  • Acondicionamento durante o transporte das embalagens;
  • Boas condições de armazenamento e instalações de refrigeração.

Distribuição

Seleção dos melhores alimentos para comercialização

Frutas ou legumes muito grandes ou pequenos, com diferentes formatos e cores, e com padrão estético único são chamados de alimentos imperfeitos.

Muitas vezes, eles são rejeitados pelos varejistas e consumidores, e vão parar no lixo. No entanto, ao descartá-los também ocorre uma grande perda nutricional

Por isso, é necessário a criação de iniciativas de comercialização desses alimentos, como uma forma de também atender aos ODS: 

  • Padrões de consumo e produção sustentáveis no manejo dos recursos; 
  • Diminuição de desperdício e geração de resíduos;
  • Incentivo ao mercado em adotar boas práticas.

Desperdício no consumo

Cada brasileiro joga no lixo mais de 40 quilos de alimentos por ano

No final deste ciclo há o consumidor, que para diminuir o descarte doméstico, é possível adquirir alguns hábitos, como: planejamento de compra, armazenamento e conservação, repertório de receitas e técnicas de preparação.

O programa Alimente-se Bem pode ajudar com essas ações, por meio de conteúdo informativo e sugestões de receitas saborosas, nutritivas e práticas, a partir do aproveitamento integral de alimentos.

As sobras de arroz e feijão também podem ser aproveitadas em receitas como almôndegas de feijão e nhoque de arroz, pois segundo um estudo da Embrapa de 2018, são os alimentos mais desperdiçados

Se gostou deste conteúdo, compartilhe, e também coloque em prática as iniciativas sustentáveis de compostagem e hortas caseiras. 

Talos de agrião e outras hortaliças: conheça as vantagens na alimentação e receitas práticas

Editoria: Aproveitamento Integral

Esta semana, a série Partes não convencionais dos alimentos apresentará benefícios, receitas e curiosidades sobre talos de hortaliças, com destaque em talos de agrião. No universo das verduras, há uma máxima “quanto mais verde melhor”, pois as folhas verde-escuras são ricas em vitaminas e minerais, principalmente o ferro, que evita o surgimento da anemia, aumenta …

Esta semana, a série Partes não convencionais dos alimentos apresentará benefícios, receitas e curiosidades sobre talos de hortaliças, com destaque em talos de agrião.

No universo das verduras, há uma máxima “quanto mais verde melhor”, pois as folhas verde-escuras são ricas em vitaminas e minerais, principalmente o ferro, que evita o surgimento da anemia, aumenta a imunidade e melhora a parte cognitiva.

Folhas e talos de agrião  

Receita de pastel assado de talos - Foto: Karim Kahn/SESI-SP

O agrião é muito consumido pelos brasileiros em saladas, com um sabor levemente picante, as folhas da hortaliça possuem baixa calorias, fibras, cálcio e fósforo. Logo, os talos contêm vitamina C, potássio, zinco e são uma excelente fonte de ferro

Para aproveitar o alimento de forma integral e todos esses benefícios, o Alimente-se se Bem indica a receita Pastel assado de talos 

Aproveitamento integral de outras hortaliças 

Os talos de brócolis; couve-flor; couve-manteiga; acelga; beterraba; mostarda; nabo e salsa, que geralmente são descartados, apresentam boas quantidades de potássio.

O mineral contribui para o bom funcionamento das células, tecidos, órgãos, músculos, nervos e na saúde dos ossos.

Receitas com talos

Para incluir essas vantagens na alimentação diária, separamos algumas preparações com talos. São elas:

Talos de beterraba: Risoto rosado 

Talos de couve: Docinho verde

Talos de espinafre: Creme de abóbora com frango 

Talos de salsa: Carne com grão de bico 

Os benefícios nutricionais oferecidos pelos talos agregam sabor e textura à comida, e se higienizados e conservados adequadamente, podem ser utilizados em diversas receitas

Curiosidade

Cultivo de produtos hidropônicos

O agrião pode ser plantado em hortas caseiras, o que favorece o consumo livre de agrotóxicos, e quando adquirido em supermercados, feiras e hortifrutis, geralmente é na versão hidropônica. 

Assim como no cultivo convencional, a produção de produtos hidropônicos é feita de maneira controlada, com uma solução acrescida de nutrientes necessários para o desenvolvimento da planta e sem contato com o solo, porém pode conter agrotóxicos e outros produtos químicos. 

Esse é o último conteúdo da série Partes não convencionais dos alimentos. Se curtiu, compartilhe!

Sementes de jaca: benefícios à saúde, receitas e curiosidades

Editoria: Aproveitamento Integral

A série Partes não convencionais dos alimentos, do Alimente-se Bem, continua e neste início de ano vamos abordar sobre Sementes, com foco na semente de jaca. Geralmente, a fruta é consumida in natura ou no formato de doces, geleias e compotas, e reserva nutrientes importantes na alimentação. Consumo integral da jaca Parte Nutriente Benefícios  Forma …

A série Partes não convencionais dos alimentos, do Alimente-se Bem, continua e neste início de ano vamos abordar sobre Sementes, com foco na semente de jaca.

Geralmente, a fruta é consumida in natura ou no formato de doces, geleias e compotas, e reserva nutrientes importantes na alimentação.

Consumo integral da jaca

ParteNutrienteBenefícios Forma de consumo
SementePotássioBom para a saúde do coração e dos músculos Cozida ou torrada
ProteínasContribuem com a defesa do sistema imunológico. Constituem a base do material que forma órgãos e tecidos, como ossos, cabelos,   dentes e a construção do músculo. Transportam oxigênio. Participam da formação de hormônios.Farinha
PolpaFibrasAuxiliam na regulação do intestino, controle de diabetes, saciedade e nível de  colesterol.In natura 
Vitamina CAjuda a evitar doenças crônicas, pois possui ação antioxidante que desacelera o envelhecimento das células e combate os radicais livres.In natura

Receitas 

Receita de cuscuz caipira - Foto: Karim Kahn/SESI-SP

Para aproveitar esses benefícios, o Alimente-se Bem sugere duas preparações, a fim de começar a testar a utilização da semente. São elas:

Cuscuz caipira 

Semente de jaca ao vinagrete 

Curiosidades da jaca

O fruto é originário da Índia e é popular na Tailândia, Indonésia, Filipinas e Malásia, devido ao clima quente

No Brasil, foi trazida pelos portugueses no século XVIII e adaptou- se bem em regiões com temperaturas altas, como Rio de Janeiro, Pará e Amazônia, onde encontra-se dois tipos mais comuns: a jaca-mole e a jaca-dura.

Polpa de jaca é usada em pratos vegetarianos

A fruta também é muito utilizada pelos vegetarianos, pois a versão dura possui textura similar à do frango que é ideal para rechear a famosa “coxinha de jaca”, e preparar cozidos, ensopados e refogados. 

Uso de outras sementes

No dia a dia, as sementes estão em diversos produtos, como a semente de girassol, presente no óleo de cozinha, e a de urucum que quando triturada dá origem ao colorau.

As sementes de chia, linhaça, abóbora e melão também ganharam destaque, por causa de suas propriedades nutricionais, mas a maioria delas é descartada após consumo dos alimentos.

Para usá-las em receitas, destacamos essas três:

Crepioca com aveia e sementes 

Praliné junino 

Salada com sementes 

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Rama de cenoura e outras folhagens: conheça os benefícios e como aproveitar essas partes em receitas

Editoria: Aproveitamento Integral

Seguindo a série Partes não convencionais dos alimentos, o programa Alimente-se Bem abordará a utilização de ramas e folhagens, em especial a rama de cenoura. O legume é um dos mais cultivados no Brasil, geralmente em regiões com clima ameno, e o volume maior de produção é entre julho e novembro. Rama de cenoura Pouco …

Seguindo a série Partes não convencionais dos alimentos, o programa Alimente-se Bem abordará a utilização de ramas e folhagens, em especial a rama de cenoura.

O legume é um dos mais cultivados no Brasil, geralmente em regiões com clima ameno, e o volume maior de produção é entre julho e novembro.

Rama de cenoura

Pouco consumida, devido à falta de conhecimento da utilização e dos nutrientes, a rama de cenoura é rica em fibras que ajudam na digestão, bem como possui:

  • Vitamina C;
  • Potássio;
  • Ferro; 
  • Antioxidantes.
Receita serve quatro porções - Foto: Karim Kahn/SESI-SP

Para aproveitar esses benefícios, é possível preparar a receita Batata rosti com brócolis e rama de cenoura picada. A sugestão leva uma hora para ficar pronta e pode acompanhar o almoço ou jantar.

A rama também pode também ser incluída em suco, purê, pão, wrap e suflê, assim como nas receitas: Rolinhos de folhas e Suflê de cenoura com talos e ramas

Ramas e folhagens 

O aproveitamento integral dos alimentos diminui o volume de resíduo doméstico

Ao aproveitar essas partes, ajuda a melhorar a qualidade nutricional do cardápio, reduz o desperdício de alimentos e contribui com a economia.

Quanto aos nutrientes, estudos apontam que essas porções carregam uma grande quantidade de fibras, vitaminas e antioxidantes que  auxiliam na saúde do corpo.

Para isso, apresentamos algumas partes não convencionais de outras hortaliças que podem ser utilizadas na alimentação.

Folhas e talos de beterraba

A variedade mais comum no Brasil é a vermelho-arroxeada

Podem ser adicionadas em refogados junto a um fio de azeite, alho picado, sal, pimenta-do-reino e pouca água. A sugestão é uma forma saborosa e nutritiva de consumir mais verduras nos dias frios.

Esse refogado, misturado com outros ingredientes, como tomate, grão-de-bico e cenoura pode render ainda um cozido de legumes e grãos, e acompanhar o arroz branco ou integral.

No caso de tortas e salgados assados recheados com escarola, é possível substituir a verdura pelas folhas e talos de beterraba picados pequenos, bem como podem ser usados no preparo de sopas e cremes.

Para completar as refeições, o Alimente-se Bem indica essas três receitas: Risoto rosado, Charutos de folha e beterraba e Barrinha energética de beterraba

Folhas de brócolis e de couve-flor

Hortaliças que estão na safra até dezembro

Essas hortaliças pertencem à família das brássicas e possuem ação protetora ao organismo, especialmente nos intestinos.

As folhas podem ser preparadas assim como a couve, fatiadas e refogadas, para acompanhar carnes e fazer Torta de verduras e Caldo verde nutritivo.

Folhas de rabanete

Raiz que foi muito utilizada pelas civilizações romana, grega e egípcia

Contêm fibras, potássio, selênio e vitamina C que ajudam o organismo a funcionar melhor no dia a dia.

Essas partes são uma opção de salada crua para compor um mix de folhas, bem como preparar a receita Batata rosti assada com rabanete 

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Casca de banana: aproveitamento, nutrientes e receitas que ajudam a evitar o desperdício

Editoria: Aproveitamento Integral

Para dar início a série partes não convencionais dos alimentos, o Alimente-se Bem ensinará nas próximas semanas como aproveitar cascas, talos, folhas e sementes em receitas. Uma das frutas mais consumidas pelo mundo, a banana é prática e versátil, pois pode ser adicionada em diversas preparações, mas você sabia que a casca possui mais nutrientes …

Para dar início a série partes não convencionais dos alimentos, o Alimente-se Bem ensinará nas próximas semanas como aproveitar cascas, talos, folhas e sementes em receitas.

Uma das frutas mais consumidas pelo mundo, a banana é prática e versátil, pois pode ser adicionada em diversas preparações, mas você sabia que a casca possui mais nutrientes do que a polpa?

Essa parte geralmente não utilizada é rica em fibras alimentares, cálcio, potássio, vitamina C e antioxidantes, que ajudam a melhorar o desempenho intestinal, cardiovascular e muscular, bem como pode ser incluída em bolos, tortas e pães.

Como utilizar 

Receita usa cascas de banana e cenoura para aproveitar todo o alimento - Foto: Karim Kahn/SESI-SP

Para aproveitar esses benefícios, o Alimente-se Bem indica a receita Bolo de banana e cenoura que fica pronta em uma hora e pode ser servida no café da manhã e lanches, e as sugestões abaixo:

Pudim de banana e canela

Carne havaiana

Palha brasileira com brigadeiro de casca de banana

Nutrientes das partes não convencionais e polpas

O aproveitamento integral é utilizar as partes não convencionais dos alimentos para contribuir com a sustentabilidade, saúde e economia

Entretanto, a falta de informações sobre essa prática leva a população a descartar cascas, sementes, talos e folhas e, consequentemente, a aumentar o volume de lixo doméstico e perder nutrientes.

Calcula-se que cada brasileiro produz pouco mais de 1 quilo de resíduo doméstico por dia

Esse desperdício nutricional equivale a capacidade de suprir, em uma porção usual, as necessidades diárias de determinados nutrientes em pessoas saudáveis, como proteínas, carboidratos, cálcio, potássio, ferro e fibras. 

Desta forma, podemos classificar tanto polpas quanto partes não convencionais em três categorias, e obter fontes nutricionais notáveis dessas partes:

  • Excelente fonte;
  • Boa fonte;
  • Fonte.
Fonte: Pirâmide dos Alimentos. Sonia Tucunduva Philippi. 1° edição

Qualidade nutricional das cascas

Beterraba: Pode ser considerada uma excelente fonte de vitamina C, contendo mais de 130 mg, o que significa quase 3 vezes a mais de vitamina do que a polpa da laranja.

Laranja: Não é apenas a polpa que merece destaque, pois a casca apresenta uma excelente fonte de fibras que equivale a 36% da necessidade diária em homens e a 24% em mulheres.

Banana: A polpa contém excelente fonte de potássio, já a casca possui o dobro e fornece 33% da necessidade do nutriente para um dia em homens e 43% em mulheres, bem como é uma boa fonte de vitamina C.

Outras cascas de frutas e legumes também podem ser fontes essenciais de nutrientes, como abacaxi, abóbora, batata, berinjela, beterraba, chuchu, goiaba, kiwi, mamão, manga, pera, pepino e tangerina.

É possível também aproveitar as entrecascas de frutas, como melancia, melão e maracujá, e incluir em preparações. Veja algumas receitas aqui.

Cultivo da banana

A banana pode ser colhida ainda verde

Produzida de norte a sul do país, a banana está presente na mesa dos brasileiros, e é uma fruta fácil de levar como um lanche.

Durante o plantio, as bananeiras se desenvolvem melhor em temperaturas entre 15°C e 35°C, com luminosidade e solo capazes de armazenar água.

É uma fruta que pode ser colhida antes do amadurecimento e isso aumenta a taxa de liberação do gás etileno, que é responsável pela coloração amarela, o amolecimento da polpa e a vida de prateleira depois da colheita.

Conheça os métodos de conservação das partes não convencionais dos alimentos

Editoria: Aproveitamento Integral

Consumir alimentos saborosos e seguros exercem um papel fundamental no organismo, pois segundo a Organização Mundial da Saúde, entre 2 e 4 bilhões de pessoas são infectadas por conta da ingestão de produtos contaminados.  Os alimentos contêm microrganismos e dependendo da forma como são conservados podem causar problemas à saúde, como diarreia, vômitos, dores abdominais …

Consumir alimentos saborosos e seguros exercem um papel fundamental no organismo, pois segundo a Organização Mundial da Saúde, entre 2 e 4 bilhões de pessoas são infectadas por conta da ingestão de produtos contaminados

Os alimentos contêm microrganismos e dependendo da forma como são conservados podem causar problemas à saúde, como diarreia, vômitos, dores abdominais e até morte, mas ao utilizar métodos adequados, é possível impedir o crescimento de fungos, parasitas, vírus e bactérias nocivas.

Outro ponto, é que o valor nutricional dos alimentos pode ser afetado pelo modo no qual são manipulados e armazenados.

Por fim, a má conservação também atinge a economia, pois você já deve ter jogado fora alimentos embolorados, escuros ou visguentos que foram comprados em perfeito estado.

Conservação, higienização e armazenamento 

É recomendado lavar os vegetais em água corrente e higienizar em água sanitária

O prazer em comer envolve  sabor, aroma, textura e aparência, bem como é possível otimizar o tempo, quando as partes não convencionais dos alimentos são armazenadas corretamente, como folhas, talos, cascas, entrecascas e sementes. 

Porém, antes de cortar, descascar e armazenar, é importante limpar e desinfetar os alimentos. Veja:

  • Frutas, legumes e verduras, principalmente se forem consumidos crus, devem ser lavados com água corrente e higienizados com água sanitária seguindo as recomendações de duração e quantidade recomendada pelo fabricante;
  • A higiene pessoal na manipulação dos alimentos também é essencial, por isso lave bem as mãos e antebraços quando estiver na cozinha;
  • Algo muito comum durante o preparo de receitas é experimentar. Por isso, se atente para não colocar na comida o mesmo talher que pôs na boca, pois na mucosa há bactérias que podem acelerar a degradação;
  • O descongelamento de alimentos não deve ser feito em temperatura ambiente. Para isso, coloque na prateleira da geladeira acima, e, se não tiver muito tempo, use o microondas.
  • Se cozinhar a mais, ou se comprar muitos alimentos frescos, congele as sobras limpas. 
  • No caso de refrigeração, guarde as partes em recipientes fechados com tampa e leve-as para a prateleira superior da geladeira. Nos gavetões inferiores, coloque folhas e entrecascas refrigeradas. 
  • Frutas tropicais, como abacate e banana; legumes que possuem muita água, como chuchu; e entrecascas de alguns alimentos não devem ser congelados ou refrigerados, pois deterioram mais rápido e perdem a textura.

Confira a ilustração a seguir para te ajudar nessa organização:

  • Folhas

As folhas devem ser desinfetadas com água sanitária e água, limpas com água corrente, e podem ser refrigeradas em pacote plástico por até 3 dias.

Para congelar, utilize pacotes esterilizados e fechados. Retire o acúmulo de ar e feche com fita adesiva para evitar a entrada de gás e umidade. 

  • Talos

Para conservar os talos de vegetais, como brócolis, acelga, agrião, salsão, couve-flor e espinafre, e manter o sabor e a textura, é recomendado utilizar a técnica de branqueamento

Algumas frutas, como laranja, banana, mexerica, melancia, melão e mamão podem ser descascadas para que as cascas sejam utilizadas em alguma receita

Assim, separe, limpe, coloque em um recipiente e congele. As cascas mais espessas podem ser armazenadas em potes no congelador e, as mais finas, como a de cebola, da mesma forma que as folhas.

  • Entrecascas

A melancia, o maracujá e o melão são frutas que contêm entrecascas - camada entre a casca e a polpa. Essa parte pode ser usada em preparações se armazenada adequadamente. 

Para isso, reserve-as em vasilhas no refrigerador, em temperatura até 5ºC, por até 3 dias. No caso das entrecascas do maracujá, podem ser utilizadas para fazer farinha e devem ser guardadas em local seco e em temperatura ambiente.

Se quiser maior duração, teste as entrecascas em conserva para adicionar em saladas e molhos.

Sementes de abóbora podem ser conservadas

O armazenamento das sementes varia para cada tipo. As de jaca, por exemplo, podem ser cozidas e congeladas. Já as sementes de abóbora devem ser secas e preservadas em potes, em temperatura ambiente.

Aproveitar as partes não convencionais dos alimentos é uma forma de economizar, contribuir com a sustentabilidade e evitar o desperdício doméstico.

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