Alergias alimentares: sintomas, tipos de alimentos, cuidados na infância, e receitas sem glúten, ovo, leite e derivados
Após consumir algum alimento, você já sentiu dor de cabeça, dor e desconforto abdominal, vômito, diarreia, coceira ou teve manchas vermelhas pelo corpo?
Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), esses sintomas estão ligados as alergias alimentares, em que o organismo dá uma resposta imunológica exacerbada, depois da ingestão ou contato com algum alimento.
Isso acontece, pois, o corpo identifica o alimento ou alguma substância contida na composição, como um “agente agressor”, e gera uma resposta de autodefesa não desejada, mas que serve como um sinal de alerta.
E, já que hoje, 8 de julho, é o Dia Mundial da Alergia, vamos explicar algumas reações das alergias alimentares.
Sintomas da alergia alimentar
Os sintomas são variados e podem se manifestar desde manchas vermelhas até a um problema cardiovascular. Entre as possíveis reações destacam-se:
- Gastrointestinal: diarreia e vômitos imediatos, ou horas e dias depois da ingestão. Leite e soja são os alimentos mais comum que causam esses sintomas. Em casos mais graves, podem ocorrer diarreia com ou sem sangue, refluxo intenso, perda de peso e vômitos prolongados;
- Cutânea: manchas vermelhas locais ou espalhadas pelo corpo, inchaço nos olhos, bocas e orelhas, e coceira. No caso de muita coceira, é considerada dermatite atópica, e está associada as alergias nas formas mais graves;
- Respiratória: falta de ar e chiado no peito podem ocorrer logo após o consumo do alimento. As pessoas com asma não controlada são mais suscetíveis a esses sintomas. No entanto, a asma e a rinite, dificilmente, são reações de alergia alimentar, quando não estiver acompanhada de alterações na pele e sintomas gastrintestinais;
- Cardiovascular: pode ocorrer queda de pressão arterial, desmaio ou tontura. Em caso de os lábios ficarem roxo, é caracterizado o choque anafilático, e a forma mais grave da doença.
Crianças possuem mais alergia alimentar do que os adultos?
No contexto mundial, a alergia alimentar é mais comum em crianças, com cerca de 8%, enquanto nos adultos essa taxa representa 2%.
Atualmente, é considerada um problema de saúde pública, por conta do aumento ao redor do mundo e a busca das pessoas, pelos profissionais de saúde, para confirmar o diagnóstico.
Na infância, os alimentos mais responsáveis pelas alergias são: leite de vaca, ovo, trigo e soja. Entretanto, menos de 10% dos casos persistem até a vida adulta.
Já nos adultos, os alimentos mais identificados são: amendoim, castanhas, peixes e frutos do mar.
Alergia alimentar x Introdução alimentar
Durante a primeira infância, a maioria das alergias alimentares é pela dificuldade de comunicação, por isso que a introdução alimentar deve ser feita de maneira adequada.
Um fator preventivo contra o aparecimento desses casos, é o aleitamento humano exclusivo até os seis meses.
Já na impossibilidade de amamentar, o uso de fórmula infantil adequada, para diferentes faixas etárias, também ajuda a proteger.
Na fase da introdução alimentar, os pais ou responsáveis pela criança, não devem restringir alimentos com potencial alergênico, pois entre os 6 e 9 meses, há uma janela imunológica no organismo do bebê.
Esse período indica que ele está mais preparado para receber alimentos, guardar na memória a composição e evitar que o corpo interprete como um agente agressor, em outro momento da vida.
A alergia alimentar é para sempre?
Isso depende do alimento envolvido. Por exemplo: a alergia ao leite, ovo, trigo e soja, na maioria dos casos desaparecem, espontaneamente, até os 20 anos de idade.
Caso continue, a pessoa possui a alergia ao leite, chamada de APLV (alergia a proteína do leite de vaca), e alergia ao glúten, considerada doença celíaca.
Já o amendoim, as castanhas, os peixes e os frutos do mar, a alergia pode persistir pela vida toda.
Por isso, é importante o acompanhamento médico e nutricional, e excluir os alimentos alergênicos da alimentação, pois mesmo em pequenas quantidades, a pessoa alérgica pode ter reações graves e chegar a óbito.
Dicas:
1. Leia o rótulo dos alimentos com atenção;
2. Prepare em casa algumas receitas com as substituições necessárias;
3. Quando estiver em viagem ou passeio, pergunte como é feita a preparação no local onde for comer ou, caso compre, leia o rótulo do produto para ter certeza de que é isento do alimento que causa a alergia.
Para ajudar na alimentação com opções sem glúten, ovo, leite e derivados, o Alimente-se Bem separou diversas receitas:
Receitas
Adeque suas refeições e compartilhe com as pessoas que possuem alergia alimentar!
04/07/2024 10:00