Alimentação na infância: aleitamento materno e introdução alimentar
No Brasil, o Dia das Crianças é comemorado em 12 de outubro. A data chama atenção aos direitos das crianças e adolescentes para conscientizar sobre os cuidados necessários durante esta fase da vida.
Pensando desde a gestação até o segundo ano de vida do bebê, que compreende os primeiros mil dias, a criança está em crescimento e desenvolvimento, e exposta aos fatores externos, como: alimentação, acesso à saúde, condições de moradia, entre outros.
A forma como a mãe ou o responsável cuida da criança, tanto fisicamente como psicologicamente, é fundamental para o desenvolvimento.
Portanto, nos primeiros mil dias de vida, a alimentação é um fator relevante, pois fornece nutrientes e permite que o corpo se movimente, cresça e explore novos lugares.
Para ajudar, confira as recomendações do Guia Alimentar para crianças brasileiras menores de dois anos
Aleitamento materno
O leite materno é o alimento mais completo que uma criança pode receber, pois nutre o corpo e mata a sede. Dessa forma, o Guia recomenda o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida e continuado até dois anos ou mais.
Conheça alguns benefícios do leite materno:
- Favorece à saúde e o desenvolvimento da criança;
- Ajuda na saúde da mãe;
- É econômico;
- É sustentável;
- Cria vínculos afetivos.
Durante os seis primeiros meses, não é necessário o consumo de qualquer outro tipo de líquido (exemplos: água, chá ou suco) que não seja o leite materno.
Em dias mais quentes, o bebê pode procurar o leite materno com maior frequência para saciar a sede.
Introdução alimentar
Quando a criança completa seis meses, é recomendado procurar um nutricionista ou pediatra para iniciar a introdução alimentar.
No primeiro contato da criança com o alimento, é importante pensar nos tipos e nas formas em que eles serão apresentados, pois isso influencia na construção de hábitos alimentares e memórias gustativas que acompanharão até a vida adulta.
Pensando nisso, o Guia recomenda:
- Alimentação composta por produtos in natura, como: frutas, verduras e legumes;
- A comida pode ser temperada com ingredientes naturais, como alho e cebola, e a quantidade de sal utilizada deve ser a menor possível;
- Água para hidratação;
- Consumo de frutas ao invés de sucos;
- Não oferecer açúcar, inclusive os advindos de produtos industrializados.
Em relação a consistência dos alimentos, é indicado que seja oferecido amassado e separado de outros alimentos.
Outro ponto, é evitar colocar os alimentos em liquidificadores, mixer ou peneiras, para que a criança sinta o real sabor de cada alimento.
Com o passar dos meses, pode acrescentar pedaços dos alimentos aos pratos, a fim de estimular a mastigação da criança.
Alimentação na primeira infância e segurança alimentar
O direito de acesso à alimentação adequada, prevista no artigo 6° da Constituição Federal, é violado quando uma criança e sua rede de apoio estão em situação de insegurança alimentar (IA), o que prejudica a saúde e o desenvolvimento.
No Brasil, em 2022, 1 em cada 3 moradias com crianças enfrenta algum grau de IA, segundo dados da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal.
Em 2019, a IA foi a realidade de 1,060 milhões de domicílios com crianças até 10 anos, no Estado de São Paulo, sendo ⅓ das casas apresentaram grau moderado ou grave (Rede PENSSAN*).
Diante desse cenário, o Alimente-se Bem oferece conteúdos gratuitos sobre aproveitamento integral dos alimentos e orienta à população como utilizar partes não convencionais e sobras, que seriam descartadas, em receitas saborosas, nutritivas e práticas.
Além disso, o programa disponibiliza dois e-books voltados às crianças com preparações de café da manhã, lanches, almoço e jantar.
Faça o download gratuito:
Brincando com os sabores: café da manhã e lanches (volume I)
Brincando com os sabores: almoço e jantar (volume II)
*Rede PENSSAN - Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional
06/10/2023 09:00