Alimentação decolonial e insegurança alimentar: como interferiram até os dias de hoje

Editoria: Alimentação Saudável

Para relembrar a luta do movimento negro pelo fim da opressão causada pela escravidão, hoje, 20 de novembro, é o celebrado o Dia da Consciência Negra.  Pensando nisso, o Alimente-se Bem vai abordar sobre a alimentação decolonial, na qual valoriza os alimentos provenientes do local, o conhecimento e as técnicas de preparo utilizadas. No Brasil, …

Para relembrar a luta do movimento negro pelo fim da opressão causada pela escravidão, hoje, 20 de novembro, é o celebrado o Dia da Consciência Negra

Pensando nisso, o Alimente-se Bem vai abordar sobre a alimentação decolonial, na qual valoriza os alimentos provenientes do local, o conhecimento e as técnicas de preparo utilizadas.

No Brasil, durante a colonização, a cultura alimentar indígena e africana sofreu interferência, e com o passar do tempo surgiu o conceito decoloniedade, definido por alguns pensadores, com o propósito de resgatar os costumes dos povos originários.

Resgate da culinária africana

Daí nasce o termo alimentação decolonial, como resultado dessa busca de estabelecer um sistema alimentar que valorize os saberes e ingredientes locais.

Para contribuir com isso, uma sugestão é pesquisar os alimentos típicos da sua região, como as Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs), e o Alimente-se Bem separou duas receitas exclusivas: Omelete de peixinho e Semente de jaca ao vinagrete.

Insegurança alimentar 

Segundo dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), em 2023, há 735 milhões de pessoas no mundo passando fome e 2,3 bilhões em algum nível de insegurança alimentar. Já no Brasil, os dados apontam para 70,3 milhões de pessoas em insegurança alimentar. 

Esse cenário chama atenção para o conceito de segurança alimentar, criado pela FAO, em 1945, no contexto de fome vivenciada após a Segunda Guerra Mundial. 

O propósito é garantir, por meio de políticas públicas, o acesso físico e econômico, de forma permanente, a todos as pessoas, a alimentos emquantidade e qualidade suficientes para suprir as demandas nutricionais.

Se esse conceito foi criado em 1945, por que a fome ainda é um problema atual?

Cultivo de hortaliças de pequeno produtor

A garantia ao acesso à alimentação não é uma tarefa fácil, pois a insegurança alimentar no Brasil é um problema multifatorial

Não é possível afirmar que para acabar com a fome no mundo, basta produzir mais alimentos. Um caminho é, produzir e distribuir alimentos, de forma justa e sustentável, que estejam alinhadas com a cultura do país.

Com isso, é necessário considerar fatores como cultura, economia, sociedade e relações de poder

  1. Relações de poder 

Alimentação e relação de poder se vinculam à medida que os produtores rurais decidem quais alimentos e de que forma serão produzidos. 

E, essa relação com a terra não é de hoje, ela provém do período colonial, na qual as culturas mais produzidas no Brasil eram de cana-de-açúcar e pau brasil.

  1. Sociedade, cultura e sustentabilidade 

Com a chegada dos portugueses, o alimento começou a ser comercializado e produzido em larga escala para exportação.

Desta forma, eles tomaram o espaço da terra habitada pelos indígenas, africanos e quilombolas, bem como desconsideraram o conhecimento da produção de alimentos e as formas de preparo e de consumo.

Nesse cenário, surge o conceito de soberania alimentar como uma ampliação da segurança alimentar, e o alimento passa a ser um direito e não um meio de sobrevivência

Além disso, a soberania alimentar prioriza a produção de alimentos a partir de técnicas sustentáveis.  

Pilares da soberania alimentar

De acordo com o Fórum Mundial pela Soberania Alimentar, em 2007, há seis princípios do conceito: 

  1. Priorizar os alimentos para os povos;
  2. Valorizar os que promovem alimentos;
  3. Desenvolver conhecimentos e habilidades para trabalhar com a natureza;
  4. Localizar os sistemas alimentares;
  5. Promover o controle local.

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Alimentos funcionais ajudam na prevenção do câncer

Editoria: Alimentação Saudável

Em 27 de novembro é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Câncer. A data tem o objetivo de ampliar o conhecimento da população brasileira sobre a doença e as formas de prevenção.  De acordo com a ONU, em 2018, o câncer foi a segunda doença que mais causou mortes no mundo, com cerca de …

Em 27 de novembro é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Câncer. A data tem o objetivo de ampliar o conhecimento da população brasileira sobre a doença e as formas de prevenção

De acordo com a ONU, em 2018, o câncer foi a segunda doença que mais causou mortes no mundo, com cerca de 9,6 milhões de óbitos por ano, o que representa uma em cada seis mortes.

Entre os homens, os tipos mais comuns de câncer são de pulmão, próstata, colorretal, estômago e fígado, enquanto nas mulheres são o câncer de mama, colorretal, pulmão, cervical e tireoide.

O que é o câncer 

É o crescimento desordenado de células agressivas que invadem os tecidos e os órgãos, e podem formar tumores e se espalhar para outras regiões do corpo.

O câncer não possui apenas uma causa, pois há fatores internos, relacionados ao organismo e a genética, e diversas causas externas presentes no ambiente.

Entre 80% e 90% dos casos estão associados a essas circunstâncias externas, como a condição da água, da terra e do ar; o tipo do local de trabalho; os medicamentos utilizados; a alimentação; os hábitos e o estilo de vida, dos quais são potenciais fatores de risco. 

Prevenção

Frutas fazem parte dos alimentos funcionais

Parar de fumar, evitar o sedentarismo e modificar hábitos alimentares podem reduzir em um terço das mortes por câncer. 

Uma alimentação inadequada provoca alterações de funcionalidade das células, no sistema imunológico e nos hormônios, e aumento de peso.

Por isso é importante o consumo frutas, legumes, verduras, cereais integrais, feijões e outras leguminosas, e evitar os produtos ultraprocessados.

O que são alimentos funcionais?

Uma boa alimentação contribui na prevenção do câncer

Esses alimentos proporcionam diversos benefícios à saúde, além de possuir funções nutricionais básicas, como reduzir o risco e contribuir na prevenção de doenças crônicas, tipo câncer, diabetes, entre outras. 

Para ser considerado um alimento funcional, ele deve ter a aprovação da Anvisa e a demonstração de eficácia comprovada por evidências científicas.

Abaixo, veja alguns compostos funcionais e para que servem: 

ProbióticosMicroorganismos vivos que contribuem no desenvolvimento da flora intestinal.
PrébióticosFibras alimentares que ajudam a regular as funções gastrointestinais.
Ácidos graxosÔmega 3 e Ômega 6 são substâncias com propriedades terapêuticas, como anti-inflamatória e anticoagulante, e auxiliam na redução do colesterol.
LicopenoCarotenóides que possuem efeitos antioxidantes, anti-inflamatórios e quimioterapêuticos encontrados, principalmente, no tomate.
IsoflavonasFitoestrógenos que se concentram nas leguminosas, como a soja.
CatequinasSubstâncias que diminuem o risco de câncer e estão presentes em alimentos, como uva, morango, vinho tinto, chá verde e cacau.
Ácido fenólicoComposto orgânico encontrado em alimentos, como morango, frutas cítricas, salsa, tomate e agrião.
GlicosinolatosSubstâncias que ajudam a reduzir os riscos de câncer de mama e bexiga, e são encontradas no brócolis, na couve-flor, no repolho, no rabanete, no palmito e nas alcaparras.
Carotenóides Responsáveis pela coloração vermelha, laranja e amarela dos alimentos, e possuem função antioxidante.
FitoesteróisAção de prevenção contra o câncer em que a soja é uma boa fonte.
FlavonóidesCom atividade anti-inflamatória, eles são encontrados na polpa de frutas cítricas, como damasco, cereja e uva, e nos vegetais, como brócolis, couve, tomate e berinjela, entre outros.
Resveratrol Composto encontrado nas cascas de uvas vermelhas e roxas, amora, framboesa e no amendoim.

E-book Alimentos Funcionais 

E-book gratuito Alimentos Funcionais

O consumo desses alimentos, para a prevenção do câncer, só funciona quando faz parte de uma alimentação adequada e saudável.  

De acordo com a OMS, a população deve consumir no mínimo 400 gramas ou cinco porções por dia de frutas e hortaliças, como fator essencial na prevenção de doenças.

Para incluir esses alimentos na rotina de forma equilibrada, saborosa e econômica, o Alimente-se Bem disponibiliza o e-book gratuito Alimentos Funcionais.

A publicação é composta por 24 receitas práticas e saudáveis, e aborda de forma mais aprofundada sobre cada um dos compostos que classificam os alimentos como funcionais. 

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Saúde materna e nutrição no desenvolvimento físico e intelectual da criança

Editoria: Alimentação Saudável

A alimentação é um ponto fundamental do desenvolvimento da criança, mas, segundo dados da UNICEF*, em 2021, 340 milhões de crianças menores de 5 anos sofriam de deficiências de vitaminas e outros nutrientes essenciais para o crescimento.  No Brasil, informações do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional do Ministério da Saúde (SISVAN), apontam que de …

A alimentação é um ponto fundamental do desenvolvimento da criança, mas, segundo dados da UNICEF*, em 2021, 340 milhões de crianças menores de 5 anos sofriam de deficiências de vitaminas e outros nutrientes essenciais para o crescimento

No Brasil, informações do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional do Ministério da Saúde (SISVAN), apontam que de janeiro a outubro de 2021, apenas 26% das crianças, entre 2 e 9 anos, atendidas pelo SUS, realizavam as três refeições básicas do dia: café da manhã, almoço e jantar.  

Já o Ministério da Saúde registrou quase 3 mil internações de bebês, menores de 1 ano, por desnutrição, sequelas da desnutrição e deficiências nutricionais em 2022.

Os dados sinalizam um problema de saúde pública, pois os primeiros mil dias de vida de uma criança é o período de desenvolvimento físico, intelectual, social e emocional que pode trazer impactos na vida adulta.

Com essas faltas nutricionais, durante o crescimento da criança, podem ocorrer problemas na memória, aprendizado e produtividade

Saúde materna 

A gestante deve manter uma boa alimentação para fornecer os nutrientes ao bebê

O artigo “Atuação do pediatra nos primeiros mil dias da criança: a busca pela nutrição e desenvolvimento saudáveis”, publicado pela Sociedade Brasileira de Pediatria, aborda que a nutrição materna está entre os fatores mais importantes para a nutrição infantil.

Durante a gravidez, a mãe fornece os nutrientes essenciais para o desenvolvimento do bebê e, após o nascimento, a alimentação é feita pelo leite materno. Entretanto, o artigo destaca que muitas crianças nascem desnutridas, porque as mães estão desnutridas. 

Nos países de baixa renda, o estado nutricional das mulheres é um problema, pois está associado aos fatores, como: 

  • Acesso limitado a alimentos e serviços de saúde; 
  • Gasto de energia em trabalho físico pesado; 
  • Deficiências nutricionais de gestações frequentes e do aleitamento materno; 
  • Falta de poder da mulher no ambiente familiar.

Por isso, é importante a criação de ações de segurança alimentar, atreladas a políticas públicas, voltadas a essas mulheres.

Nutrição e suplementação 

Durante a gravidez é importante a mãe ter acompanhamento nutricional

Os nutrientes principais a serem suplementados na gestação são o ferro, na forma de sulfato ferroso, e o ácido fólico, que são essenciais para o desenvolvimento muscular e cerebral do bebê em formação, e, posteriormente, para suprir a amamentação

Já a suplementação das crianças, deve ser composta de ferro e vitamina A

No Brasil, há o Programa Nacional de Suplementação de Ferro (PNSF) que faz a suplementação de ferro e ácido fólico aos seguintes grupos:

  • Crianças de 6 a 24 meses;
  • Gestantes em pré-natal;
  • Mulheres no período de pós-parto;
  • Mulheres que passaram por perda gestacional.

Logo, a suplementação de vitamina A é prevista pelo  Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A (PNSVA), e direcionada às crianças de 6 meses a 5 anos de idade

No entanto, a suplementação não substitui uma alimentação adequada e saudável, e é necessário elaboração de políticas públicas que garantam:

  • Acesso à gestante a alimentos de qualidade, diversos e de todos os grupos alimentares;
  • Incentivo ao aleitamento materno até os 6 meses e continuado até 2 anos ou mais; 
  • Conhecimento e apoio para que os cuidadores da criança realizem a introdução alimentar no momento e na forma adequada. 
Vitamina A contribui para o crescimento das crianças

Confira os alimentos fontes de vitamina A:

  • Leite materno;
  • Produtos lácteos (leite, manteiga e queijo);
  • Fígado;
  • Frutas e hortaliças amarelas e alaranjadas (mamão, cenoura e manga);
  • Hortaliças verde-escuras (mostarda, couve e almeirão).

Outro ponto importante, é o aproveitamento integral dos alimentos. Muitas pessoas desconhecem a utilização e os nutrientes contidos em cascas, talos, folhas e sementes de frutas e vegetais, e alguns desses são fontes de carotenóides - substância com capacidade de se transformar em vitamina A no organismo. 

Veja alguns exemplos dessas partes não convencionais:

  • Casca de manga;
  • Semente de melão;
  • Folha de salsão.

Acesse as Receitas do Alimente-se Bem que utilizam essas partes, são nutritivas, saborosas e práticas.

UNICEF* - Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância

Dia Mundial da Alimentação: Fiesp, Sesi-SP e Ciesp lançam o Programa Alimentar o Futuro - Segurança Alimentar e Nutricional na Infância

Editoria: Alimentação Saudável

Em 16 de outubro é comemorado, por mais de 150 países, o Dia Mundial da Alimentação. A data também celebra três anos do portal Alimente-se Bem e, além dessas comemorações, a Fiesp, o Sesi-SP e o Ciesp anunciam o Programa Alimentar o Futuro.  A data foi instituída, em 1945, pela Organização das Nações Unidas para …

Em 16 de outubro é comemorado, por mais de 150 países, o Dia Mundial da Alimentação. A data também celebra três anos do portal Alimente-se Bem e, além dessas comemorações, a Fiesp, o Sesi-SP e o Ciesp anunciam o Programa Alimentar o Futuro

A data foi instituída, em 1945, pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), para que sejam criadas políticas públicas que garantam segurança alimentar e nutricional a todos.

No entanto, estima-se que 33 milhões de pessoas convivem com insegurança alimentar (IA) grave no Brasil, segundo dados da Rede PESSAN, 2022*. Já no Estado de São Paulo, cerca de 1/3 das famílias com crianças menores de 10 anos de idade enfrentam essa condição.  

A IA vivenciada na primeira infância traz dificuldades no desenvolvimento físico, intelectual, social e emocional da criança, e pode gerar impactos na vida adulta.

Parceria Consocial

Alimentação adequada e saudável às crianças

Diante desse cenário, o Conselho Superior de Responsabilidade Social (Consocial) da Fiesp, em parceria com o Ciesp e o Programa Alimente-se Bem, do Sesi-SP, lançam, em 16 de outubro, o Programa Alimentar o Futuro - Segurança Alimentar e Nutricional na Infância.

O programa tem como objetivo promover segurança alimentar e nutricional das crianças de zero a 10 anos, do Estado de São Paulo, a fim de fortalecer o direito à alimentação adequada e saudável.

O programa Alimentar o Futuro tem como estratégias:

1. Estímulo à oferta de uma alimentação escolar adequada e saudável nas creches, escolas de educação infantil e de ensino fundamental, para que atenda aos requisitos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), por meio da formação e apoio técnico as nutricionistas das Secretarias Municipais de Educação;

Acompanhamento da alimentação das crianças em casa

2. Realização de atividades de formação com os agentes do Programa Saúde da Família (PSF) para que acompanhe a Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) infantil nos domicílios e junto aos profissionais da rede socioassistencial;

3. Fortalecimento das políticas municipais de SAN na infância e apoio aos respectivos Conselhos Municipais de SAN;

4. Lançamento de um observatório de SAN da infância no Estado de São Paulo;

5. Incentivo a participação ativa das empresas associadas ao Ciesp, com a temática, para que se engajem localmente.

O Alimente-se Bem apoiará esta iniciativa com ações formativas e informativas.

Juntos no combate à insegurança alimentar e nutricional! 

*II VIGISAN Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia de Covid-19 no Brasil, 2022. (Tabela 6 e Tabela 10). 

Alimentação na infância: aleitamento materno e introdução alimentar

Editoria: Alimentação Saudável

No Brasil, o Dia das Crianças é comemorado em 12 de outubro. A data chama atenção aos direitos das crianças e adolescentes para conscientizar sobre os cuidados necessários durante esta fase da vida. Pensando desde a gestação até o segundo ano de vida do bebê, que compreende os primeiros mil dias, a criança está em crescimento …

No Brasil, o Dia das Crianças é comemorado em 12 de outubro. A data chama atenção aos direitos das crianças e adolescentes para conscientizar sobre os cuidados necessários durante esta fase da vida.

Pensando desde a gestação até o segundo ano de vida do bebê, que compreende os primeiros mil dias, a criança está em crescimento e desenvolvimento, e exposta aos fatores externos, como: alimentação, acesso à saúde, condições de moradia, entre outros.

A forma como a mãe ou o responsável cuida da criança, tanto fisicamente como psicologicamente, é fundamental para o desenvolvimento.

Portanto, nos primeiros mil dias de vida, a alimentação é um fator relevante, pois fornece nutrientes e permite que o corpo se movimente, cresça e explore novos lugares. 

Para ajudar, confira as recomendações do Guia Alimentar para crianças brasileiras menores de dois anos 

Aleitamento materno 

O leite materno é o alimento mais importante do bebê

O leite materno é o alimento mais completo que uma criança pode receber, pois nutre o corpo e mata a sede. Dessa forma, o Guia recomenda o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida e continuado até dois anos ou mais.

Conheça alguns benefícios do leite materno:

  • Favorece à saúde e o desenvolvimento da criança;
  • Ajuda na saúde da mãe;
  • É econômico;
  • É sustentável;
  • Cria vínculos afetivos.

Durante os seis primeiros meses, não é necessário o consumo de qualquer outro tipo de líquido (exemplos: água, chá ou suco) que não seja o leite materno

Em dias mais quentes, o bebê pode procurar o leite materno com maior frequência para saciar a sede

Introdução alimentar

Ofereça alimentos in natura às crianças

Quando a criança completa seis meses, é recomendado procurar um nutricionista ou pediatra para iniciar a introdução alimentar

No primeiro contato da criança com o alimento, é importante pensar nos tipos e nas formas em que eles serão apresentados, pois isso influencia na construção de hábitos alimentares e memórias gustativas que acompanharão até a vida adulta.  

Pensando nisso, o Guia recomenda:

  • Alimentação composta por produtos in natura, como: frutas, verduras e legumes;
  • A comida pode ser temperada com ingredientes naturais, como alho e cebola, e a quantidade de sal utilizada deve ser a menor possível;
  • Água para hidratação;
  • Consumo de frutas ao invés de sucos;
  • Não oferecer açúcar, inclusive os advindos de produtos industrializados.

Em relação a consistência dos alimentos, é indicado que seja oferecido amassado e separado de outros alimentos. 

Outro ponto, é evitar colocar os alimentos em liquidificadores, mixer ou peneiras, para que a criança sinta o real sabor de cada alimento. 

Com o passar dos meses, pode acrescentar pedaços dos alimentos aos pratos, a fim de estimular a mastigação da criança

Alimentação na primeira infância e segurança alimentar

No país 1 em cada 3 famílias convivem com insegurança alimentar

O direito de acesso à alimentação adequada, prevista no artigo 6° da Constituição Federal, é violado quando uma criança e sua rede de apoio estão em situação de insegurança alimentar (IA), o que prejudica a saúde e o desenvolvimento. 

No Brasil, em 2022, 1 em cada 3 moradias com crianças enfrenta algum grau de IA, segundo dados da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal.

Em 2019, a IA foi a realidade de 1,060 milhões de domicílios com crianças até 10 anos, no Estado de São Paulo, sendo ⅓ das casas apresentaram grau moderado ou grave (Rede PENSSAN*).

Diante desse cenário, o Alimente-se Bem oferece conteúdos gratuitos sobre aproveitamento integral dos alimentos e orienta à população como utilizar partes não convencionais e sobras, que seriam descartadas, em receitas saborosas, nutritivas e práticas.

Além disso, o programa disponibiliza dois e-books voltados às crianças com preparações de café da manhã, lanches, almoço e jantar.

Faça o download gratuito

Brincando com os sabores: café da manhã e lanches (volume I)

Brincando com os sabores: almoço e jantar (volume II)

*Rede PENSSAN - Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional 

Dia da Amazônia: alimentos, receitas, biodiversidade e preservação

Editoria: Alimentação Saudável

Considerado o maior patrimônio natural da humanidade e bioma do Brasil, a floresta Amazônica possui mais de 4 milhões de km², segundo o IBGE em 2004, e se espalha por nove estados e 125 unidades de conservação federal.  Para celebrar essa imensidão, em 5 de setembro é comemorado o Dia da Amazônia, como uma forma …

Considerado o maior patrimônio natural da humanidade e bioma do Brasil, a floresta Amazônica possui mais de 4 milhões de km², segundo o IBGE em 2004, e se espalha por nove estados e 125 unidades de conservação federal. 

Para celebrar essa imensidão, em 5 de setembro é comemorado o Dia da Amazônia, como uma forma de homenagear a data em que foi criada a Província do Amazonas, em 1850, por Dom Pedro II.

Zona ribeirinha do rio Xingu na floresta Amazônica

A grandiosidade da floresta também se reflete na hidrografia, pois é a maior bacia do mundo, com cerca de 6 milhões de km² e contando com 1.100 mil afluentes. 

O principal rio da região, o Amazonas, cruza a floresta e deságua no Oceano Atlântico lançando 175 milhões de litros de água por segundo.

Dentro desse vasto território, há aproximadamente 2,5 mil espécies de árvores e 30 mil espécies de plantas, totalizando 100 mil na América do Sul

Diversidade de alimentos 

O guaraná é um fruto nativo da Amazônia

A Amazônia abriga uma grande quantidade de frutos nativos que possuem sabor, aroma, textura e utilidade culinária distintas. São eles: açaí, guaraná, cupuaçu, buriti, camu-camu, tucumã, bacuri e mangaba, entre outros.

Essas plantas são comercialmente exploradas por comunidades locais e os extratos usados na fabricação de cosméticos, a fim de agregar valor aos produtos e incentivar a preservação da floresta. 

No caso do açaí, cupuaçu e castanha-do-Pará possuem alto potencial econômico e se popularizaram no mercado interno e externo.

No Norte e Nordeste do Brasil, o açaí é consumido acompanhado de farinha de tapioca, peixes e camarão, ou em forma de suco e vinho. 

Já nas demais regiões, a polpa é utilizada para produção de sorvetes, vitaminas e diversas misturas geladas, com a inclusão de outras frutas. 

Receitas 

O cupuaçu também é utilizado na fabricação de cosméticos

Para isso, o Alimente-se Bem desenvolveu duas receitas feitas com aproveitamento integral de frutas: Petit gateau de açaí preparado com raspas de limão e Mousse de açaí com cascas de maracujá.

Outro fruto que se difundiu no país foi o cupuaçu, com um cheiro forte e doce, casca castanho-escuro, polpa branca e ácida, e muitas sementes, ele é adicionado em sucos, sorvetes, cremes, balas, bolos e tortas, e a gordura é utilizada na indústria de cosméticos.

No Amazonas, alimentos como pimentas, mandioca, tucumã, jambu e banana da terra repletem sabor, aroma e expressão cultural nos pratos: 

- Tacacá, Bolinho de pirarucu, Costela de tambaqui na brasa, Pato no tucupi, Tapioca, Açaí com tapioca, X-Caboquinho, Sorvete de tucumã, Vatapá e Baião de dois.

Esses alimentos ajudam a compor os 44% das 500 espécies de frutas nativas do Brasil.

Fauna

A onça-pintada é encontrada em alguns biomas do Brasil, inclusive na Amazônia

Além da riqueza de toda essa flora, a fauna ganha destaque com aproximadamente 30 milhões de espécies animais e algumas ainda são desconhecidas pela humanidade. 

As principais são: onça-pintada, lobo-guará, anta, capivara, jacaré, tartaruga, tatu macaco, peixe-boi, papagaio, arara, tucano, sucuri e jararaca. 

Amazônia Legal

Com o objetivo de desenvolvimento econômico e social, das regiões onde se concentra o bioma, foi lançada a Amazônia Legal. O conceito, criado pelo governo do Brasil, corresponde à área de nove estados do Brasil.

De acordo com os dados da Fundação Nacional da Saúde (Funasa), essas regiões abrigam cerca de 22 milhões de pessoas, sendo 250 mil indígenas.

A área ocupada pela Amazônia Legal é de aproximadamente 5.217.423 km², contando com a Amazônia e partes do Cerrado e do Pantanal.

Com história, biodiversidade, cultura e prosperidade econômica, a Amazônia deve ser preservada e valorizada, e os recursos naturais explorados de forma sustentável, para garantir que as riquezas continuem a nutrir a região, o Brasil e o mundo.

A Sindemia Global e o papel do nutricionista

Editoria: Alimentação Saudável

Hoje, 31 de agosto, é comemorado o Dia do Nutricionista. Durante a carreira, o profissional pode atuar em Nutrição Clínica; Alimentação Coletiva; Nutrição em Esportes; Saúde Coletiva; Nutrição na Indústria; e Ensino e Pesquisa, conforme consta na Resolução n° 600 de 2018 do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN). Dentro dessas áreas e no trabalho do dia a dia, o …

Hoje, 31 de agosto, é comemorado o Dia do Nutricionista. Durante a carreira, o profissional pode atuar em Nutrição Clínica; Alimentação Coletiva; Nutrição em Esportes; Saúde Coletiva; Nutrição na Indústria; e Ensino e Pesquisa, conforme consta na Resolução n° 600 de 2018 do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN).

Dentro dessas áreas e no trabalho do dia a dia, o nutricionista pode ter um olhar para a sindemia global.

O conceito foi apresentado, em 2019, pela publicação The Lancet, e refere-se às interações entre as mudanças climáticas e as pandemias da desnutrição e da obesidade.

Para entendermos o impacto dessa junção na qualidade de vida, é necessário analisar primeiro o cenário no qual o Brasil está inserido.

De acordo com os dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), 70,3 milhões de pessoas estavam em situação de insegurança alimentar moderada ou grave, em 2020.

Isso significa que esses brasileiros, incluindo crianças, apresentaram queda na qualidade e na quantidade da alimentação, bem como não sabiam se teriam todas as refeições do dia.

Por outro lado, os dados publicados pela FAO, em 2021, indicam que o Brasil é o terceiro maior produtor de alimentos do mundo, mas, também, é um dos países que mais desperdiça.

Perdas e desperdícios de alimentos

Durante a colheita há perdas de alimentos

Ao longo de toda a cadeia alimentar, há as perdas desde a colheita até as centrais de abastecimentos. Já o desperdício ocorre nos supermercados, serviços de alimentação e em casa.

Isso acontece devido aos fatores, como: pouca tecnologia e incentivo ao produtor rural, e falta de conhecimento tanto do produtor quanto do consumidor.

Assim, cerca de 27 milhões de toneladas de alimentos são descartados por ano, sendo que 80% decorrem das etapas de colheita, manuseio, transporte e centrais de abastecimento, segundo dados da FAO de 2022.

Nessa perda, o arroz e o feijão correspondem a 38% de toda a comida desperdiçada no país. (EMBRAPA, 2018).

Já em São Paulo, as feiras livres geram um impacto de 33 mil toneladas de resíduos considerando frutas, legumes e verduras (USP, 2017). 

Mudanças climáticas, desnutrição e obesidade

As mudanças climáticas impactam na alimentação

Com esse panorama, é possível afirmar que o Brasil produz mais do que consome e isso acarreta grande sobrecarga ao meio ambiente, conforme os dados abaixo das feiras livres em São Paulo:

  • Geração de emissão de mais de 66 mil toneladas de dióxido de carbono (CO2) no ar, por ano, resultante  da  decomposição da  matéria orgânica e da queima de combustíveis para o  transporte  ao longo da cadeia de comercialização;
  • Anualmente, também são utilizados 994 metros cúbicos de água para o cultivo de frutas e vegetais folhosos.

Esses fatores são apenas alguns exemplos relacionados às mudanças climáticas, como secas e inundações, e afeta o cultivo de alimentos, pois a produção diminui, o preço aumenta e o acesso à comida de verdade reduz.

Em contrapartida, cresce a oferta de alimentos processados e ultraprocessados que, geralmente, são mais baratos e, a falta de tempo e planejamento de muitas famílias, contribuem para a busca desses alimentos que são considerados práticos.

Porém, muitos desses produtos são ricos em gorduras, açúcar, sal e conservantes. Logo, o consumo e o ambiente alimentar no qual estamos inseridos favorecem o crescimento das pandemias de desnutrição e obesidade.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a estimativa é que em 2025, 2,3 milhões de adultos ao redor do mundo estejam acima do peso, sendo 700 milhões de pessoas obesas.

No Brasil, a Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) aponta que a obesidade aumentou 72% nos últimos 13 anos.

Com o passar do tempo, essas questões causam grande impacto na saúde, devido ao aparecimento de doenças, como diabetes, hipertensão, entre outras.

O trabalho do nutricionista

O nutricionista pode ajudar o paciente a fazer escolhas alimentares dentro da sua realidade

Diante do cenário, existe uma urgência em construir sistemas alimentares mais saudáveis e sustentáveis, e o papel do nutricionista vai além da entrega de um plano alimentar individualizado.

As ações em sinergia com outros agentes e o envolvimento na elaboração de políticas públicas são alguns caminhos.

Outras ações que podem contribuir são:

  • O incentivo a dietas sustentáveis que beneficiam o meio ambiente e à saúde;
  • Trabalhar a autonomia do paciente por meio da educação alimentar e nutricional, de modo que ele exercite a consciência crítica e saiba fazer as melhores escolhas alimentares dentro da sua realidade;
  • O apoio a amamentação, e a orientação de técnicas culinárias, de higienização e armazenamento dos alimentos;
  • No campo da alimentação coletiva, incentivar ações que aproveitem integralmente o alimento, a fim de evitar o desperdício de partes nutritivas, como cascas, talos, folhas e sementes; conscientizar o consumidor para a redução do descarte de alimentos; e a adoção de práticas sustentáveis na cozinha, como não utilizar utensílios descartáveis.

Nesse quesito, o programa Alimente-se Bem, do Sesi-SP, há mais de duas décadas se posiciona como agente de transformação e oferece ferramentas de apoio, por meio de cursos e conteúdos que trabalham a conscientização para práticas sustentáveis e saudáveis.

O site também conta com mais de 500 receitas publicadas que ensinam a utilização do alimento em sua totalidade.

Por isso, convidamos vocês nutricionistas para ajudar a mudar o cenário do Brasil com a adoção de condutas sustentáveis!

Equipe Alimente-se Bem, do Sesi-SP

Segurança dos alimentos x Segurança alimentar: conheça as diferenças

Editoria: Alimentação Saudável

Quando falamos sobre segurança dos alimentos e segurança alimentar os conceitos parecem sinônimos, mas apesar de semelhantes, eles possuem significados diferentes. Entenda a seguir. Segurança dos alimentos  O termo vem do inglês “Food Safety” e abrange as práticas de manipulação da cadeia de produção, que vão desde a colheita até o consumo, a fim de …

Quando falamos sobre segurança dos alimentos e segurança alimentar os conceitos parecem sinônimos, mas apesar de semelhantes, eles possuem significados diferentes. Entenda a seguir.

Segurança dos alimentos 

Uma das etapas da cadeia de produção é a colheita

O termo vem do inglês “Food Safety” e abrange as práticas de manipulação da cadeia de produção, que vão desde a colheita até o consumo, a fim de garantir a qualidade do alimento.

Para não causar problemas à saúde, essa qualidade requer que o alimento esteja saudável para consumo e, consequentemente, livre de contaminantes, como: 

  • Químicos: resíduos de agrotóxicos e metais pesados; 
  • Biológicos: microrganismos;
  • Físicos: partes de pedras, insetos e outros materiais. 

Segurança alimentar 

A segurança alimentar é um direito de todos

No Brasil, o termo começou a ser utilizado na época colonial e, na Europa, durante a I Guerra Mundial (1914 -1918). Nestes períodos, o conceito representava a capacidade dos países produzirem a própria alimentação.

Com o passar dos anos, a expressão, que possui origem do inglês “Food Security”, foi modificada, devido às características sociais, econômicas e culturais de cada nação.

Atualmente, a segurança alimentar é um direito humano e refere-se à garantia ao acesso constante a uma alimentação adequada, que atenda às necessidades nutricionais nos ciclos de vida das pessoas, por meio da implantação de políticas públicas.

É importante que esse acesso não comprometa o alcance de outros recursos essenciais, como moradia e saúde.

Segundo a Escala Brasileira de Medida Domiciliar de Insegurança Alimentar (Ebia), os domicílios são classificados a partir dos níveis de segurança alimentar

A criação de políticas públicas facilita o acesso aos alimentos
  1. Segurança alimentar: os moradores do domicílio têm acesso regular e permanente a alimentos de qualidade e em quantidade suficiente;
  1. Insegurança alimentar leve: os moradores não priorizam a qualidade para poder manter a quantidade;
  1. Insegurança alimentar moderada: a família não tem acesso à qualidade e à quantidade de alimentos;
  1. Insegurança alimentar grave: o padrão alimentar de todos os membros da família é alterado. Neste grau está presente a fome.

A escala é fundamental para se obter um parâmetro da situação nutricional no Brasil, a fim de ajudar a criar políticas públicas e outras ações estratégicas na solução de problemas relacionados à insegurança alimentar

Os principais fatores da falta de acesso a uma alimentação saudável são:

  • O nível de renda do país;
  • A incidência da pobreza;
  • O grau de desigualdade.

Contudo, o aumento dos preços dos alimentos também dificulta o acesso a uma boa alimentação.

Insegurança alimentar no Brasil 

De acordo com os dados publicados pelo 2° Inquérito sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia de Covid-19 (VIGISAN), em 2022, o número de pessoas em insegurança grave quase duplicou em menos de dois anos.  

Isso significa que somente 4 entre 10 famílias brasileiras têm acesso pleno à alimentação. 

A situação dos lares liderados por mulheres é ainda mais preocupante, pois 6, em cada 10 casas, convivem com insegurança alimentar. 

Qual a relação entre os conceitos?

A qualidade dos alimentos inicia no plantio

A segurança alimentar preza para que todos tenham acesso ao alimento, mas não apenas a compra, pois o processo é mais amplo.

Neste sentido, é considerada a trajetória que o alimento percorre até chegar à mesa do consumidor: produção, distribuição, aquisição e utilização

Todas essas etapas possuem impacto no preço final, na qualidade e na quantidade de alimento que chegará na casa dos brasileiros. 

Já a segurança dos alimentos integra um dos pilares para garantir a segurança alimentar, no quesito qualidade, durante o ciclo produtivo, como:  

  • A quantidade de agrotóxicos utilizados no cultivo dos alimentos é segura à saúde humana? 
  • A água usada para higienizar os alimentos pode causar contaminação? 
  • As pessoas possuem informações sobre o armazenamento adequado

Alimente-se Bem 

Em 10 episódios, a série Alimente-se aborda sobre segurança alimentar

Para ajudar o consumidor na etapa final do ciclo do alimento, o programa Alimente-se, em parceria com o Canal Futura, produziu a 3° temporada da série Alimente-se Bem sobre segurança alimentar que está disponível no Globoplay e leia mais:

Como planejar a compra dos alimentos da sua casa

Higienização dos alimentos

Métodos de conservação das partes não convencionais dos alimentos 

Receitas saborosas e econômicas

Dia Mundial do Meio Ambiente: alimentos dos biomas do Brasil, receitas e hábitos sustentáveis

Editoria: Alimentação Saudável

Para conscientizar e levar a reflexão dos governos mundiais e da população sobre a necessidade de implantar ações, a fim de evitar o desmatamento e recuperar os biomas que foram degradados, em 1972, a Organização das Nações Unidas (ONU), instituiu, em 5 de junho, o Dia Mundial do Meio Ambiente. Alimentos dos biomas  O Brasil …

Para conscientizar e levar a reflexão dos governos mundiais e da população sobre a necessidade de implantar ações, a fim de evitar o desmatamento e recuperar os biomas que foram degradados, em 1972, a Organização das Nações Unidas (ONU), instituiu, em 5 de junho, o Dia Mundial do Meio Ambiente.

Alimentos dos biomas 

O Brasil é formado por seis biomas: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal. Cada um deles abriga diferentes tipos de fauna e flora.

As inúmeras espécies de animais e plantas existem, pois, um dos fatores, é que o país possui as maiores reservas de água doce do planeta, como a bacia hidrográfica amazônica, formada pelo Rio Amazonas e seus afluentes. 

Em São Paulo, há os biomas da Mata Atlântica e do Cerrado, e muitos alimentos provêm deles.

Pequi ajuda na imunidade e a diminuir os níveis de colesterol ruim

Por exemplo, a Mata Atlântica produz 50% dos alimentos consumidos pelos brasileiros, como: maçã; banana; jabuticaba; pinhão; feijão preto; café conilon; entre outros.

No entanto, neste bioma, há alimentos menos conhecidos, como: cambuci; uvaia; palmito jussara; taioba; grumixama; ora-pro-nobis e beldroega.

Já no Cerrado, é possível encontrar alimentos como: cajuzinho-do-cerrado; pequi; araticum; murici; baru; buriti; babaçu; bacuri; gabiroba; cagaita; mangaba; puçá; araçá; jatobá; chichá e pitomba.

Receitas 

Para utilizar os alimentos típicos desses biomas nas preparações culinárias, o Alimente-se Bem sugere quatro receitas:

Arroz com pequi

Carne oriental com ora-pro-nobis

Salada de pinhão

Manjar de jabuticaba

Mata Atlântica e dicas de preservação ambiental 

Um dos biomas com maior quantidade de seres vivos diferentes do planeta e, ao mesmo tempo, um dos mais ameaçados pela ação humana, com apenas 8% da cobertura original, é a Mata Atlântica.

Fauna e flora dos biomas brasileiros

A situação exploratória ocorre há alguns séculos, desde a extração da madeira Pau Brasil, para a exportação, na época em que o país era colônia de Portugal. 

Atualmente, a região é utilizada para atividades de agricultura e pecuária, que causam impactos na preservação da natureza.

Com o objetivo de criar hábitos mais sustentáveis, para minimizar os problemas ambientais e ajudar na sobrevivência de muitas espécies, o Alimente-se Bem separou algumas dicas

  • Recicle os resíduos por meio do serviço de coleta seletiva;
  • Prefira sacolas retornáveis para reduzir o uso de sacos plásticos;
  • Aproveite a luz natural do dia e economize energia;
  • Consuma verduras, legumes e frutas de pequenos produtores para incentivar a agricultura familiar e as hortas urbanas;
  • Compre somente o necessário e adquira produtos de empresas com responsabilidade socioambiental;
  • Não desperdice alimentos.

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Dia Internacional do Chá: conheça os tipos, benefícios à saúde e dicas de preparo

Editoria: Alimentação Saudável

O chá é originário da China e, depois da água, é a segunda bebida mais consumida e a mais antiga do mundo. Em 2019, a Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO) instituiu, em 21 de maio, o Dia Internacional do Chá e, segundo a Euromonitor International, o Brasil está em 88° lugar no ranking …

O chá é originário da China e, depois da água, é a segunda bebida mais consumida e a mais antiga do mundo.

Em 2019, a Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO) instituiu, em 21 de maio, o Dia Internacional do Chá e, segundo a Euromonitor International, o Brasil está em 88° lugar no ranking de maiores consumidores de chá. 

O hábito de tomar chá, ao menos uma vez ao dia, não se limita apenas ao sabor agradável e a sensação acolhedora que alguns sabores podem produzir, mas também pelas propriedades medicinais que favorecem à saúde

Entretanto, por ser uma característica cultural marcante e que reúne pessoas, o consumo não deve ser feito em excesso, pois podem causar intoxicação no fígado e rins. 

No caso de gestantes, pessoas com doenças cardiovasculares, como hipertensão, problemas de gastrite, úlceras e transtorno de ansiedade, é importante consultar o médico.

Benefícios à saúde 

Os chás promovem diversas vantagens ao organismo

Muitas substâncias presentes nos chás, como por exemplo no chá branco, contêm funções antioxidantes, que preservam o corpo do envelhecimento celular, e o surgimento de câncer.

Já outros chás, como de boldo, hortelã e erva doce possuem funções digestivas; o de erva cidreira é calmante; e os chás escuros, como mate, chá preto e chá verde são estimulantes.

Veja a seguir algumas informações de consumo:

Chá Informações 
Erva MateEstimulante físico e mental, acelera o ritmo cardíaco e favorece a digestão.
CamomilaPossui propriedades calmantes.
Hortelã / MentaAlivia náuseas, enjoos matinais e gases intestinais, e ajuda a digestão.
Erva doceEstimula o apetite, auxilia a digestão e é expectorante.
Erva cidreiraÉ calmante, combate gases intestinais e dores musculares, regula a menstruação e ajuda em caso de cólicas menstruais.
Chá verdeCombate o envelhecimento precoce das células e possui ação anti-inflamatória.
BoldoFacilita a digestão de gorduras, combate dores estomacais e desconforto causado por gases, diarreias e males do fígado.
Casca de laranjaAumenta a imunidade, possui propriedades diurética e anti-inflamatória, é rica em potássio, e previne gripes e resfriados.

Para aproveitar os alimentos de forma integral e preparar um chá com as cascas de laranja e outras cascas de frutas, o Alimente-se Bem indica a receita Chá de frutas

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