Verão: dietas da moda podem causar problemas de saúde na busca pelo corpo perfeito

Editoria: Alimentação Saudável

Com a chegada do verão, as pessoas frequentam mais praias e piscinas para se refrescarem, mas esses locais podem ter significados diferentes para cada uma. Algumas buscam por diversão, mas outras podem sentir vergonha ou constrangimento ao vestir trajes de banho. O desconforto provém dos padrões de beleza corporais apresentados pelas redes sociais. Esse tipo …

Com a chegada do verão, as pessoas frequentam mais praias e piscinas para se refrescarem, mas esses locais podem ter significados diferentes para cada uma.

Algumas buscam por diversão, mas outras podem sentir vergonha ou constrangimento ao vestir trajes de banho.

O desconforto provém dos padrões de beleza corporais apresentados pelas redes sociais. Esse tipo de conteúdo reforça a ideia de que um corpo perfeito é sinônimo de saúde e beleza.

Dietas da moda e consequências 

A busca pelo corpo ideal pode causar riscos à saúde

Uma das soluções apresentadas pela internet para alcançar o tal corpo perfeito são as dietas restritivas ou dietas da moda.

Essas dietas são pautadas em restrições de algum grupo alimentar, como os carboidratos, ou até mesmo em jejuns prolongados. Assim, o corpo recebe menos calorias do que o necessário para manter suas atividades essenciais.

Como consequência, as pessoas podem desenvolver fraqueza, irritabilidade, tontura, dor de cabeça, desmaio, anemia, queda de cabelo e unhas quebradiças. 

Além disso, essas dietas possuem baixa adesão ao longo do tempo e são genéricas, pois não levam em consideração as condições de saúde da pessoa, idade, atividades diárias, hábitos alimentares, entre outros fatores. 

Outra consequência, é o ciclo de culpa e de compulsão alimentar que a pessoa pode vivenciar, como uma resposta ao sofrimento imposto pela alta restrição calórica

Dicas 

Se uma das suas metas para 2024 é de adquirir hábitos alimentares mais saudáveis, confira algumas dicas que o Alimente-se Bem separou:

  1. Desembale menos 

Uma das indicações do Guia Alimentar para a População Brasileira é desembalar menos alimentos.

Por isso, durante as refeições ao longo da semana, escolha alimentos in natura ou minimamente processados ao invés dos ultraprocessados, pois eles são ricos em calorias, gorduras, sódio e açúcar, e se consumidos com frequência podem afetar a saúde. 

  1. Hidrate mais
Consuma mais água e sucos nos dias quentes

A hidratação é essencial para o funcionamento adequado do corpo, principalmente no calor, pois a água ajuda na regulação da temperatura corporal, na digestão, no funcionamento renal e no fortalecimento dos músculos. 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que um adulto beba, por dia, 35 ml de água, para cada quilo de peso. Dessa forma, um adulto de 60 quilos deve beber cerca de 2 litros de água (0,35x60=2,100) diariamente. 

Alguns alimentos têm uma quantidade significativa de água, como frutas e legumes, assim como algumas preparações, sucos e sopas, por exemplo. Entretanto, não deixe de beber água.

  1. Procure um profissional capacitado
Procure um nutricionista para orientar na alimentação

O Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) destaca que o único profissional habilitado a prescrever dietas é o nutricionista. 

Ele auxilia corretamente no processo de:

  • Emagrecimento e mudanças de hábitos saudáveis, com um olhar nas particularidades de cada paciente, como condições de saúde, preferências e aversões alimentares, e hábitos de vida. 
  • Iniciar esse processo, acompanhar e ajustar a dieta, e, quando necessário, suplementar vitaminas e minerais. 

Com isso, há uma maior adesão a longo prazo da dieta e uma mudança de estilo de vida mais efetiva.

Caso queira pesquisar algum profissional habilitado para te ajudar, busque o nome no site do Conselho Federal de Nutricionistas

Consumo de frutas e opções de receitas refrescantes para o verão

Editoria: Alimentação Saudável

Com as altas temperaturas, algumas pessoas não sentem muito apetite. Porém, é importante manter a hidratação e optar por alimentos mais leves e refrescantes, para garantir que o corpo receba os nutrientes necessários.  Nesses dias mais quentes, uma boa escolha é as frutas que são fontes de fibras, vitaminas e minerais. A Organização Mundial da …

Com as altas temperaturas, algumas pessoas não sentem muito apetite. Porém, é importante manter a hidratação e optar por alimentos mais leves e refrescantes, para garantir que o corpo receba os nutrientes necessários. 

Nesses dias mais quentes, uma boa escolha é as frutas que são fontes de fibras, vitaminas e minerais.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que os adultos consumam 400 gramas de frutas e vegetais por dia, o que equivale a 5 porções.

Variedades de frutas na alimentação

Para isso, o Alimente-se Bem separou algumas opções de frutas e receitas, que estão na safra de janeiro, e são encontradas com maior facilidade e preços mais acessíveis nos comércios. Esses alimentos também se destacam por serem ricos em água, o que ajuda na hidratação. 

Abacaxi

Possui uma excelente fonte de vitamina C na casca e na polpa. Também, é uma fruta versátil, pois pode ser consumida in natura, sucos, preparações doces e até mesmo salgadas, como é o caso receita Carne Havaiana 

Além disso, por ser um alimento mais cítrico auxilia na sensação de enjoo causada pelas temperaturas altas.

Melancia

Fruta típica do verão, saborosa e ótima para ajudar na hidratação. Além disso, a casca pode ser incluída em preparações, como na Tortinha de melancia

Melão

Melão é uma das frutas da estação

É uma ótima pedida para o verão, pois é refrescante e pode ser consumido in natura ou em sucos. Outra sugestão, é utilizar as sementes, que possuem proteína, potássio, fibras e zinco, em saladas, como na receita Salada com sementes 

Coco verde 

A água de coco é aliada para manter o corpo hidratado e ajuda a repor os minerais perdidos no suor, bem como possui vitaminas e carboidratos que fornecem energia às atividades diárias. No entanto, apesar de saborosa, a água de coco não substitui a água mineral.

Tipos de corte das frutas

Você é do time que não come frutas por achar difícil descascá-las? Confira algumas dicas que podem facilitar esse processo:

  • Descascadores: utilizar descascadores específicos para frutas;
  • Método da colher: para frutas como abacate ou manga, cortá-las ao meio, remova o caroço e deslizar uma colher entre a polpa e a casca para separá-las;
  • Método das fatias: Ao invés de descascar o melão, experimente cortá-lo em fatias como a melancia para tornar o corte mais ágil e econômico.

Como descascar abacaxi

Cortar a coroa do abacaxi é o primeiro passo

Já ouviu o ditado popular “descascar um abacaxi”? Ele é usado para se referir a alguma situação que precisa ser resolvida. 

No caso da fruta, o Alimente-se Bem orienta como descascá-la com mais facilidade:

  • Com uma faca, remova a coroa do abacaxi;
  • Apoie a base da fruta em uma tábua e corte ao meio no sentido do comprimento;
  • Em cada metade da fruta, faça cortes de pequenos quadrados;
  • Agora, basta remover os quadrados com uma colher e está pronto para consumir.

Armazenamento das frutas

Se for consumir melão, melancia e abacaxi fora de casa, leve em recipientes com boa vedação, para evitar que escorra líquidos.

Outro ponto, é o tempo entre o manuseio da fruta e o consumo. Se for superior a 30 minutos, coloque na geladeira, em bolsas térmicas, perto de gelo reciclável ou de garrafinhas congeladas, a fim de garantir a segurança dos alimentos.

Com essas dicas, basta planejar suas próximas compras e saborear os benefícios das frutas na estação mais quente do ano!

Férias escolares e receitas criativas ajudam a desenvolver habilidades culinárias

Editoria: Alimentação Saudável

A infância é um momento de desenvolvimento das crianças, inclusive o de hábitos alimentares, e os pais são protagonistas nesse processo. Com a chegada das férias escolares, elas querem brincar com os amigos, e ao reunir a galera para um passeio, piquenique ou em casa, ao invés de aumentar a oferta de guloseimas, fast food …

A infância é um momento de desenvolvimento das crianças, inclusive o de hábitos alimentares, e os pais são protagonistas nesse processo.

Com a chegada das férias escolares, elas querem brincar com os amigos, e ao reunir a galera para um passeio, piquenique ou em casa, ao invés de aumentar a oferta de guloseimas, fast food e alimentos prontos, é interessante incentivar uma alimentação saudável.

Receitas para piquenique

Para isso, o Alimente-se Bem separou algumas sugestões de lanches: 

Lanches docesLanches salgadosBebidas e sorvetes refrescantes
GelagurtePizza de pão de forma integral Delícia dourada
Fofuras de inhamePão de feijão preto Sucoflor
Muffin de mirtilo Quiche de casca de abóboraSorvete de abóbora com coco

Outra opção, é incluir as crianças na cozinha para que desenvolvam habilidades culinárias. E que tal elas participarem do preparo desses lanches ou fazer disso uma brincadeira com os amigos?

Essas habilidades podem ser desenvolvidas de acordo com a faixa etária e na companhia de um adulto

Veja: 

As preparações devem ser feitas sob a supervisão de um adulto
  • Crianças menores de 2 anos: Nessa fase, elas aprendem por meio da observação. Permita que a criança segure e explore sensorialmente o alimento. Entregue a ela alimentos já higienizados, pois é bem provável que os leve até a boca. 
  • Crianças de 2 a 3 anos: Converse com a criança sobre os nomes dos alimentos e permita que ela ajude em tarefas simples como separar, colocar ingredientes e misturá-los.
  • Crianças de 3 a 6 anos: Nessa faixa etária, a criança já pode amassar e cortar massas, fazer bolinhos e auxiliar na limpeza do ambiente e dos utensílios.
  • Crianças a partir de 7 anos: Podem preparar, com supervisão de um adulto, receitas simples, como bolos e tortas, e auxiliar na limpeza da cozinha e da organização da mesa.

Importante: O que vale é a experiência de cozinhar e desenvolver as habilidades culinárias da criança, e não o resultado da receita.

Para variar no cardápio, confira o e-book Brincando com os sabores - volume 1 com receitas de café da manhã e lanches e o e-book Brincando com os sabores – volume 2 com preparações de almoço e jantar que exploram a criatividade e o lado lúdico dos pequenos.

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Alimentação decolonial e insegurança alimentar: como interferiram até os dias de hoje

Editoria: Alimentação Saudável

Para relembrar a luta do movimento negro pelo fim da opressão causada pela escravidão, hoje, 20 de novembro, é o celebrado o Dia da Consciência Negra.  Pensando nisso, o Alimente-se Bem vai abordar sobre a alimentação decolonial, na qual valoriza os alimentos provenientes do local, o conhecimento e as técnicas de preparo utilizadas. No Brasil, …

Para relembrar a luta do movimento negro pelo fim da opressão causada pela escravidão, hoje, 20 de novembro, é o celebrado o Dia da Consciência Negra

Pensando nisso, o Alimente-se Bem vai abordar sobre a alimentação decolonial, na qual valoriza os alimentos provenientes do local, o conhecimento e as técnicas de preparo utilizadas.

No Brasil, durante a colonização, a cultura alimentar indígena e africana sofreu interferência, e com o passar do tempo surgiu o conceito decoloniedade, definido por alguns pensadores, com o propósito de resgatar os costumes dos povos originários.

Resgate da culinária africana

Daí nasce o termo alimentação decolonial, como resultado dessa busca de estabelecer um sistema alimentar que valorize os saberes e ingredientes locais.

Para contribuir com isso, uma sugestão é pesquisar os alimentos típicos da sua região, como as Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs), e o Alimente-se Bem separou duas receitas exclusivas: Omelete de peixinho e Semente de jaca ao vinagrete.

Insegurança alimentar 

Segundo dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), em 2023, há 735 milhões de pessoas no mundo passando fome e 2,3 bilhões em algum nível de insegurança alimentar. Já no Brasil, os dados apontam para 70,3 milhões de pessoas em insegurança alimentar. 

Esse cenário chama atenção para o conceito de segurança alimentar, criado pela FAO, em 1945, no contexto de fome vivenciada após a Segunda Guerra Mundial. 

O propósito é garantir, por meio de políticas públicas, o acesso físico e econômico, de forma permanente, a todos as pessoas, a alimentos emquantidade e qualidade suficientes para suprir as demandas nutricionais.

Se esse conceito foi criado em 1945, por que a fome ainda é um problema atual?

Cultivo de hortaliças de pequeno produtor

A garantia ao acesso à alimentação não é uma tarefa fácil, pois a insegurança alimentar no Brasil é um problema multifatorial

Não é possível afirmar que para acabar com a fome no mundo, basta produzir mais alimentos. Um caminho é, produzir e distribuir alimentos, de forma justa e sustentável, que estejam alinhadas com a cultura do país.

Com isso, é necessário considerar fatores como cultura, economia, sociedade e relações de poder

  1. Relações de poder 

Alimentação e relação de poder se vinculam à medida que os produtores rurais decidem quais alimentos e de que forma serão produzidos. 

E, essa relação com a terra não é de hoje, ela provém do período colonial, na qual as culturas mais produzidas no Brasil eram de cana-de-açúcar e pau brasil.

  1. Sociedade, cultura e sustentabilidade 

Com a chegada dos portugueses, o alimento começou a ser comercializado e produzido em larga escala para exportação.

Desta forma, eles tomaram o espaço da terra habitada pelos indígenas, africanos e quilombolas, bem como desconsideraram o conhecimento da produção de alimentos e as formas de preparo e de consumo.

Nesse cenário, surge o conceito de soberania alimentar como uma ampliação da segurança alimentar, e o alimento passa a ser um direito e não um meio de sobrevivência

Além disso, a soberania alimentar prioriza a produção de alimentos a partir de técnicas sustentáveis.  

Pilares da soberania alimentar

De acordo com o Fórum Mundial pela Soberania Alimentar, em 2007, há seis princípios do conceito: 

  1. Priorizar os alimentos para os povos;
  2. Valorizar os que promovem alimentos;
  3. Desenvolver conhecimentos e habilidades para trabalhar com a natureza;
  4. Localizar os sistemas alimentares;
  5. Promover o controle local.

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Alimentos funcionais ajudam na prevenção do câncer

Editoria: Alimentação Saudável

Em 27 de novembro é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Câncer. A data tem o objetivo de ampliar o conhecimento da população brasileira sobre a doença e as formas de prevenção.  De acordo com a ONU, em 2018, o câncer foi a segunda doença que mais causou mortes no mundo, com cerca de …

Em 27 de novembro é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Câncer. A data tem o objetivo de ampliar o conhecimento da população brasileira sobre a doença e as formas de prevenção

De acordo com a ONU, em 2018, o câncer foi a segunda doença que mais causou mortes no mundo, com cerca de 9,6 milhões de óbitos por ano, o que representa uma em cada seis mortes.

Entre os homens, os tipos mais comuns de câncer são de pulmão, próstata, colorretal, estômago e fígado, enquanto nas mulheres são o câncer de mama, colorretal, pulmão, cervical e tireoide.

O que é o câncer 

É o crescimento desordenado de células agressivas que invadem os tecidos e os órgãos, e podem formar tumores e se espalhar para outras regiões do corpo.

O câncer não possui apenas uma causa, pois há fatores internos, relacionados ao organismo e a genética, e diversas causas externas presentes no ambiente.

Entre 80% e 90% dos casos estão associados a essas circunstâncias externas, como a condição da água, da terra e do ar; o tipo do local de trabalho; os medicamentos utilizados; a alimentação; os hábitos e o estilo de vida, dos quais são potenciais fatores de risco. 

Prevenção

Frutas fazem parte dos alimentos funcionais

Parar de fumar, evitar o sedentarismo e modificar hábitos alimentares podem reduzir em um terço das mortes por câncer. 

Uma alimentação inadequada provoca alterações de funcionalidade das células, no sistema imunológico e nos hormônios, e aumento de peso.

Por isso é importante o consumo frutas, legumes, verduras, cereais integrais, feijões e outras leguminosas, e evitar os produtos ultraprocessados.

O que são alimentos funcionais?

Uma boa alimentação contribui na prevenção do câncer

Esses alimentos proporcionam diversos benefícios à saúde, além de possuir funções nutricionais básicas, como reduzir o risco e contribuir na prevenção de doenças crônicas, tipo câncer, diabetes, entre outras. 

Para ser considerado um alimento funcional, ele deve ter a aprovação da Anvisa e a demonstração de eficácia comprovada por evidências científicas.

Abaixo, veja alguns compostos funcionais e para que servem: 

ProbióticosMicroorganismos vivos que contribuem no desenvolvimento da flora intestinal.
PrébióticosFibras alimentares que ajudam a regular as funções gastrointestinais.
Ácidos graxosÔmega 3 e Ômega 6 são substâncias com propriedades terapêuticas, como anti-inflamatória e anticoagulante, e auxiliam na redução do colesterol.
LicopenoCarotenóides que possuem efeitos antioxidantes, anti-inflamatórios e quimioterapêuticos encontrados, principalmente, no tomate.
IsoflavonasFitoestrógenos que se concentram nas leguminosas, como a soja.
CatequinasSubstâncias que diminuem o risco de câncer e estão presentes em alimentos, como uva, morango, vinho tinto, chá verde e cacau.
Ácido fenólicoComposto orgânico encontrado em alimentos, como morango, frutas cítricas, salsa, tomate e agrião.
GlicosinolatosSubstâncias que ajudam a reduzir os riscos de câncer de mama e bexiga, e são encontradas no brócolis, na couve-flor, no repolho, no rabanete, no palmito e nas alcaparras.
Carotenóides Responsáveis pela coloração vermelha, laranja e amarela dos alimentos, e possuem função antioxidante.
FitoesteróisAção de prevenção contra o câncer em que a soja é uma boa fonte.
FlavonóidesCom atividade anti-inflamatória, eles são encontrados na polpa de frutas cítricas, como damasco, cereja e uva, e nos vegetais, como brócolis, couve, tomate e berinjela, entre outros.
Resveratrol Composto encontrado nas cascas de uvas vermelhas e roxas, amora, framboesa e no amendoim.

E-book Alimentos Funcionais 

E-book gratuito Alimentos Funcionais

O consumo desses alimentos, para a prevenção do câncer, só funciona quando faz parte de uma alimentação adequada e saudável.  

De acordo com a OMS, a população deve consumir no mínimo 400 gramas ou cinco porções por dia de frutas e hortaliças, como fator essencial na prevenção de doenças.

Para incluir esses alimentos na rotina de forma equilibrada, saborosa e econômica, o Alimente-se Bem disponibiliza o e-book gratuito Alimentos Funcionais.

A publicação é composta por 24 receitas práticas e saudáveis, e aborda de forma mais aprofundada sobre cada um dos compostos que classificam os alimentos como funcionais. 

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Saúde materna e nutrição no desenvolvimento físico e intelectual da criança

Editoria: Alimentação Saudável

A alimentação é um ponto fundamental do desenvolvimento da criança, mas, segundo dados da UNICEF*, em 2021, 340 milhões de crianças menores de 5 anos sofriam de deficiências de vitaminas e outros nutrientes essenciais para o crescimento.  No Brasil, informações do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional do Ministério da Saúde (SISVAN), apontam que de …

A alimentação é um ponto fundamental do desenvolvimento da criança, mas, segundo dados da UNICEF*, em 2021, 340 milhões de crianças menores de 5 anos sofriam de deficiências de vitaminas e outros nutrientes essenciais para o crescimento

No Brasil, informações do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional do Ministério da Saúde (SISVAN), apontam que de janeiro a outubro de 2021, apenas 26% das crianças, entre 2 e 9 anos, atendidas pelo SUS, realizavam as três refeições básicas do dia: café da manhã, almoço e jantar.  

Já o Ministério da Saúde registrou quase 3 mil internações de bebês, menores de 1 ano, por desnutrição, sequelas da desnutrição e deficiências nutricionais em 2022.

Os dados sinalizam um problema de saúde pública, pois os primeiros mil dias de vida de uma criança é o período de desenvolvimento físico, intelectual, social e emocional que pode trazer impactos na vida adulta.

Com essas faltas nutricionais, durante o crescimento da criança, podem ocorrer problemas na memória, aprendizado e produtividade

Saúde materna 

A gestante deve manter uma boa alimentação para fornecer os nutrientes ao bebê

O artigo “Atuação do pediatra nos primeiros mil dias da criança: a busca pela nutrição e desenvolvimento saudáveis”, publicado pela Sociedade Brasileira de Pediatria, aborda que a nutrição materna está entre os fatores mais importantes para a nutrição infantil.

Durante a gravidez, a mãe fornece os nutrientes essenciais para o desenvolvimento do bebê e, após o nascimento, a alimentação é feita pelo leite materno. Entretanto, o artigo destaca que muitas crianças nascem desnutridas, porque as mães estão desnutridas. 

Nos países de baixa renda, o estado nutricional das mulheres é um problema, pois está associado aos fatores, como: 

  • Acesso limitado a alimentos e serviços de saúde; 
  • Gasto de energia em trabalho físico pesado; 
  • Deficiências nutricionais de gestações frequentes e do aleitamento materno; 
  • Falta de poder da mulher no ambiente familiar.

Por isso, é importante a criação de ações de segurança alimentar, atreladas a políticas públicas, voltadas a essas mulheres.

Nutrição e suplementação 

Durante a gravidez é importante a mãe ter acompanhamento nutricional

Os nutrientes principais a serem suplementados na gestação são o ferro, na forma de sulfato ferroso, e o ácido fólico, que são essenciais para o desenvolvimento muscular e cerebral do bebê em formação, e, posteriormente, para suprir a amamentação

Já a suplementação das crianças, deve ser composta de ferro e vitamina A

No Brasil, há o Programa Nacional de Suplementação de Ferro (PNSF) que faz a suplementação de ferro e ácido fólico aos seguintes grupos:

  • Crianças de 6 a 24 meses;
  • Gestantes em pré-natal;
  • Mulheres no período de pós-parto;
  • Mulheres que passaram por perda gestacional.

Logo, a suplementação de vitamina A é prevista pelo  Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A (PNSVA), e direcionada às crianças de 6 meses a 5 anos de idade

No entanto, a suplementação não substitui uma alimentação adequada e saudável, e é necessário elaboração de políticas públicas que garantam:

  • Acesso à gestante a alimentos de qualidade, diversos e de todos os grupos alimentares;
  • Incentivo ao aleitamento materno até os 6 meses e continuado até 2 anos ou mais; 
  • Conhecimento e apoio para que os cuidadores da criança realizem a introdução alimentar no momento e na forma adequada. 
Vitamina A contribui para o crescimento das crianças

Confira os alimentos fontes de vitamina A:

  • Leite materno;
  • Produtos lácteos (leite, manteiga e queijo);
  • Fígado;
  • Frutas e hortaliças amarelas e alaranjadas (mamão, cenoura e manga);
  • Hortaliças verde-escuras (mostarda, couve e almeirão).

Outro ponto importante, é o aproveitamento integral dos alimentos. Muitas pessoas desconhecem a utilização e os nutrientes contidos em cascas, talos, folhas e sementes de frutas e vegetais, e alguns desses são fontes de carotenóides - substância com capacidade de se transformar em vitamina A no organismo. 

Veja alguns exemplos dessas partes não convencionais:

  • Casca de manga;
  • Semente de melão;
  • Folha de salsão.

Acesse as Receitas do Alimente-se Bem que utilizam essas partes, são nutritivas, saborosas e práticas.

UNICEF* - Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância

Dia Mundial da Alimentação: Fiesp, Sesi-SP e Ciesp lançam o Programa Alimentar o Futuro - Segurança Alimentar e Nutricional na Infância

Editoria: Alimentação Saudável

Em 16 de outubro é comemorado, por mais de 150 países, o Dia Mundial da Alimentação. A data também celebra três anos do portal Alimente-se Bem e, além dessas comemorações, a Fiesp, o Sesi-SP e o Ciesp anunciam o Programa Alimentar o Futuro.  A data foi instituída, em 1945, pela Organização das Nações Unidas para …

Em 16 de outubro é comemorado, por mais de 150 países, o Dia Mundial da Alimentação. A data também celebra três anos do portal Alimente-se Bem e, além dessas comemorações, a Fiesp, o Sesi-SP e o Ciesp anunciam o Programa Alimentar o Futuro

A data foi instituída, em 1945, pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), para que sejam criadas políticas públicas que garantam segurança alimentar e nutricional a todos.

No entanto, estima-se que 33 milhões de pessoas convivem com insegurança alimentar (IA) grave no Brasil, segundo dados da Rede PESSAN, 2022*. Já no Estado de São Paulo, cerca de 1/3 das famílias com crianças menores de 10 anos de idade enfrentam essa condição.  

A IA vivenciada na primeira infância traz dificuldades no desenvolvimento físico, intelectual, social e emocional da criança, e pode gerar impactos na vida adulta.

Parceria Consocial

Alimentação adequada e saudável às crianças

Diante desse cenário, o Conselho Superior de Responsabilidade Social (Consocial) da Fiesp, em parceria com o Ciesp e o Programa Alimente-se Bem, do Sesi-SP, lançam, em 16 de outubro, o Programa Alimentar o Futuro - Segurança Alimentar e Nutricional na Infância.

O programa tem como objetivo promover segurança alimentar e nutricional das crianças de zero a 10 anos, do Estado de São Paulo, a fim de fortalecer o direito à alimentação adequada e saudável.

O programa Alimentar o Futuro tem como estratégias:

1. Estímulo à oferta de uma alimentação escolar adequada e saudável nas creches, escolas de educação infantil e de ensino fundamental, para que atenda aos requisitos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), por meio da formação e apoio técnico as nutricionistas das Secretarias Municipais de Educação;

Acompanhamento da alimentação das crianças em casa

2. Realização de atividades de formação com os agentes do Programa Saúde da Família (PSF) para que acompanhe a Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) infantil nos domicílios e junto aos profissionais da rede socioassistencial;

3. Fortalecimento das políticas municipais de SAN na infância e apoio aos respectivos Conselhos Municipais de SAN;

4. Lançamento de um observatório de SAN da infância no Estado de São Paulo;

5. Incentivo a participação ativa das empresas associadas ao Ciesp, com a temática, para que se engajem localmente.

O Alimente-se Bem apoiará esta iniciativa com ações formativas e informativas.

Juntos no combate à insegurança alimentar e nutricional! 

*II VIGISAN Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia de Covid-19 no Brasil, 2022. (Tabela 6 e Tabela 10). 

Alimentação na infância: aleitamento materno e introdução alimentar

Editoria: Alimentação Saudável

No Brasil, o Dia das Crianças é comemorado em 12 de outubro. A data chama atenção aos direitos das crianças e adolescentes para conscientizar sobre os cuidados necessários durante esta fase da vida. Pensando desde a gestação até o segundo ano de vida do bebê, que compreende os primeiros mil dias, a criança está em crescimento …

No Brasil, o Dia das Crianças é comemorado em 12 de outubro. A data chama atenção aos direitos das crianças e adolescentes para conscientizar sobre os cuidados necessários durante esta fase da vida.

Pensando desde a gestação até o segundo ano de vida do bebê, que compreende os primeiros mil dias, a criança está em crescimento e desenvolvimento, e exposta aos fatores externos, como: alimentação, acesso à saúde, condições de moradia, entre outros.

A forma como a mãe ou o responsável cuida da criança, tanto fisicamente como psicologicamente, é fundamental para o desenvolvimento.

Portanto, nos primeiros mil dias de vida, a alimentação é um fator relevante, pois fornece nutrientes e permite que o corpo se movimente, cresça e explore novos lugares. 

Para ajudar, confira as recomendações do Guia Alimentar para crianças brasileiras menores de dois anos 

Aleitamento materno 

O leite materno é o alimento mais importante do bebê

O leite materno é o alimento mais completo que uma criança pode receber, pois nutre o corpo e mata a sede. Dessa forma, o Guia recomenda o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida e continuado até dois anos ou mais.

Conheça alguns benefícios do leite materno:

  • Favorece à saúde e o desenvolvimento da criança;
  • Ajuda na saúde da mãe;
  • É econômico;
  • É sustentável;
  • Cria vínculos afetivos.

Durante os seis primeiros meses, não é necessário o consumo de qualquer outro tipo de líquido (exemplos: água, chá ou suco) que não seja o leite materno

Em dias mais quentes, o bebê pode procurar o leite materno com maior frequência para saciar a sede

Introdução alimentar

Ofereça alimentos in natura às crianças

Quando a criança completa seis meses, é recomendado procurar um nutricionista ou pediatra para iniciar a introdução alimentar

No primeiro contato da criança com o alimento, é importante pensar nos tipos e nas formas em que eles serão apresentados, pois isso influencia na construção de hábitos alimentares e memórias gustativas que acompanharão até a vida adulta.  

Pensando nisso, o Guia recomenda:

  • Alimentação composta por produtos in natura, como: frutas, verduras e legumes;
  • A comida pode ser temperada com ingredientes naturais, como alho e cebola, e a quantidade de sal utilizada deve ser a menor possível;
  • Água para hidratação;
  • Consumo de frutas ao invés de sucos;
  • Não oferecer açúcar, inclusive os advindos de produtos industrializados.

Em relação a consistência dos alimentos, é indicado que seja oferecido amassado e separado de outros alimentos. 

Outro ponto, é evitar colocar os alimentos em liquidificadores, mixer ou peneiras, para que a criança sinta o real sabor de cada alimento. 

Com o passar dos meses, pode acrescentar pedaços dos alimentos aos pratos, a fim de estimular a mastigação da criança

Alimentação na primeira infância e segurança alimentar

No país 1 em cada 3 famílias convivem com insegurança alimentar

O direito de acesso à alimentação adequada, prevista no artigo 6° da Constituição Federal, é violado quando uma criança e sua rede de apoio estão em situação de insegurança alimentar (IA), o que prejudica a saúde e o desenvolvimento. 

No Brasil, em 2022, 1 em cada 3 moradias com crianças enfrenta algum grau de IA, segundo dados da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal.

Em 2019, a IA foi a realidade de 1,060 milhões de domicílios com crianças até 10 anos, no Estado de São Paulo, sendo ⅓ das casas apresentaram grau moderado ou grave (Rede PENSSAN*).

Diante desse cenário, o Alimente-se Bem oferece conteúdos gratuitos sobre aproveitamento integral dos alimentos e orienta à população como utilizar partes não convencionais e sobras, que seriam descartadas, em receitas saborosas, nutritivas e práticas.

Além disso, o programa disponibiliza dois e-books voltados às crianças com preparações de café da manhã, lanches, almoço e jantar.

Faça o download gratuito

Brincando com os sabores: café da manhã e lanches (volume I)

Brincando com os sabores: almoço e jantar (volume II)

*Rede PENSSAN - Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional 

Dia da Amazônia: alimentos, receitas, biodiversidade e preservação

Editoria: Alimentação Saudável

Considerado o maior patrimônio natural da humanidade e bioma do Brasil, a floresta Amazônica possui mais de 4 milhões de km², segundo o IBGE em 2004, e se espalha por nove estados e 125 unidades de conservação federal.  Para celebrar essa imensidão, em 5 de setembro é comemorado o Dia da Amazônia, como uma forma …

Considerado o maior patrimônio natural da humanidade e bioma do Brasil, a floresta Amazônica possui mais de 4 milhões de km², segundo o IBGE em 2004, e se espalha por nove estados e 125 unidades de conservação federal. 

Para celebrar essa imensidão, em 5 de setembro é comemorado o Dia da Amazônia, como uma forma de homenagear a data em que foi criada a Província do Amazonas, em 1850, por Dom Pedro II.

Zona ribeirinha do rio Xingu na floresta Amazônica

A grandiosidade da floresta também se reflete na hidrografia, pois é a maior bacia do mundo, com cerca de 6 milhões de km² e contando com 1.100 mil afluentes. 

O principal rio da região, o Amazonas, cruza a floresta e deságua no Oceano Atlântico lançando 175 milhões de litros de água por segundo.

Dentro desse vasto território, há aproximadamente 2,5 mil espécies de árvores e 30 mil espécies de plantas, totalizando 100 mil na América do Sul

Diversidade de alimentos 

O guaraná é um fruto nativo da Amazônia

A Amazônia abriga uma grande quantidade de frutos nativos que possuem sabor, aroma, textura e utilidade culinária distintas. São eles: açaí, guaraná, cupuaçu, buriti, camu-camu, tucumã, bacuri e mangaba, entre outros.

Essas plantas são comercialmente exploradas por comunidades locais e os extratos usados na fabricação de cosméticos, a fim de agregar valor aos produtos e incentivar a preservação da floresta. 

No caso do açaí, cupuaçu e castanha-do-Pará possuem alto potencial econômico e se popularizaram no mercado interno e externo.

No Norte e Nordeste do Brasil, o açaí é consumido acompanhado de farinha de tapioca, peixes e camarão, ou em forma de suco e vinho. 

Já nas demais regiões, a polpa é utilizada para produção de sorvetes, vitaminas e diversas misturas geladas, com a inclusão de outras frutas. 

Receitas 

O cupuaçu também é utilizado na fabricação de cosméticos

Para isso, o Alimente-se Bem desenvolveu duas receitas feitas com aproveitamento integral de frutas: Petit gateau de açaí preparado com raspas de limão e Mousse de açaí com cascas de maracujá.

Outro fruto que se difundiu no país foi o cupuaçu, com um cheiro forte e doce, casca castanho-escuro, polpa branca e ácida, e muitas sementes, ele é adicionado em sucos, sorvetes, cremes, balas, bolos e tortas, e a gordura é utilizada na indústria de cosméticos.

No Amazonas, alimentos como pimentas, mandioca, tucumã, jambu e banana da terra repletem sabor, aroma e expressão cultural nos pratos: 

- Tacacá, Bolinho de pirarucu, Costela de tambaqui na brasa, Pato no tucupi, Tapioca, Açaí com tapioca, X-Caboquinho, Sorvete de tucumã, Vatapá e Baião de dois.

Esses alimentos ajudam a compor os 44% das 500 espécies de frutas nativas do Brasil.

Fauna

A onça-pintada é encontrada em alguns biomas do Brasil, inclusive na Amazônia

Além da riqueza de toda essa flora, a fauna ganha destaque com aproximadamente 30 milhões de espécies animais e algumas ainda são desconhecidas pela humanidade. 

As principais são: onça-pintada, lobo-guará, anta, capivara, jacaré, tartaruga, tatu macaco, peixe-boi, papagaio, arara, tucano, sucuri e jararaca. 

Amazônia Legal

Com o objetivo de desenvolvimento econômico e social, das regiões onde se concentra o bioma, foi lançada a Amazônia Legal. O conceito, criado pelo governo do Brasil, corresponde à área de nove estados do Brasil.

De acordo com os dados da Fundação Nacional da Saúde (Funasa), essas regiões abrigam cerca de 22 milhões de pessoas, sendo 250 mil indígenas.

A área ocupada pela Amazônia Legal é de aproximadamente 5.217.423 km², contando com a Amazônia e partes do Cerrado e do Pantanal.

Com história, biodiversidade, cultura e prosperidade econômica, a Amazônia deve ser preservada e valorizada, e os recursos naturais explorados de forma sustentável, para garantir que as riquezas continuem a nutrir a região, o Brasil e o mundo.

A Sindemia Global e o papel do nutricionista

Editoria: Alimentação Saudável

Hoje, 31 de agosto, é comemorado o Dia do Nutricionista. Durante a carreira, o profissional pode atuar em Nutrição Clínica; Alimentação Coletiva; Nutrição em Esportes; Saúde Coletiva; Nutrição na Indústria; e Ensino e Pesquisa, conforme consta na Resolução n° 600 de 2018 do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN). Dentro dessas áreas e no trabalho do dia a dia, o …

Hoje, 31 de agosto, é comemorado o Dia do Nutricionista. Durante a carreira, o profissional pode atuar em Nutrição Clínica; Alimentação Coletiva; Nutrição em Esportes; Saúde Coletiva; Nutrição na Indústria; e Ensino e Pesquisa, conforme consta na Resolução n° 600 de 2018 do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN).

Dentro dessas áreas e no trabalho do dia a dia, o nutricionista pode ter um olhar para a sindemia global.

O conceito foi apresentado, em 2019, pela publicação The Lancet, e refere-se às interações entre as mudanças climáticas e as pandemias da desnutrição e da obesidade.

Para entendermos o impacto dessa junção na qualidade de vida, é necessário analisar primeiro o cenário no qual o Brasil está inserido.

De acordo com os dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), 70,3 milhões de pessoas estavam em situação de insegurança alimentar moderada ou grave, em 2020.

Isso significa que esses brasileiros, incluindo crianças, apresentaram queda na qualidade e na quantidade da alimentação, bem como não sabiam se teriam todas as refeições do dia.

Por outro lado, os dados publicados pela FAO, em 2021, indicam que o Brasil é o terceiro maior produtor de alimentos do mundo, mas, também, é um dos países que mais desperdiça.

Perdas e desperdícios de alimentos

Durante a colheita há perdas de alimentos

Ao longo de toda a cadeia alimentar, há as perdas desde a colheita até as centrais de abastecimentos. Já o desperdício ocorre nos supermercados, serviços de alimentação e em casa.

Isso acontece devido aos fatores, como: pouca tecnologia e incentivo ao produtor rural, e falta de conhecimento tanto do produtor quanto do consumidor.

Assim, cerca de 27 milhões de toneladas de alimentos são descartados por ano, sendo que 80% decorrem das etapas de colheita, manuseio, transporte e centrais de abastecimento, segundo dados da FAO de 2022.

Nessa perda, o arroz e o feijão correspondem a 38% de toda a comida desperdiçada no país. (EMBRAPA, 2018).

Já em São Paulo, as feiras livres geram um impacto de 33 mil toneladas de resíduos considerando frutas, legumes e verduras (USP, 2017). 

Mudanças climáticas, desnutrição e obesidade

As mudanças climáticas impactam na alimentação

Com esse panorama, é possível afirmar que o Brasil produz mais do que consome e isso acarreta grande sobrecarga ao meio ambiente, conforme os dados abaixo das feiras livres em São Paulo:

  • Geração de emissão de mais de 66 mil toneladas de dióxido de carbono (CO2) no ar, por ano, resultante  da  decomposição da  matéria orgânica e da queima de combustíveis para o  transporte  ao longo da cadeia de comercialização;
  • Anualmente, também são utilizados 994 metros cúbicos de água para o cultivo de frutas e vegetais folhosos.

Esses fatores são apenas alguns exemplos relacionados às mudanças climáticas, como secas e inundações, e afeta o cultivo de alimentos, pois a produção diminui, o preço aumenta e o acesso à comida de verdade reduz.

Em contrapartida, cresce a oferta de alimentos processados e ultraprocessados que, geralmente, são mais baratos e, a falta de tempo e planejamento de muitas famílias, contribuem para a busca desses alimentos que são considerados práticos.

Porém, muitos desses produtos são ricos em gorduras, açúcar, sal e conservantes. Logo, o consumo e o ambiente alimentar no qual estamos inseridos favorecem o crescimento das pandemias de desnutrição e obesidade.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a estimativa é que em 2025, 2,3 milhões de adultos ao redor do mundo estejam acima do peso, sendo 700 milhões de pessoas obesas.

No Brasil, a Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) aponta que a obesidade aumentou 72% nos últimos 13 anos.

Com o passar do tempo, essas questões causam grande impacto na saúde, devido ao aparecimento de doenças, como diabetes, hipertensão, entre outras.

O trabalho do nutricionista

O nutricionista pode ajudar o paciente a fazer escolhas alimentares dentro da sua realidade

Diante do cenário, existe uma urgência em construir sistemas alimentares mais saudáveis e sustentáveis, e o papel do nutricionista vai além da entrega de um plano alimentar individualizado.

As ações em sinergia com outros agentes e o envolvimento na elaboração de políticas públicas são alguns caminhos.

Outras ações que podem contribuir são:

  • O incentivo a dietas sustentáveis que beneficiam o meio ambiente e à saúde;
  • Trabalhar a autonomia do paciente por meio da educação alimentar e nutricional, de modo que ele exercite a consciência crítica e saiba fazer as melhores escolhas alimentares dentro da sua realidade;
  • O apoio a amamentação, e a orientação de técnicas culinárias, de higienização e armazenamento dos alimentos;
  • No campo da alimentação coletiva, incentivar ações que aproveitem integralmente o alimento, a fim de evitar o desperdício de partes nutritivas, como cascas, talos, folhas e sementes; conscientizar o consumidor para a redução do descarte de alimentos; e a adoção de práticas sustentáveis na cozinha, como não utilizar utensílios descartáveis.

Nesse quesito, o programa Alimente-se Bem, do Sesi-SP, há mais de duas décadas se posiciona como agente de transformação e oferece ferramentas de apoio, por meio de cursos e conteúdos que trabalham a conscientização para práticas sustentáveis e saudáveis.

O site também conta com mais de 500 receitas publicadas que ensinam a utilização do alimento em sua totalidade.

Por isso, convidamos vocês nutricionistas para ajudar a mudar o cenário do Brasil com a adoção de condutas sustentáveis!

Equipe Alimente-se Bem, do Sesi-SP