Esses dois termos podem gerar algumas dúvidas, devido serem semelhantes no universo da alimentação, mas por outro lado possuem significados diferentes. Aproveitamento integral dos alimentos A expressão serve quando falamos sobre utilizar um alimento de forma integral, o que inclui as partes não convencionais dos vegetais, como: ramas, cascas, folhas, talos e sementes; ou de origem …
Esses dois termos podem gerar algumas dúvidas, devido serem semelhantes no universo da alimentação, mas por outro lado possuem significados diferentes.
Aproveitamento integral dos alimentos
A expressão serve quando falamos sobre utilizar um alimento de forma integral, o que inclui as partes não convencionais dos vegetais, como: ramas, cascas, folhas, talos e sementes; ou de origem animal, como: carcaças de frango e ossos.
As carcaças e os ossos podem ser adicionados na preparação de sopas e caldos, a fim de agregar mais sabor e valor nutricional.
Quando esses elementos são submetidos a uma longa fervura liberam colágeno e minerais importantes para a saúde óssea e muscular, como: cálcio, fósforo e magnésio.
Para colocar em prática, o Alimente-se Bem separou a receita exclusiva canjica com calda de manga que inclui as cascas da fruta.
Reaproveitamento dos alimentos
O termo indica dar um novo significado a algo que já foi usado, por exemplo: utilizar as sobras de frango assado do almoço de domingo em uma outra preparação. Uma sugestão é a receita de almôndegas de feijãoque acrescenta sobras de feijão e arroz.
O que esses conceitos têm em comum?
Ambos são estratégias eficientes para uma alimentação mais saudável e sustentável com a proposta de reduzir o desperdício de alimentos, gerar economia em casa e promover um consumo mais consciente.
Medidas de pré-preparo
Confira algumas dicas antes de aproveitar ou reaproveitar alimentos:
Ao comprar os alimentos ou no momento de reaproveitar, confira se a cor, a textura e o odor estão preservados;
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) consiste no desenvolvimento intelectual e físico dos alunos, por meio de uma alimentação adequada e que atenda às necessidades nutricionais durante a permanência deles na escola. Para muitos estudantes, que convivem com a insegurança alimentar, a alimentação escolar é a garantia de pelo menos uma das refeições do …
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) consiste no desenvolvimento intelectual e físico dos alunos, por meio de uma alimentação adequada e que atenda às necessidades nutricionais durante a permanência deles na escola.
Para muitos estudantes, que convivem com a insegurança alimentar, a alimentação escolar é a garantia de pelo menos uma das refeições do dia e, às vezes, é a única consumida.
Diante desse cenário, os nutricionistas das escolas, responsáveis pela gestão do serviço de nutrição, podem garantir a qualidade e a segurança dos alimentos que são oferecidos às crianças, bem como a elaboração dos cardápios.
Para montar um cardápio, alguns aspectos devem ser analisados:
Alimentação alinhada à cultura do local
O Brasil possui hábitos alimentares regionais diferentes, devido à cultura plural. Ao elaborar um cardápio com alimentos locais, a aceitação das crianças é maior, o desperdício de alimentos diminui e o consumo das porções é adequado para atender às necessidades energéticas e nutricionais;
Alimentação com in natura ou minimamente processados
Esses alimentos são fontes importante de nutrientes e devem ser a base das refeições servidas, pois refletem em uma alimentação diversificada, colorida e composta por todos os grupos alimentares;
Refeições que se adequem aos grupos com necessidades especiais
É importante desenvolver uma proposta de cardápio voltada à alimentação para alunos alérgicos, intolerantes ao glúten ou lactose, e vegetarianos.
Hábitos alimentares
A escola é espaço de aprendizagem e desenvolver novos hábitos alimentares também faz parte do saber, pois é por meio da alimentação escolar que o aluno conhece outros alimentos e formas de preparo.
Uma alternativa, é inserir partes não convencionais dos alimentos, como talos, folhas, cascas e sementes nos pratos para agregar maior valor nutricional, reduzir o desperdício e gerar economia.
No ambiente escolar, também é possível desenvolver um trabalho de educação alimentar e nutricional paralelo à inclusão dessas partes dos alimentos nas refeições, pois desperta nos alunos a curiosidade de experimentar novos sabores.
Outro ponto, é que os hábitos alimentares adquiridos na escola podem ser levados para casa.
Para ajudar os nutricionistas na elaboração do cardápio escolar e as famílias nas preparações, com aproveitamento integral no dia a dia, acesse as receitasdo Alimente-se Bem.
Todos os dias, toneladas de alimentos são desperdiçadas no mundo. Cerca de 13% da comida é perdida durante a cadeia de produção, que vai desde a colheita até chegar às prateleiras dos supermercados, segundo a FAO*, 2022. Outro ponto, é que ao final dessa cadeia, aproximadamente 17% dos alimentos são desperdiçados em supermercados, restaurantes e …
Todos os dias, toneladas de alimentos são desperdiçadas no mundo. Cerca de 13% da comida é perdida durante a cadeia de produção, que vai desde a colheita até chegar às prateleiras dos supermercados, segundo a FAO*, 2022.
Outro ponto, é que ao final dessa cadeia, aproximadamente 17% dos alimentos são desperdiçados em supermercados, restaurantes e domicílios (PNUMA**, 2021).
Com isso, em 2019, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu, em 29 de setembro, o Dia Internacional de Conscientização sobre a Perda e o Desperdício de Alimentos paraincentivar às pessoas e os setores públicos e privados na criação de medidas que reduzam o descarte de alimentos.
Para algumas pessoas, o desperdício de alimentos tornou-se um hábito, pois, a fim de aproveitar as promoções, elas compram mais do que precisam nos supermercados, e deixam frutas e vegetais estragarem em casa.
Em média, cada pessoa descarta 74 quilos de comida por ano (PNUMA, 2021). O dado indica que o desperdício de alimentos no nível do consumidor é um problema global significativo.
Ao descartar comida, também ocorre o desperdício de trabalho, investimento e recursos, como água, sementes, transporte e abastecimento que foram investidos na produção dos alimentos.
Essas questões aumentam os custos dos alimentos e a emissão dos gases de efeito estufa, o que agrava as mudanças climáticas.
Caminhos para minimizar o desperdício
Em 2015, a Assembleia Geral das Nações Unidas, composta por 193 Estados-membros da ONU, definiram os Objetivos de Desenvolvimento Social (ODS) no âmbito social, ambiental, econômico e institucional.
No total, foram definidos 17 objetivos e 169 metas globais para serem atingidas até 2030, conhecida como “Agenda 2030”.
Já ODS 12, relacionado ao Consumo e Produção Sustentável, determina na terceira meta (12.3), a redução pela metade do desperdício de alimentos per capita global, nos níveis de varejo e consumo, bem como a redução das perdas de alimentos ao longo das cadeias de produção e abastecimento.
Para isso, algumas alternativas são:
Introdução de novas tecnologias;
Soluções inovadoras;
Formas diferentes de trabalho e boas práticas para manter a qualidade dos alimentos e reduzir a perda e o desperdício.
Essas medidas podem ajudar a preservar e proteger os ecossistemas e recursos naturais, que são fundamentais para o crescimento dos alimentos.
Diversas partes dos alimentos podem ser utilizadas nas preparações, como cascas, talos, folhas e sementes.
8. Não descarte apenas pela aparência
Se algum alimento in natura apresentar aparência feia em algumas partes, corte-as e consuma o que sobrou.
O Alimente-se Bem incentiva o hábito do aproveitamento integral de frutas, legumes e verduras, e disponibiliza no site mais de 500 receitas que podem ser feitas com partes não convencionais dos alimentos. Confira: Receitas
FAO*: Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação
PNUMA**: Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
A época mais florida do ano chegou! A primavera é a estação que conecta o inverno ao verão. Durante essa transição, ocorre um aumento das chuvas devido ao calor e à umidade crescentes ao final do dia. Com isso, as flores desabrocham tornando a paisagem mais colorida e alegre, e, também, podem ser incluídas na …
A época mais florida do ano chegou! A primavera é a estação que conecta o inverno ao verão. Durante essa transição, ocorre um aumento das chuvas devido ao calor e à umidade crescentes ao final do dia.
Com isso, as flores desabrocham tornando a paisagem mais colorida e alegre, e, também, podem ser incluídas na alimentação.
PANCs
Desde a antiguidade, as plantas fazem parte da alimentação e, hoje, algumas espécies, conhecidas como Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs), ganharam destaque por serem diversificadas, acessíveis e nutritivas.
As PANCs são plantas que possuem partes comestíveis, como folhas, talos, flores, frutos, sementes e raízes.
Embora, não façam parte dos hábitos alimentares comuns, o termo "não convencionais" refere-se às espécies que eram usadas no passado, mas ao longo do tempo caíram em desuso.
Nutrientes
O consumo das PANCs está relacionado com a valorização da biodiversidade e cultura regional, bem como o ganho de nutrientes.
A composição nutricional varia de acordo com a planta, mas, geralmente, elas possuem vitamina A, C e do complexo B, potássio, ferro, antioxidantes e alguns componentes bioativos.
As PANCs podem ser nativas, exóticas ou naturalizadas, e, muitas vezes, são confundidas com matos, ervas daninhas ou plantas invasoras por crescerem espontaneamente.
Apesar de se adaptarem em diferentes ambientes e solos, essas plantas são raramente comercializadas.
Espécies
Até o momento, cerca de 300 espécies foram catalogadas como plantas alimentícias, e pelo menos 50 possuem informações técnicas de cultivo e se desenvolvem em hortas locais.
Algumas delas são: Amaranto, Capuchinha, Chuchu-de-vento, Fisális, Mangarito, Vinagreira, Taioba, Caruru, Jambu, Ora-pro-nóbis e Peixinho.
Dentre as várias categorias de PANCs, destacam-se as flores comestíveis, e o Brasil abriga diversas, tanto nativas quanto trazidas de outras regiões do mundo.
Essas flores contêm uma variedade de sabores, como picante, doce e amargo, e aromas frutados, que deixam os pratos mais atraentes.
Capuchinha e receita
Uma PANC anual, rústica e que cresce espontaneamente em solos ricos em matéria orgânica, é a Capuchinha, que também é conhecida como Nastúrcio e Chagas.
Ela é originária do México e Peru, e pode ser cultivada em vasos, jardineiras suspensas ou no solo, sob luz direta ou sombra, o que influencia na coloração, tamanho e floração.
Na gastronomia, a Capuchinha é valorizada devido à elegância de suas flores e ao sabor um pouco picante, semelhante à pimenta-do-reino.
As cores quentes (amarelo, laranja e vermelho) e o formato, que permite recheá-las, tornam os pratos mais bonitos e coloridos.
Você já pensou sobre o que descarta no lixo pode ser aproveitado? O programa Alimente-se Bem, em parceria com a Universidade Estadual de São Paulo (UNESP), por meio de um estudo pioneiro no Brasil, elaborou uma tabela nutricional das partes não convencionais dos alimentos, como: sementes, cascas, talos e folhas. Normalmente, essas partes são desperdiçadas, …
Você já pensou sobre o que descarta no lixo pode ser aproveitado?
O programa Alimente-se Bem, em parceria com a Universidade Estadual de São Paulo (UNESP), por meio de um estudo pioneiro no Brasil, elaborou uma tabela nutricional das partes não convencionais dos alimentos, como: sementes, cascas, talos e folhas.
Normalmente, essas partes são desperdiçadas, mas o estudo apontou que elas podem ser ainda mais nutritivas do que as polpas e incluídas em receitas.
Nutrientes das partes não convencionais das frutas
Possui fibras que ajudam na saúde intestinal e, ao consumir uma refeição com grande quantidade de fibras, é possível demorar mais tempo para sentir fome.
Uma excelente fonte é a casca da laranja que apresenta 7x mais fibras do que a polpa e pode ser adicionada na preparação biscoito de cascas de frutas.
Manga
Os alimentos de origem animal são importantes fontes de vitamina A que auxilia no funcionamento da visão.
Contudo, às pessoas que não consomem alimentos de origem animal, podem encontrar na manga uma opção que contribui com essa vitamina, pois a fruta é rica em carotenóides - elementos químicos - capazes de se transformar em vitamina A.
Uma curiosidade, é que a casca da manga possui quase o dobro do teor de carotenóides em relação à polpa e podem ser incluídas no peito de frango com chutney de manga.
Alimentação diversificada
Um prato colorido contribui à saúde, pois cada componente é fonte de vitaminas e minerais, e as cores indicam quais nutrientes esses alimentos possuem.
Por exemplo, os vegetais verde-escuros são boas fontes de vitaminas do complexo B e os alaranjados de carotenóides.
Outra curiosidade, é que ao longo do ciclo de vida, algumas pessoas apresentam deficiências de nutrientes, devido ao crescimento, mobilidade ou dificuldade de mastigação. Por isso, é preciso ter atenção na composição das refeições.
Para ajudar, o Alimente-se separou algumas informações de valores nutricionais de cascas, folhas e talos, e preparações em que podem ser adicionadas.
Você é do time que gosta de um docinho depois do almoço? Ou já está de olho na sobremesa antes das refeições? Esse é um hábito muito comum no país e, segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF, 2017-2018), os brasileiros consomem 50% a mais de açúcar do que a Organização Mundial da Saúde (OMS) …
Você é do time que gosta de um docinho depois do almoço? Ou já está de olho na sobremesa antes das refeições?
Esse é um hábito muito comum no país e, segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF, 2017-2018), os brasileiros consomem 50% a mais de açúcar do que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que é de, no máximo, 12 colheres de chá por dia.
No entanto, o açúcar não está presente apenas nas sobremesas, ele também é adicionado em alimentos ultraprocessados e bebidas.
Apesar de delicioso, o consumo excessivo pode causar alguns problemas de saúde, como: obesidade, diabetes do tipo 2, inflamação do intestino, piora do sono, aumento da oleosidade na pele e cáries.
Se você não possui nenhuma restrição de açúcar, como no caso dos diabéticos, isso não significa que é preciso cortar a sobremesa e nem tratar o açúcar como um vilão. Uma alternativa é procurar opções mais saudáveis de consumo.
Receitas de doces com cascas de frutas
Para isso, o Alimente-se Bem sugere algumas receitas de doces saborosas, nutritivas e práticas feitas com cascas de frutas.
Essas partes não convencionais dos alimentos podem conter mais fibras, vitaminas e minerais do que a própria polpa.
Por exemplo, a banana possui quase 3x a mais de vitamina C e o dobro de potássio na casca, quando comparada aos nutrientes da polpa. Já a casca da laranja, apresenta 7x mais fibras e 5x mais fósforo do que a polpa.
Por que sentimos vontade de comer doces após o almoço?
Há algumas explicações fisiológicas e, uma delas, é que esse desejo é ativado a partir de uma “mensagem” que o corpo envia ao cérebro de que alguma substância foi muito utilizada e precisa ser reposta.
A substância é a serotonina, um hormônio que participa da digestão, e é responsável por controlar a motilidade intestinal e a secreção das enzimas digestivas.
A serotonina é produzida por meio do triptofano, um aminoácido presente em alimentos, como ovos; oleaginosas; aveia; chocolate com alto teor de cacau (acima de 70%), em pequenas quantidades; frutas (com destaque para a banana) e os doces também são uma das fontes.
Com isso, ao realizar uma refeição muito pesada, o corpo necessita de alimentos fontes de triptofano para compensar a serotonina.
Como comer doces sem exagero após o almoço?
Manter uma alimentação saudável não significa a restrição e, sim, o equilíbrio entre as escolhas das refeições diárias.
Por isso, o Alimente-se Bem separou algumas dicas de como integrar os doces depois do almoço sem exagerar:
1. Prefira frutas
As frutas são ótimas opções de sobremesas, devido aos benefícios à saúde, e as da estação são ainda mais doces, saborosas e baratas.
2. Não substitua as refeições por doces
Com a rotina corrida, às vezes, consumir alimentos prontos torna mais práticos, mas ao substituir as refeições principais por doces, o organismo não absorve fibras, vitaminas, minerais e macronutrientes essenciais para o bom funcionamento do corpo.
3. Cuidado com as quantidades
Para não consumir em excesso, é possível fracionar os doces em pequenas porções e guardar um pouco para o dia seguinte.
Por exemplo, ao dividir uma barra de chocolate em tabletes ajuda a minimizar a vontade de comê-la inteira de uma vez só e, também, é possível optar pelo chocolate 70%, que possui menor teor de açúcar.
4. Coma com atenção
Para ajudar, o podcasttécnica mindful eatingorienta como degustar o alimento e trazer a atenção ao momento presente.
Prestar atenção a quantidade, mastigar bem e comer devagar são fatores que ajudam a sentir mais o sabor e dão maior saciedade.
5. Cuidado com a composição
A composição dos alimentos processados ou ultraprocessados possui grandes quantidades de aditivos alimentares, como corantes, adoçantes, aromatizantes e estabilizantes, e não fazem bem à saúde.
Por isso, prefira consumir doces caseiros, assim como as sugestões de doces feitos com cascas de frutas.
Uma outra opção é, ao adoçar as preparações, utilize tâmaras, bananas mais maduras, damascos e uvas passas, e reduza a quantidade açúcar refinado ou substitua por outros tipos de açúcar.
Se curtiu o conteúdo, compartilhe, e que o consumo de doces seja na medida!
O Brasil é um dos países que mais produz alimentos no mundo e, por outro lado, é um dos que mais desperdiça. De acordo com dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), 33% da produção mundial de alimentos é perdida por ano. No ranking, o Brasil está entre os dez …
O Brasil é um dos países que maisproduz alimentos no mundo e, por outro lado, é um dos que mais desperdiça.
De acordo com dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), 33% da produção mundial de alimentos é perdida por ano.
No ranking, o Brasil está entre os dez países que mais desperdiçam e, segundo dados da Embrapa de 2018, anualmente, cada brasileiro joga no lixo 41,6 quilos de alimentos.
Essas proporções geram sobrecarga ao meio ambiente, pois a produção é maior do que o consumo, assim causando a perda e o desperdício.
Diante deste cenário, a FAO estabeleceu como um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para 2030: “Consumo e Produção Responsáveis” e um dos caminhos para atingir esta meta é a redução do desperdício de alimentos.
De onde vem o desperdício?
Muitos acreditam que é somente aquilo que sobra no prato das casas brasileiras, mas ele ocorre em todo o processo produtivo de alimentos, que vai do plantio até o consumo.
Durante essa rota, há também outro ponto relevante, que é a distinção entre a perda e o desperdício.
Perda de alimentos X Desperdício de alimentos
Segundo a FAO, a perda é a redução da quantidade ou qualidade dos alimentos antes de chegar a ser comercializado nos mercados e outros estabelecimentos. Já o desperdício é o que ocorre a partir da venda.
Portanto, o que está associado ao consumidor é o desperdício, mas é importante entender o caminho que a comida percorre até chegar à mesa, para refletir por que os alimentos sãoperdidos ou desperdiçados, enquanto mais de 70 milhões de pessoas estão em situação de insegurança alimentar moderada ou grave no Brasil, desde 2020, de acordo com a FAO.
Produção e colheita
Durante esses processos, um alimento se perde por diversos motivos:
Pragas na plantação;
Condições climáticas;
Falta de conhecimento técnico do agricultor;
Ausência ou ineficácia de políticas que subsidiem o pequeno agricultor para que ele tenha possibilidades de investir em tecnologias de plantio e colheita.
Para um agricultor, a perda de alimentos, nesta etapa, significa a redução do lucro. No caso do pequeno produtor, a situação é ainda mais impactante, pois ele não possui acesso aos meios de prevenção de perdas e, consequentemente, o investimento necessário para comprar suprimentos nos períodos de entressafra diminui.
Armazenamento e transporte
Nesta fase, a qualidade do alimento deve ser mantida íntegra tanto no aspecto de textura, sabor e cor, quanto à garantia dos nutrientes e estabilidade do abastecimento alimentar.
No que se refere ao abastecimento, as pessoas envolvidas devem ter conhecimento nos quesitos de:
Qualidade das instalações de armazenamento;
Acondicionamento durante o transporte das embalagens;
Boas condições de armazenamento e instalações de refrigeração.
Distribuição
Frutas ou legumes muito grandes ou pequenos, com diferentes formatos e cores, e com padrão estético único são chamados de alimentos imperfeitos.
Muitas vezes, eles são rejeitados pelos varejistas e consumidores, e vão parar no lixo. No entanto, ao descartá-los também ocorre uma grande perda nutricional.
Por isso, é necessário a criação de iniciativas de comercialização desses alimentos, como uma forma de também atender aos ODS:
Padrões de consumo e produção sustentáveis no manejo dos recursos;
O programa Alimente-se Bem pode ajudar com essas ações, por meio de conteúdo informativo e sugestões de receitas saborosas, nutritivas e práticas, a partir do aproveitamento integral de alimentos.
As sobras de arroz e feijão também podem ser aproveitadas em receitas como almôndegas de feijão e nhoque de arroz, pois segundo um estudo da Embrapa de 2018, são os alimentos mais desperdiçados.
Se gostou deste conteúdo, compartilhe, e também coloque em prática as iniciativas sustentáveis de compostagem e hortas caseiras.
Esta semana, a série Partes não convencionais dos alimentos apresentará benefícios, receitas e curiosidades sobre talos de hortaliças, com destaque em talos de agrião. No universo das verduras, há uma máxima “quanto mais verde melhor”, pois as folhas verde-escuras são ricas em vitaminas e minerais, principalmente o ferro, que evita o surgimento da anemia, aumenta …
Esta semana, a série Partes não convencionais dos alimentos apresentará benefícios, receitas e curiosidades sobre talosde hortaliças, com destaque em talos de agrião.
No universo das verduras, há uma máxima “quanto mais verde melhor”, pois as folhas verde-escuras são ricas em vitaminas e minerais, principalmente o ferro, que evita o surgimento da anemia, aumenta a imunidade e melhora a parte cognitiva.
Folhas e talos de agrião
O agrião é muito consumido pelos brasileiros em saladas, com um sabor levemente picante, as folhas da hortaliça possuem baixa calorias, fibras, cálcio e fósforo. Logo, os talos contêm vitamina C, potássio, zinco e são uma excelente fonte de ferro.
Para aproveitar o alimento de forma integral e todos esses benefícios, o Alimente-se se Bem indica a receita Pastel assado de talos
Aproveitamento integral de outras hortaliças
Os talos de brócolis; couve-flor; couve-manteiga; acelga; beterraba; mostarda; nabo e salsa, que geralmente são descartados, apresentam boas quantidades de potássio.
O mineral contribui para o bom funcionamento das células, tecidos, órgãos, músculos, nervos e na saúde dos ossos.
Receitas com talos
Para incluir essas vantagens na alimentação diária, separamos algumas preparações com talos. São elas:
Os benefícios nutricionais oferecidos pelos talos agregam sabor e textura à comida, e se higienizados e conservados adequadamente, podem ser utilizados em diversas receitas.
Curiosidade
O agrião pode ser plantado em hortas caseiras, o que favorece o consumo livre de agrotóxicos, e quando adquirido em supermercados, feiras e hortifrutis, geralmente é na versão hidropônica.
Assim como no cultivo convencional, a produção de produtos hidropônicos é feita de maneira controlada, com uma solução acrescida de nutrientes necessários para o desenvolvimento da planta e sem contato com o solo, porém pode conter agrotóxicos e outros produtos químicos.
Esse é o último conteúdo da série Partes não convencionais dos alimentos. Se curtiu, compartilhe!
A série Partes não convencionais dos alimentos, do Alimente-se Bem, continua e neste início de ano vamos abordar sobre Sementes, com foco na semente de jaca. Geralmente, a fruta é consumida in natura ou no formato de doces, geleias e compotas, e reserva nutrientes importantes na alimentação. Consumo integral da jaca Parte Nutriente Benefícios Forma …
A série Partes não convencionais dos alimentos, do Alimente-se Bem, continua e neste início de ano vamos abordar sobre Sementes, com foco na semente de jaca.
Geralmente, a fruta é consumida in natura ou no formato de doces, geleias e compotas, e reserva nutrientes importantes na alimentação.
Consumo integral da jaca
Parte
Nutriente
Benefícios
Forma de consumo
Semente
Potássio
Bom para a saúde do coração e dos músculos
Cozida ou torrada
Proteínas
Contribuem com a defesa do sistema imunológico. Constituem a base do material que forma órgãos e tecidos, como ossos, cabelos, dentes e a construção do músculo. Transportam oxigênio. Participam da formação de hormônios.
Farinha
Polpa
Fibras
Auxiliam na regulação do intestino, controle de diabetes, saciedade e nível de colesterol.
In natura
Vitamina C
Ajuda a evitar doenças crônicas, pois possui ação antioxidante que desacelera o envelhecimento das células e combate os radicais livres.
In natura
Receitas
Para aproveitar esses benefícios, o Alimente-se Bem sugere duas preparações, a fim de começar a testar a utilização da semente. São elas:
O fruto é originário da Índia e é popular na Tailândia, Indonésia, Filipinas e Malásia, devido ao clima quente.
No Brasil, foi trazida pelos portugueses no século XVIII e adaptou- se bem em regiões com temperaturas altas, como Rio de Janeiro, Pará e Amazônia, onde encontra-se dois tipos mais comuns: a jaca-mole e a jaca-dura.
A fruta também é muito utilizada pelos vegetarianos, pois a versão dura possui textura similar à do frango que é ideal para rechear a famosa “coxinha de jaca”, e preparar cozidos, ensopados e refogados.
No dia a dia, as sementes estão em diversos produtos, como a semente de girassol, presente no óleo de cozinha, e a de urucum que quando triturada dá origem ao colorau.
As sementes de chia, linhaça, abóbora e melão também ganharam destaque, por causa de suas propriedades nutricionais, mas a maioria delas é descartada após consumo dos alimentos.
Seguindo a série Partes não convencionais dos alimentos, o programa Alimente-se Bem abordará a utilização de ramas e folhagens, em especial a rama de cenoura. O legume é um dos mais cultivados no Brasil, geralmente em regiões com clima ameno, e o volume maior de produção é entre julho e novembro. Rama de cenoura Pouco …
Seguindo a série Partes não convencionais dos alimentos, o programa Alimente-se Bem abordará a utilização de ramas e folhagens, em especial a rama de cenoura.
O legume é um dos mais cultivados no Brasil, geralmente em regiões com clima ameno, e o volume maior de produção é entre julho e novembro.
Pouco consumida, devido à falta de conhecimento da utilização e dos nutrientes, a rama de cenoura é rica em fibras que ajudam na digestão, bem como possui:
Vitamina C;
Potássio;
Ferro;
Antioxidantes.
Para aproveitar esses benefícios, é possível preparar a receita Batata rosti com brócolis e rama de cenoura picada. A sugestão leva uma hora para ficar pronta e pode acompanhar o almoço ou jantar.
Ao aproveitar essas partes, ajuda a melhorar a qualidade nutricional do cardápio, reduz o desperdício de alimentos e contribui com a economia.
Quanto aos nutrientes, estudos apontam que essas porções carregam uma grande quantidade de fibras, vitaminas e antioxidantes que auxiliam na saúde do corpo.
Para isso, apresentamos algumas partes não convencionais de outras hortaliças que podem ser utilizadas na alimentação.
Podem ser adicionadas em refogados junto a um fio de azeite, alho picado, sal, pimenta-do-reino e pouca água. A sugestão é uma forma saborosa e nutritiva de consumir mais verduras nos dias frios.
Esse refogado, misturado com outros ingredientes, como tomate, grão-de-bico e cenoura pode render ainda um cozido de legumes e grãos, e acompanhar o arroz branco ou integral.
No caso de tortas e salgados assados recheados com escarola, é possível substituir a verdura pelas folhas e talos de beterraba picados pequenos, bem como podem ser usados no preparo de sopas e cremes.