Nova lei de rotulagem de alimentos: saiba quais são as mudanças para ajudar na hora da compra

Editoria: Alimentação Saudável

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), desde 2017, estuda e conversa com vários setores da sociedade sobre formas de melhorar as informações dos rótulos dos produtos consumidos pelos brasileiros. Com isso, novas regras foram estabelecidas e publicadas na RDC Nº 429, e começaram a vigorar em 9 de outubro de 2022. As principais atualizações …

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), desde 2017, estuda e conversa com vários setores da sociedade sobre formas de melhorar as informações dos rótulos dos produtos consumidos pelos brasileiros.

Com isso, novas regras foram estabelecidas e publicadas na RDC Nº 429, e começaram a vigorar em 9 de outubro de 2022.

As principais atualizações da legislação referem-se à tabela de informações nutricionais e ao selo de rotulagem frontal.

Informação nutricional 

A tabela de informação nutricional já é conhecida pelos brasileiros e, desde 2001, é obrigatória nos rótulos dos alimentos

Entretanto, uma pesquisa realizada pelo Instituto de Defesa do Consumidor (IDEC), em 2016, com mais de 2,5 mil pessoas, apontou que 40% dos consumidores têm dificuldade de entendê-la. Alguns problemas relatados foram:

  • Letras pequenas;
  • Necessidade de fazer cálculos.

Novas regras

As atualizações envolvem identificar número de porções e tipos de açúcar

As novas exigências feitas pela Anvisa propõem:

  • Informar os valores nutricionais em 100 gramas de alimento

Antes era obrigatório mencionar apenas o valor nutricional da porção e isso dificultava a comparação entre produtos, já que cada um deles mostra uma porção diferente. 

  • Constar o número de porções na embalagem

Essa informação era opcional, agora ajudará o consumidor a ter uma noção melhor da quantidade de nutrientes ingerida.

  • Visual da tabela padronizado

Para evitar a utilização de cores que dificultem a leitura das informações e facilitar a localização, a tabela deve ter o fundo branco e as letras pretas.

Outro ponto, é que ela deve estar próxima da lista de ingredientes e não pode ser posicionada em áreas encobertas ou deformações da embalagem, exceto em produtos cuja área de rotulagem seja menor que 100 cm².

Com essa informação, o consumidor poderá diferenciar a origem dos carboidratos presentes no alimento. 

- Os açúcares totais são os que podem ser digeridos e absorvidos pelo corpo. É o caso dos açúcares contidos no leite e nas frutas.

- Já os açúcares adicionados são aqueles acrescentados durante o processamento dos alimentos, como: açúcar de cana; açúcar de beterraba; açúcares de outras fontes; mel; melaço; melado; rapadura; caldo de cana; extrato de malte; sacarose; glicose; frutose; lactose; dextrose; açúcar invertido; xaropes e maltodextrinas.

1 - Modelo vertical de nova tabela de informações nutricionais

2 - Modelos de rotulagem frontal para alimentos com alto teor de três nutrientes*

*Há também os selos de um e dois nutrientes.

Rotulagem frontal

Esse tipo de selo é usado de forma opcional por vários países

A novidade do selo frontal informa ao consumidor se o produto contém alto teor de açúcar adicionado, gordura saturada e/ou sódio.

Para definir o que é considerado alto teor, a Anvisa estabeleceu quantidades máximas dos nutrientes. Veja na tabela abaixo os pontos de corte para o alto teor de nutrientes.

Alto teorAlimentos sólidos e semissólidosAlimentos líquidos
Açúcar adicionado15 g ou mais por 100 g de alimento7,5 g ou mais por 100 ml de alimento
Gordura saturada6 g ou mais por 100 g de alimento3 g ou mais por 100 ml de alimento
Sódio600 mg ou mais por 100 g de alimento300 mg ou mais por 100 ml de alimento
Fonte: Anvisa

Os alimentos que ultrapassarem esses “pontos de corte'' devem obrigatoriamente exibir o selo com uma lupa acompanhado da expressão “alto em” e da identificação do nutriente excedido, como mostra a figura 2.

Função dos selos

As informações dos selos têm o objetivo de o consumidor identificar facilmente quais alimentos possuem excesso de nutrientes que fazem mal à saúde e ajudar nas escolhas alimentares mais conscientes

Os nutrientes destacados nos selos frontais alertam para doenças como obesidade, hipertensão e dislipidemia, que hoje são consideradas os maiores problemas de saúde pública no mundo. 

Esse tipo de indicação nas embalagens dos rótulos é utilizado há décadas, de maneira opcional, por diversos países. 

Em 2016, o Chile tornou-se o primeiro país a estabelecer a rotulagem frontal obrigatória, seguido pelo Uruguai, em 2018, Peru, em 2019, e, México, em 2020.

Agora, com a versão brasileira, temos um avanço importante na saúde pública para prevenção das doenças crônicas. 

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Dia Mundial da Alimentação e dois anos do portal Alimente-se Bem: aprenda os 10 passos do aproveitamento integral dos alimentos

Editoria: Alimentação Saudável

Cerca de 150 países celebram, em 16 de outubro, o Dia Mundial da Alimentação, e a comemoração é em dobro, pois este mês é aniversário de dois anos do portal Alimente-se Bem, um programa do Sesi-SP.   O trabalho é referência em educação alimentar e nutricional, saúde, economia e sustentabilidade, ao incentivar o hábito do aproveitamento integral …

Cerca de 150 países celebram, em 16 de outubro, o Dia Mundial da Alimentação, e a comemoração é em dobro, pois este mês é aniversário de dois anos do portal Alimente-se Bem, um programa do Sesi-SP.  

O trabalho é referência em educação alimentar e nutricional, saúde, economia e sustentabilidade, ao incentivar o hábito do aproveitamento integral de frutas, legumes e verduras no preparo de receitas nutritivas, saborosas e sem desperdícios.  

A prática é uma forma de diminuir o descarte de alimentos, pois o Brasil está entre os 10 países no mundo que mais desperdiçam ao longo de toda a cadeia produtiva: colheita, manuseio, armazenamento, transporte e domicílio.  

Os 10 passos do aproveitamento integral dos alimentos  

Aproveitar o alimento na sua integralidade ajuda a evitar o desperdício

Para ensinar o uso das partes não convencionais, como folhas, talos, ramas, cascas e sementes, o Alimente-se Bem desenvolveu os 10 passos do aproveitamento integral dos alimentos, com dicas simples de consumo consciente que podem ser integradas na rotina.  

1 - Planeje e elabore: Organize o cardápio e escreva a lista de compras a partir dele. Para isso, é importante conhecer o hábito alimentar e as preferências da sua família, e incentivá-los a provar novos pratos

2 - Compre de quem produz: Dê preferência a produtores locais, pois contribui com o trabalho do pequeno agricultor da região, ajuda na redução da emissão de gases ocasionada pelo transporte e é mais fácil para adquirir o alimento na forma integral. 

Comprar direto do produtor contribui com a economia local

3 - Aparência não é tudo: O tamanho, a forma ou a cor, da fruta ou legume, não determinam o valor nutritivo, pois alimentos imperfeitos, ainda são alimentos.   

4 - Tá barato? Não compre em excesso: Conheça o consumo médio de sua família, e mesmo que os preços estejam baixos, não compre em uma quantidade maior do que pode consumir, pois, mesmo pagando pouco, parte do gasto irá para o lixo.   

5 - Comprou? Cuide bem: Armazene as partes não convencionais dos alimentos de forma correta, para possibilitar o uso por um prazo maior e evitar que estraguem.   

6 - Abra-se ao novo: Pesquise e prepare receitas deliciosas e nutritivas com cascas, talos, folhas e sementes.   

7 - Quem congela sempre tem: A dica vale tanto para receitas com aproveitamento integral de alimentos e para algumas partes não convencionais, que também podem ser congeladas. Por isso, na hora de cozinhar a refeição, prepare uma porção a mais e congele para evitar o consumo de fast-food nos dias mais corridos.    

8 - Bons pratos para bons momentos: Comer não se resume apenas a ingerir o alimento. O ato também está relacionado às emoções, à companhia e às memórias afetivas. Portanto, escolha um momento agradável para propor e compartilhar pratos com o uso do aproveitamento integral.   

Comer em família e entre amigos cria lembranças afetivas

9 - Aproveite as sobras: As sobras não são restos. Elas representam o que permanece na panela depois do preparo do alimento. Já os restos são aquilo que ficou no prato após uma refeição. Se as sobras forem armazenadas de forma adequada, elas poderão ser transformadas em pratos diferentes na refeição seguinte.   

10 - Avalie, replaneje e siga: Sempre que preciso, repense as ações. Se vai comprar e encontrou um alimento em promoção, que não fazia parte do cardápio planejado, troque-o por outro do mesmo grupo. Se um preparo com aproveitamento integral não teve uma boa aceitação, não desista, tente outras receitas. Se preparou e sobrou, avalie se a aceitação não foi boa ou se fez uma quantidade muito grande. Siga o caminho do aproveitamento integral para ganhar em saúde e sabor, economizar e colaborar com a redução do desperdício. 

Esses passos podem ser colocados em prática por meio das receitas do programa, como bebidas, acompanhamentos, saladas, opções de pratos para refeições principais, sopas e sobremesas. 

Dia Mundial da Alimentação 

A FAO reúne esforços para combater à fome e à pobreza

A data é comemorada, desde 1981, para abordar questões relacionadas à alimentação no mundo e lembrar da criação da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), em 1945. 

O objetivo da FAO é alcançar a segurança alimentar para todos e garantir que as pessoas tenham acesso regular a alimentos de boa qualidade, a fim de terem uma vida ativa e saudável. 

No entanto, de acordo com o 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar, publicado em 8 de junho deste ano, durante a pandemia de Covid-19 no Brasil, mais da metade da população (58,7%) enfrenta algum grau de insegurança alimentar.  

Isso significa que 125,2 milhões de brasileiros estão em condições que variam entre a insegurança: 

  • Leve: quando há alguma incerteza quanto ao acesso a alimentos em um futuro próximo e/ou quando a qualidade da alimentação já está comprometida; 
  • Moderada: quando há uma quantidade insuficiente de alimentos;  
  • Grave: privação no consumo de alimentos e fome. 

Nesse sentido, o inquérito também apontou que desde a última pesquisa, realizada no final de 2020, o total de domicílios com moradores que convivem com a fome saltou de 9% para 15,5%, o que totaliza 33,1 milhões de brasileiros.  

Desperdício de alimentos e Agenda 2030 da ONU 

Parte do desperdício de alimentos ocorre em casa

Em paralelo a esse cenário, a pesquisa Diálogos Setoriais União Europeia-Brasil, da Embrapa e FGV, com base em 2018, mostra que uma família média brasileira descarta quase 130 quilos de comida por ano.   

As perdas ocorrem em várias etapas até chegar à mesa do consumidor. Calcula-se que aproximadamente: 

  • 10% da produção é perdida ainda na colheita;
  • 50% durante o manuseio e o transporte; 
  • 30% nas centrais de abastecimento (Ceasas); 
  • 10% são desperdiçados em supermercados, serviços de alimentação e domicílios. 

Para minimizar essa situação, há alguns compromissos assumidos pelos países, como a Agenda 2030 da ONU, lançada em 2015.

O documento é um plano de ação global que propõe medidas concretas para atingir até 2030 um mundo mais justo, próspero e ambientalmente saudável

Faltam oito anos para o cumprimento da Agenda 2030 da ONU

A agenda possui 17 objetivos gerais, popularmente conhecidos como os ODS - Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Uma das metas (12.3) é reduzir pela metade o desperdício alimentar global per capita no varejo e em ambiente doméstico, bem como diminuir as perdas ao longo das cadeias de produção e fornecimento. 

O cumprimento da agenda é de responsabilidade coletiva entre o governo, setor empresarial e sociedade civil para contribuir com a sustentabilidade e com os oito anos que ainda faltam para atingir a meta da ONU

Equipe do programa Alimente-se Bem - Sesi-SP 

Primavera nas refeições: colorir pratos ajuda a manter uma alimentação saudável

Editoria: Alimentação Saudável

Considerada uma das estações mais bonitas do ano, a primavera inicia hoje no Brasil. O período deixa as paisagens floridas, coloridas e alegres, e o clima mais fresco. Porém, você sabia que trazer a variedade de cores para as refeições é uma forma de buscar uma boa alimentação? As vitaminas e as minerais dos alimentos …

Considerada uma das estações mais bonitas do ano, a primavera inicia hoje no Brasil. O período deixa as paisagens floridas, coloridas e alegres, e o clima mais fresco. Porém, você sabia que trazer a variedade de cores para as refeições é uma forma de buscar uma boa alimentação?

As vitaminas e as minerais dos alimentos ajudam nos processos que mantêm o organismo vivo, bem como os compostos bioativos contidos em alguns pigmentos estão associados à prevenção de doenças como: diabetes, hipertensão, câncer e problemas degenerativos.

Contudo, os pigmentos dos alimentos coloridos não são responsáveis por curar doenças, mas ajudam a prevenir e tratar, pois a mudança na alimentação associada ao tratamento médico pode colaborar com bons resultados.

PigmentosCores
ClorofilaVerde
CarotenoidesAmarelo, laranja e vermelho
AntocianinasRoxo e vermelho
CurcuminaDourado
BetalaínaMagenta

Funções e fontes dos pigmentos nos alimentos

Clorofila 

No menu Receitas, há diversas sugestões com espinafre

Alguns estudos apontam que esse composto está presente em algas e todos os vegetais verdes, como o espinafre, e pode estar associado a efeitos antioxidantes, antimutagênicos e anticancerígenos. Na prática, você pode preparar uma das nossas sugestões de receitas com espinafre

Carotenoides 

Os alimentos que vão do amarelo ao vermelho são ricos em compostos ativos chamados carotenoides, como: 

  • Licopeno - encontrado no tomate, mamão e goiaba, e melhor absorvido quando é aquecido;
  • Luteína e zeaxantina - presente na abóbora, ervilha, milho e ovo;
  • Carotenos alfa e beta - contido no espinafre e cenoura.
Alimentos que contêm carotenoides

O licopeno é conhecido por ser protetor contra o câncer de próstata. Já a luteína e a zeaxantina auxiliam na saúde da visão

Logo, os carotenos são fontes de vitamina A e para garantir a absorção, o alimento deve ser consumido com óleo ou gordura da preparação ou ser proveniente de um alimento in natura, como castanhas, amendoim e abacate

Antocianinas 

Você já percebeu que o repolho roxo muda de cor ao entrar em contato com algum ingrediente? 

O repolho roxo é composto por parte ácida e alcalina

Isso ocorre porque as antocianinas alteram a coloração, conforme o nível de acidez: ao meio onde é mais ácido fica vermelho, mas com o aumento do pH, a intensidade de cor diminui, e o alimento fica azul onde é mais alcalino

Outros alimentos que contêm essa substância são o açaí, a uva e as frutas vermelhas como: amora, morango, framboesa e mirtilo, que podem contribuir com a saúde do coração.

Curcumina 

Presente no açafrão-da-terra, esse composto bioativo é conhecido pelas propriedades anti-inflamatórias, antimicrobiana e antioxidantes. 

O tempero pode ser adicionado em receitas como Torta brasileira, Panqueca de aveia com soja e até em bebidas como a famosa e tradicional indiana golden milk.

Para melhor absorção dos compostos bioativos, procure  associar o consumo com gengibre, pimenta do reino e boas fontes de gordura.

Betalaína

A raiz pode ser adicionada em diversas preparações para dar cor e nutrientes

É o pigmento da beterraba e da pitaya. A substância possui atividade antioxidante, serve para fazer corante em pó e pode ser usada em diversas finalidades.

A beterraba, por exemplo, pode ser incluída no preparo de feijões, caldos, Risoto rosado, e as receitas Suco de laranja especialGeleia de beterraba com banana e Calda vermelha para doces

A adição da raíz nas preparações é por conta da betalaína, e não do ferro, pois a quantidade nutricional é muito pequena.

Dicas de alimentação saudável

Aposte no consumo diário de frutas, legumes e verduras
  1. O consumo de alimentos em excesso pode gerar danos, por isso invista em legumes e verduras, e o limite de ingestão de carne vermelha é de até 500 gramas por semana (entre 3 e 4 porções), segundo recomenda o Instituto Nacional de Câncer (INCA).
  2. Comer apenas produtos processados impossibilita o ganho de compostos bioativos contidos nos alimentos, que ajudam a prevenir doenças. O ideal é aumentar a quantidade  frutas, verduras e legumes in natura ou minimamente processados.
  3. Diariamente consuma 400 gramas de vegetais e varie nas cores. Se possível, busque colorir seu prato com 3 vegetais diferentes em todas as refeições, e não vale contar o arroz e o feijão.

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“Dia do Nutricionista - 31 de agosto”: podcast com profissional que atua há 28 anos no Sesi-SP

Editoria: Alimentação Saudável

Você sabia que antes de existir a graduação em Nutrição, a profissão era exercida por farmacêuticos, auxiliares de alimentação e educadoras domésticas que cursavam um ano de Nutrição após suas respectivas formações? Conforme o curso foi se consolidando no país, em 1949, surgiu a Associação Brasileira de Nutricionistas (ABN) e a criação do “Dia do …

Você sabia que antes de existir a graduação em Nutrição, a profissão era exercida por farmacêuticos, auxiliares de alimentação e educadoras domésticas que cursavam um ano de Nutrição após suas respectivas formações?

Conforme o curso foi se consolidando no país, em 1949, surgiu a Associação Brasileira de Nutricionistas (ABN) e a criação do “Dia do Nutricionista”, em 31 de agosto.

Para celebrar a data, o Alimente-se Bem ouviu a supervisora técnica em nutrição, Edir Calegari Bortotto, que trabalha há 28 anos no Sesi-SP

A profissional contou como foi a sua trajetória na instituição: a criação e o desenvolvimento do programa Alimente-se Bem, e a inserção nas atividades escolares; o trabalho na alimentação escolar com a elaboração de cardápios em todo estado e a atuação do profissional nutricionista.

Ouça aqui o podcast 

Nutrição no Brasil

A primeira graduação em Nutrição no país foi na Faculdade de Saúde Pública, da Universidade de São Paulo (USP), que, atualmente, possui 5 anos de duração, enquanto na maioria das outras instituições públicas ou particulares o curso é de 4 anos.

Nutrição Clínica, Alimentação Coletiva e Educação Alimentar e Nutricional são algumas áreas de atuação do profissional

No campo de atuação, há 6 áreas principais

  • Nutrição Clínica; 
  • Alimentação Coletiva; 
  • Nutrição em Esportes; 
  • Saúde Coletiva; 
  • Nutrição na Indústria; 
  • Ensino e Pesquisa.

A profissão também faz conexão com outros conhecimentos de base, como Economia, Psicologia, Publicidade, Matemática, Política e Geografia.

Na Alimentação Coletiva, a atividade envolve saúde, segurança, economia e sustentabilidade na produção de refeições. Durante o trabalho são utilizadas as técnicas da Nutrição para monitorar e rever processos realizados em cozinhas de hospitais, clínicas, hotéis, empresas, entre outros estabelecimentos.

Já na atuação em Nutrição Clínica, há a assistência a pessoas e grupos em clínicas, hospitais e domicílios, com orientações nutricionais, alterações na dieta para prevenir e tratar doenças, solicitação de exames, atividades educativas, dentre outras ações.

Outro campo em que o profissional pode atuar é a Educação Alimentar e Nutricional que aborda estratégias de prevenção e controle de doenças crônicas, incentivo ao consumo sustentável e a cultura alimentar local, e redução do desperdício de alimentos.

Se quiser saber mais sobre o trabalho do nutricionista, confira a Resolução n° 600 de 2018, do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN).

Dia dos Pais: cuidados com a saúde ajudam a ter mais tempo de qualidade com os filhos

Editoria: Alimentação Saudável

Uma das missões de ser pai é contribuir com o desenvolvimento dos filhos ao longo da vida, mas é uma tarefa que demanda tempo, energia e atenção.  Por isso, é essencial os homens cuidarem da saúde física e mental para evitar doenças posteriores que atingem essa parte da população.  Manter uma rotina de autocuidado não …

Uma das missões de ser pai é contribuir com o desenvolvimento dos filhos ao longo da vida, mas é uma tarefa que demanda tempo, energia e atenção. 

Por isso, é essencial os homens cuidarem da saúde física e mental para evitar doenças posteriores que atingem essa parte da população. 

Manter uma rotina de autocuidado não previne apenas o surgimento de problemas de saúde, mas também proporciona uma vida com mais qualidade, felicidade e disposição para atender aos cuidados dos filhos

Para isso, confira as principais ações de autocuidado:

  1. Beba, ao menos, 2,5 litros de água por dia

Cerca de 70% do corpo humano é composto por água e apesar da recomendação geral ser de ingerir 2 litros por dia, a quantidade adequada depende do peso de cada pessoa, que é de 35 a 50 ml para cada quilo

Dessa forma, um homem de 70 quilos precisa de pelo menos 2,45 litros de água (70 x 35 = 2.450) diariamente.

  1. Tenha uma alimentação saudável e equilibrada

O consumo de frutas, verduras e legumes são essenciais, pois ajudam na manutenção do peso e previnem alguns tipos de câncer, e de doenças crônicas, como as cardiovasculares, pois cerca de 60% das vítimas fatais de infarto e AVC são os homens.

A alimentação rica em nutrientes protege o organismo e prolonga a qualidade de vida

Abaixo, destacamos os nutrientes que ajudam nessa prevenção e algumas receitas saborosas para incluí-las na alimentação:

NutrientesAlimentos Receitas
Ômega-3 e seus precursores (ácido linolênico) Salmão, atum, sardinha, azeite de oliva e linhaça, e óleo de canolaSardinha com virado de talos de couve
Patê de sardinha
Torta de espinafre com ricota
Vitamina B12 Carnes, feijão, lentilha, ervilha e grão-de-bicoFrango ao molho de brócolis
Rocambole recheado com palmito
Rolê de carne com cascas
Beta-glucanas (fibras)Presente, principalmente, no farelo de aveia Hambúrguer de aveia
Refogadinho de mamão verde
Salada de legumes com coco

Outras recomendações também são válidas, como: 

  • Redução do consumo de gorduras saturadas encontradas em produtos de origem animal, óleo de coco, azeite de dendê, manteiga e gordura hidrogenada, pois elas aumentam o colesterol ruim (LDL) e o nível de colesterol total
  • Substituição da gordura saturada pela gordura poli-insaturada que está presente na maioria dos óleos vegetais e em óleos de peixe, e monoinsaturada, que estão, principalmente, no óleo de canola e no azeite. 

De acordo com dados da Agência Brasil, na capital paulista, nove em cada 10 mil homens têm câncer de próstata, sendo que a doença é a segunda principal causa de morte por câncer entre homens no Brasil.

Dessa forma, é importante ter uma alimentação rica em nutrientes para proteger o organismo, e manter a qualidade e a quantidade dos espermatozoides.

Aqui, descrevemos alguns dos nutrientes que fazem essa função, fontes de alimentos e opções de receitas:

NutrientesAlimentos Receitas 
LicopenoGoiaba, mamão, cenoura e tomateSuco licopeno
Tomate Confitado
Torta diferente de legumes
Fios de abobrinha e cenoura com molho pesto de azedinha
Pepino recheado
Patê de tomate 
Semente de jaca ao vinagrete
Cromo e fitoquímicosNozes e brócolisSassami com brócolis na moranga
Cassoulet verde
Sopa de cará com talos de brócolis
AntioxidantesFrutas cítricas, alho e cebolaSalada assada de radicchio
Azeite aromático
Banana e alho assado com mel acompanhado de farofa especial
Salada ao molho de laranja
Macarrão com legumes e ricota
Salada de batata com casca de laranja
SelênioCastanhas e atumSalpicão de repolho com uva
Cuscuz com farofa crocante
Crepe de frutas secas
Barrinha energética de beterraba
  1. Pratique atividade física 
Atividade física frequente previne diversos problemas de saúde

Manter uma rotina de exercícios físicos é benéfica para vários fatores, como:

  • Reduzir a gordura corporal;
  • Fortalecer músculos e ossos;
  • Prevenir doenças cardiovasculares, como hipertensão, infarto e AVC;
  • Ajudar no condicionamento físico e na capacidade respiratória;
  • Elevar a autoestima e melhorar o humor.

Caso ainda não seja adepto de atividades mais intensas, você pode começar aos poucos, como caminhar, subir e descer escadas e andar de bicicleta.

  1. Evite álcool e cigarro

É desejo e ao mesmo tempo dificuldade de muitas pessoas parar de fumar, pois o tabagismo é uma das principais causa de morte no mundo e responsável por 90% dos casos de câncer de pulmão, e 30% de tumores malignos, como: câncer de boca, garganta, esôfago, estômago, bexiga e rim, e prejuízos à saúde das vias aéreas.

Já o consumo de álcool, mesmo que de forma moderada, aumenta o risco de diversos tipos de câncer. Por isso, é recomendado, sempre que possível, evitar o consumo exagerado de bebidas alcoólicas. 

Para ajudar, procure serviços e programas de cessação de tabagismo multidisciplinares, inclusive ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

  1. Se atente a qualidade do sono
A qualidade de sono auxilia no desempenho da memória e da concentração

Dormir bem é essencial para as funções biológicas, reposição de energias e melhora de vários fatores relacionados à saúde física, mental e emocional

Um sono adequado corresponde de 7 a 9 horas por dia e sem interrupções. Desse modo, ajuda a:

  • Combater o sobrepeso e a obesidade;
  • Prevenir a hipertensão e diabetes;
  • Melhorar do desempenho físico, bem como em casos de refluxo gastroesofágico, transtornos de depressão, ansiedade e estresse;

Outro fator, é que o sono pode ser uma peça fundamental para o desempenho cognitivo, pois está associado a melhor fixação da memória e de novos conhecimentos, e aumento da capacidade de concentração e da produtividade.  

Para ter uma boa qualidade de sono, evite:

  • Sonecas, exceto quando precisar muito repor as energias. Nesse caso, não exceda 30 minutos de duração;
  • Uso de aparelhos eletrônicos e luzes intensas à noite;
  • Refeições pesadas próximas ao horário de dormir.
  1. Reserve momentos para lazer ou hobby

Os momentos de descontração ajudam a aliviar situações de estresse, tiram da rotina, melhoram o bem-estar e proporcionam criar laços afetivos. 

Entre eles: leia um livro, assista um filme, passeie e viaje com a família e os amigos, e pratique um esporte, pois são oportunidades de experimentar as coisas boas da vida.

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Confira 4 mitos sobre alimentação

Editoria: Alimentação Saudável

As crenças populares fazem parte de diversos temas e na alimentação não é diferente. No ano passado, abordamos alguns mitos e nesse mês vamos explicar se dietas detox, água e vinagre contribuem para o emagrecimento, e sobre o consumo de adoçante. 1 - Alguns alimentos podem desintoxicar o organismo?  As “dietas detox” surgiram no mercado …

As crenças populares fazem parte de diversos temas e na alimentação não é diferente. No ano passado, abordamos alguns mitos e nesse mês vamos explicar se dietas detox, água e vinagre contribuem para o emagrecimento, e sobre o consumo de adoçante.

1 - Alguns alimentos podem desintoxicar o organismo? 

As “dietas detoxsurgiram no mercado com a promessa de ajudar na limpeza do organismo para eliminar toxinas e combater os radicais livres que são prejudiciais à saúde, bem como contribuir com a perda de peso. 

Essas dietas são compostas por diversas preparações, como sucos, chás e coquetéis, mas, mesmo que alguns nutrientes participem desse processo, a desintoxicação do organismo é algo natural e fisiológico. 

Durante o processo natural, o corpo faz uma "faxina'' e elimina substâncias indesejadas, independente do produto detox que se nomeia inovador e, que em alguns casos, é caro. 

Assim, para auxiliar o organismo de forma saudável e equilibrada:

  • Escolha alimentos in natura, como frutas e hortaliças, e minimamente processados. Eles são ricos em vitaminas, minerais, fibras e substâncias antioxidantes, que possuem efeito positivo no combate aos radicais livres e apresentam poucas calorias;
  • Não se restrinja a dietas específicas na busca da desintoxicação do corpo. Em vez disso, adquira hábitos alimentares saudáveis
  • Se o consumo habitual de alimentos for variado e equilibrado, a comida não é necessariamente tóxica para que precise de alternativas que aceleram a eliminação. 

2 - Beber água em jejum emagrece?

Não existem dados que comprovam que beber água em jejum emagrece

A ingestão de água é fundamental para manter a hidratação e a saúde do organismo, independente do horário em que é ingerida.

Entretanto, não há comprovação científica de que o consumo em jejum ajuda no emagrecimento. 

O que auxilia na redução de peso é a combinação de uma boa alimentação associada à atividade física, a qualidade do sono, a quantidade diária de água adequada e outros hábitos de vida saudáveis

3 - Vinagre de maçã ajuda no emagrecimento?

Não há comprovação científica de que o vinagre ajuda a emagrecer

Há um mito antigo de que o consumo de vinagre junto às refeições auxilia na queima de calorias dos alimentos e na redução de gordura deles, ou até mesmo da gordura corporal. 

Contudo, não há evidências científicas que mostrem que o vinagre ajuda no processo de emagrecimento ou que diminui os níveis de gordura do sangue.

4 - Adoçantes causam câncer?

A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) afirma que os adoçantes são seguros, quando a quantidade diária aceitável (IDA) - medida definida como segura - é respeitada e pode ser consumida, por qualquer pessoa diariamente, de acordo com o peso corporal.

Adoçantes são seguros quando a quantidade de consumo diário é respeitada

Além disso, o câncer é uma doença que pode ser causada por múltiplos fatores nos quais uma pessoa se expõe.

Portanto, não podemos atribuir que um único alimento provoca a doença e não existem evidências científicas entre o consumo dos adoçantes e a condição clínica de alguém.

Para entender melhor sobre esse assunto, acesse o conteúdo: Açúcar ou adoçante: qual é a melhor escolha? 

Bebidas vegetais feitas em casa: economia, nutrição e receitas

Editoria: Alimentação Saudável

Alergia ao leite, intolerância à lactose, preocupações com o bem-estar animal, bem como questões econômicas e filosóficas fazem com que as pessoas busquem substitutos ao leite de vaca, que é muito consumido no Brasil e adicionados em várias receitas.  Outro ponto, é a crescente procura pelos brasileiros por produtos vegetarianos isentos de leite e/ou lactose …

Alergia ao leite, intolerância à lactose, preocupações com o bem-estar animal, bem como questões econômicas e filosóficas fazem com que as pessoas busquem substitutos ao leite de vaca, que é muito consumido no Brasil e adicionados em várias receitas. 

Outro ponto, é a crescente procura pelos brasileiros por produtos vegetarianos isentos de leite e/ou lactose faz com que surjam outras alternativas ao leite no atual mercado, como as bebidas vegetais conhecidas como “leites vegetais”.

Entretanto, apesar dessas bebidas apresentarem características sensoriais e usos culinários semelhantes aos do leite de vaca, elas não podem ser nomeadas como leites, porque segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o leite é um produto que provém de ordenha animal.

Cálcio nos alimentos  

O leite de vaca e seus derivados possuem:

  • Proteínas;
  • Fósforo;
  • Cálcio;
  • Vitaminas (A, D, B2, B12 e biotina).

A bebida é conhecida como uma das principais fontes de cálcio, mas muitos alimentos de origem vegetal também contribuem com a ingestão de cálcio, como agrião, rúcula, couve, tofu (preparado com sulfato de cálcio), sementes, feijões e amêndoas (veja na tabela 1). 

Algumas hortaliças são fontes de cálcio, como o agrião e a rúcula

Contudo, o cálcio é pouco absorvido em alimentos que contêm ácido oxálico, como espinafre, batata-doce e feijão, pois a substância é a inibidora mais potente desse mineral.

Um exemplo disso é o espinafre: apenas 5% de cálcio é absorvido pelo organismo comparado ao ganho de 27% com o consumo de leite em quantidades similares.  

Já os alimentos processados de origem vegetal fortificados com cálcio podem contribuir para a absorção do nutriente em pessoas veganas, intolerantes à lactose ou alérgicos à proteína do leite e derivados.  

Em média, a recomendação é de 1000mg de cálcio por dia, para que o organismo obtenha a quantidade adequada.

Comparação da quantidade de cálcio de alguns alimentos

AlimentoPorção usualCálcio (mg)
Leite de vaca integral1 xícara de chá (200 ml)215 mg
Leite de vaca desnatado1 xícara de chá (200 ml)239 mg
Bebida à base de extrato de soja sem sabor (industrializada)1 xícara de chá (200 ml)264 mg
Bebida à base de extrato de amêndoa (industrializada)1 xícara de chá (200 ml)200 mg
Bebida à base de extrato de coco (industrializada)1 xícara de chá (200 ml)396 mg
Bebida à base de extrato de arroz (industrializada)1 xícara de chá (200 ml)348 mg
Bebida à base de extrato de amendoim (industrializada) 1 xícara de chá (200 ml)13 mg
Bebida à base de extrato de aveia (industrializada)1 xícara de chá (200 ml)347 mg
Feijão branco cozido1 e 1/2 colher de sopa (50g)45 mg
Grão de bico cozido1 e 1/2 colher de sopa (35g)10 mg
Grão de soja cozida e descascada1 e 1/2 colher de servir (45g)27 mg
Tofu2 fatias médias (90g) 73 mg
Semente de gergelim1 colher de sopa rasa (15g)123 mg
Amêndoa crua11 unidades (10g)27 mg
Agrião cru2 xícaras de chá (80g)103 mg
Espinafre cru2 xícaras de chá (80g)73 mg
Couve crua2 xícaras de chá (80g)166 mg
Rúcula crua2 xícaras de chá (80g)86 mg

Substituição do leite de vaca por bebidas vegetais  

Na culinária, as bebidas vegetais são utilizadas no lugar do leite, mas elas também podem ser empregadas na alimentação humana como substitutos nutricionais do leite? 

Do ponto de vista nutricional, as que são à base de leguminosas, principalmente a soja, com adequado teor proteico e, geralmente enriquecidas, com cálcio, vitamina D e vitamina B12 podem ser consideradas substitutas nutricionais dos leites de vaca integral

As demais precisam de fortificação com cálcio, vitaminas D e B12, bem como adequação no teor protéico, por meio de uma formulação mista com oleaginosas, adição de isolado, concentrado protéico de soja ou outra fonte proteica vegetal. 

Dessa forma, as bebidas são opções saborosas, acessíveis, boas para variar no cardápio e para quem não pode ingerir leite

No entanto, o conteúdo nutricional pode não ser compatível ao do leite de vaca. Por isso, ao fazer mudanças no hábito alimentar, é importante o acompanhamento com um nutricionista.

Bebida vegetal feita em casa x comprada em supermercados 

Bebidas vegetais compradas em supermercados possuem cálcio e vitamina B12

Assim como o leite de vaca, que possui diversos tipos: UHT; longa vida; integral; desnatado; semidesnatado e sem lactose, também há diferentes opções de bebidas vegetais que podem ser feitas em casa, a partir de cereais, grãos, leguminosas e sementes. 

Para te ajudar nas preparações, o Alimente-se Bem separou algumas sugestões de receitas. São elas:

Bebida caseira à base de extrato de coco

Bebida caseira à base de extrato de amendoim

Bebida caseira à base de extrato de gergelim

Bebida caseira à base de extrato de inhame

Bebida caseira à base de extrato de aveia

A vantagem de fazer em casa é que a bebida pode ser mais barata, dependendo do ingrediente utilizado, livre de alguns aditivos químicos e outros produtos artificiais. 

Por outro lado, os leites produzidos em casa não possuem cálcio e vitamina B12, que são nutrientes presentes no leite de vaca. 

Abaixo, é possível comparar a diferença de preço entre os extratos vegetais (feitos em casa), os adquiridos em supermercados e o leite de vaca (UHT integral), em uma porção de 1 xícara de chá equivalente a 200 ml.

Leite de vaca integral UHT (200ml) = R$ 1,32

Bebidas vegetais prontas para consumoBebidas vegetais caseiras (Receitas do portal Alimente-se Bem) 
Bebida de coco UHT R$ 2,50XBebida de coco caseira R$ 5,60
Bebida de amendoim UHT R$ 2,99XBebida de amendoim caseira R$ 1,36
Bebida de aveia UHT R$ 2,50XBebida de aveia caseira R$ 0,45
Bebida de gergelim caseira R$ 2,85
Bebida de inhame caseira R$ 1,28
Bebida de soja UHT R$ 1,40
Bebida de amêndoa UHT R$ 2,50

Dicas e curiosidades 

  1. O resíduo da bebida de coco pode ser usado como coco ralado em receitas tradicionais. Neste caso, se for dividido para duas preparações, o custo será muito próximo ao da bebida UHT;
  2. Os leites vegetais podem ser utilizados em diversas receitas como: pães, bolos, tortas, biscoitos, molhos, sobremesas, mingaus e cereais. Quanto à textura, pode ser rala ou encorpada, isso depende da quantidade de água adicionada;
  3. Para obter uma consistência mais cremosa, coloque duas colheres de aveia de flocos finos na mistura.

Veja mais 3 mitos sobre a alimentação

Editoria: Alimentação Saudável

Em junho, abordamos sobre crenças alimentares e para dar continuidade no tema, vamos desmistificar mais alguns mitos esse mês. São eles sobre: pão, glúten e produtos diet e light. 1 - Pão engorda? O alimento é um dos mais tradicionais e antigos do mundo, presente no café da manhã dos brasileiros e preparado de diversas …

Em junho, abordamos sobre crenças alimentares e para dar continuidade no tema, vamos desmistificar mais alguns mitos esse mês. São eles sobre: pão, glúten e produtos diet e light.

1 - Pão engorda?

O alimento é um dos mais tradicionais e antigos do mundo, presente no café da manhã dos brasileiros e preparado de diversas maneiras.

Porém, nos últimos anos, algumas teorias surgiram com a ideia de que o pão seria prejudicial à saúde e contribuiria para o aumento de peso.

O alimento é simples e complexo ao mesmo tempo, pois, apesar de ser composto de farinha e água, são inúmeros os resultados que esses dois ingredientes podem formar.

Por exemplo: os compostos, ao entrarem em contato com o fermento, produzem gás carbônico. Esse gás fica preso à rede elástica de proteínas do trigo - o glúten - e assim o pão fermenta e cresce

A mistura contém carboidratos e contribui com a glicose que fornece energia para o corpo. 

Mas, afinal, comer pão engorda? 

Refeições diárias do brasileiro inclui pães de vários tipos

O que engorda é o excesso de calorias independente da origem - carboidratos, gorduras ou proteínas -, e quando consumidas em excesso, elas podem ser armazenadas em forma de gordura no corpo e causar o aumento do peso

Dessa forma, o ganho de peso não provém de um alimento específico, mas da quantidade em que é ingerido.

2 - Devemos evitar alimentos com glúten?

O glúten está presente em cereais como trigo, centeio e cevada, nas farinhas desses cereais e em produtos para consumo que incluem os grãos ou as farinhas, mas ele só deve ser eliminado da alimentação no caso de pessoas que possuem intolerância ao glúten ou doença celíaca.

Para as demais pessoas, não há pesquisas, estudos, evidências ou testes científicos conclusivos que afirmem que o glúten prejudique o desenvolvimento ou funcionamento do corpo.

3 - Produtos diet ou light são melhores para perder peso?

Os produtos diet são os que não possuem algum nutriente e os light reduzem em pelo menos 25% a quantidade de algum nutriente. 

Porém, é preciso ler o rótulo dos alimentos, pois a classificação desses produtos pode conter o mesmo valor calórico que as suas versões originais.

Os alimentos diet ou light são para fins especiais, geralmente indicados por nutricionistas ou médicos, em dietas que devem restringir algum nutriente específico e não necessariamente para controlar o peso corporal.

Conheça 4 mitos sobre a alimentação

Editoria: Alimentação Saudável

Existem diversas crenças populares no universo da alimentação, como comer manga com leite faz mal, comida vegetariana emagrece e laranja é a fruta que contém mais vitamina C. Entretanto, é preciso se informar antes de excluir algum alimento das refeições e para ajudar a desmistificar esses e outros mitos, o Alimente-se Bem abordará sobre o …

Existem diversas crenças populares no universo da alimentação, como comer manga com leite faz mal, comida vegetariana emagrece e laranja é a fruta que contém mais vitamina C.

Entretanto, é preciso se informar antes de excluir algum alimento das refeições e para ajudar a desmistificar esses e outros mitos, o Alimente-se Bem abordará sobre o consumo de leite, banana, ovo e carne.

1 - Leite é inflamatório?

Cercado de mitos e apontado como possível alimento prejudicial à saúde, há diversos debates sobre vantagens e risco da ingestão de lácteos, como leites, queijos e iogurtes. 

Atualmente, as publicações científicas disponíveis apontam que os produtos lácteos possuem efeitos neutros a benéficos em substâncias que sinalizam processos inflamatórios.

Contudo, isso não significa que o leite seja um alimento insubstituível para o desenvolvimento saudável de uma pessoa. 

Há vários motivos que podem limitar o consumo de leite e seus derivados: 

  • Alergia às proteínas específicas e sintomas de intolerância;
  • Hábitos alimentares veganos
  • Reflexões em relação ao leite como alimento, pois os humanos são os únicos mamíferos que ingerem leite durante a vida adulta;
  • Preocupações ecológicas e com o bem-estar animal. 

Por outro lado, essas motivações não podem sobrepor aos estudos científicos, que negam o potencial inflamatório e prejudicial dos laticínios. 

2 - Banana reduz cãibras?

A banana é uma fruta apreciada pela maioria das pessoas, pois é saborosa, acessível, saudável e prática para comer em qualquer lugar. 

Apesar de todos esses benefícios, a fruta não garante o desaparecimento de cãibras, por conta de estudos que já mostraram que elas ocorrem com mais frequência, quando há desidratação e desequilíbrio eletrolítico, o que inclui a baixa de cálcio, sódio, potássio e magnésio. 

Como a banana é rica em água, potássio e carboidratos - que fornecem glicose -, a teoria de que a fruta pode reduzir os espasmos, é porque ela ajuda a manter a hidratação do corpo, fornecer energia aos músculos e repor os níveis de potássio. 

No entanto, se a origem das cãibras for o desequilíbrio eletrolítico, o fruto contribui apenas com o potássio.

3 - Ovo aumenta o colesterol?

Por muito tempo, o consumo de ovos foi considerado limitado, devido ao controle dos níveis de colesterol, já que a recomendação do consumo de colesterol é de 300 miligramas por dia. 

Porém, a British Heart Foundation afirma que é mito os ovos serem ruins ao coração e podem fazer parte de uma dieta equilibrada. 

O ovo é rico em vitaminas, minerais e proteína

A Fundação Nacional do Coração da Austrália também orienta que os níveis de colesterol no sangue são mais influenciados pelas gorduras saturadas e trans, do que por outras gorduras contidas nos alimentos. Por isso, não há problema em comer ovos e a recomendação é de até 6 unidades por semana

Entretanto, as pessoas com diabetes e que apresentam questões hereditárias ou fisiológicas com propensão maior a desenvolver colesterol, é preciso ter mais cautela com a ingestão de ovos e na alimentação geral. 

Nestes casos, é importante um acompanhamento médico e nutricional para que os ajustes na alimentação sejam adaptados individualmente. 

4 - Proteínas de origem animal são indispensáveis à saúde?

É possível viver à base de alimentos de origem vegetal, pois dietas vegetarianas ou plant based (baseada em alimentos vegetais) podem proporcionar:

  • Redução dos níveis de colesterol e diabetes tipo 2;
  • Diminuição do risco de doenças cardiovasculares, hipertensão e diversos tipos de câncer.

Esse hábito também pode ser adotado em todos os ciclos de vida, inclusive na gestação e na infância, desde que a pessoa seja acompanhada por um nutricionista

No entanto, alguns alimentos de origem vegetal podem apresentar um teor baixo de nutrientes específicos, por isso é necessário a combinação de diferentes grupos de alimentos. 

Com isso, a qualidade da proteína vegetal depende da fonte e de sua combinação, e pode ser igual ou até melhor do que a proteína animal

Para saber mais sobre esses e outros mitos, acompanhe o portal Alimente-se Bem que no próximo mês vamos abordar novamente este tema.

Açúcar ou adoçante: qual é a melhor opção?

Editoria: Alimentação Saudável

“Açúcar ou adoçante?” É uma dúvida de muitas pessoas na hora de adoçar bebidas, como cafés, chás e sucos. As substâncias também estão presentes em bolos; pães; tortas; doces; refrigerantes; produtos processados e alguns medicamentos, mas afinal qual é a melhor escolha no dia a dia? Açúcar Refinado, cristal, demerara ou mascavo são diferentes tipos …

“Açúcar ou adoçante?” É uma dúvida de muitas pessoas na hora de adoçar bebidas, como cafés, chás e sucos.

As substâncias também estão presentes em bolos; pães; tortas; doces; refrigerantes; produtos processados e alguns medicamentos, mas afinal qual é a melhor escolha no dia a dia?

Açúcar

Refinado, cristal, demerara ou mascavo são diferentes tipos açúcar encontrados no mercado. O ingrediente é antigo - presente em vários pratos históricos - e derivado da cana de açúcar ou da beterraba. Ele é um carboidrato, fornece energia e possui 4 calorias por grama. 

Adoçante

É produzido artificialmente como uma alternativa menos calórica do que o açúcar, adoça mais e é utilizado em quantidades menores.

Os adoçantes podem ser classificados em nutritivos e não-nutritivos, mas em ambos os casos estimulam os mesmos receptores que o açúcar - presentes na boca -, e enviam à informação ao cérebro de que há consumo de doce. 

Alguns adoçantes ativam esses receptores de 30 a 20 mil vezes com mais intensidade do que o açúcar. 

Os adoçantes nutritivos contêm polióis, chamados de açúcares de álcool, tais como: sorbitol, manitol, xilitol, entre outros. Eles possuem a metade do sabor adocicado da sacarose e oferecem menos calorias, entre 1,6 e 2,6 por grama. 

No caso dos adoçantes não-nutritivos, há alguns equívocos, como estarem envolvidos com diversos problemas de saúde. Porém, segundo a American Dietetic Association, os produtos não são fator de risco para obesidade, diabetes, câncer ou doenças cardíacas, entre outras.

Diferenças entre açúcar e adoçante

A principal diferença entre eles é o conteúdo de calorias. A distinção aparece no valor calórico de alimentos e bebidas que incluem adoçantes em sua composição: 

  • Uma lata de refrigerante possui cerca de 150 calorias e uma de refrigerante “zero” ou diet não fornece nenhuma. 

A redução do valor calórico também ocorre em outros produtos, como balas, chicletes e geleias. Contudo, alguns produtos contêm a mesma quantidade calórica que as versões originais, como:

  • Diet - ausência de algum nutriente, geralmente os açúcares;
  • Light - redução de, pelo menos, 25% de algum nutriente, como gorduras e açúcares.

Os chocolates diet, por exemplo, não têm açúcar, mas podem ser até mais calóricos do que os tradicionais por conta da gordura. 

Por isso, é importante saber ler os rótulos dos produtos e compará-los com os valores nutricionais dos tradicionais, para garantir que o alimento atenderá às suas necessidades. 

Outro ponto, é que alguns adoçantes não são recomendados para determinados grupos de pessoas, como:

  • Ciclamato de sódio e sacarina - contraindicados para hipertensos e gestantes;
  • Aspartame - deve ser evitado por pessoas com fenilcetonúria (doença causada por conta do fígado não conseguir transformar a fenilalanina - um aminoácido que faz parte das proteínas - em outro aminoácido chamado tirosina. As pessoas já nascem com a doença e provém da mãe ou do pai);
  • Adoçantes para crianças -  assim como no caso dos açúcares, a Sociedade Brasileira de Diabetes aconselha a não oferecer adoçantes antes dos 2 anos de vida. 
  • Gestantes - Se não for indicado por médico ou nutricionista, a gestante deve priorizar uma alimentação que evite tanto o açúcar quanto o adoçante. 

No caso de uso do adoçante, preferir o Aspartame ou a Sucralose, e evitar o de Stevia, pois ainda faltam evidências de estudos em humanos.

Recomendações diárias

A Organização Mundial da Saúde (OMS), orienta que: 

  • O consumo de açúcar seja entre 5 e 10% de todos os alimentos que ingerimos diariamente e, o quanto mais perto dos 5%, nos mantivermos, é melhor para a saúde;
  • Utilize a menor quantidade possível de adoçantes e dê preferência ao consumo de alimentos em sua forma natural, a fim de educar o paladar e sentir o sabor original. 

Formas seguras de consumo de adoçantes

Caso precise ou apenas queira consumir adoçantes, saiba que estes são os tipos seguros, quando a ingestão diária aceitável (IDA) é respeitada - definida como a quantidade segura - pode ser ingerida por uma pessoa, de acordo com o seu peso.

Fonte: Position of the American Dietetic Association: Use of Nutritive and Nonnutritive Sweeteners

Agora que você já sabe quais são as diferenças entre o açúcar e o adoçante, pode escolher suas opções.