Dia dos avós: faça o que sua avó cozinha com aproveitamento integral
O jornalista americano e autor do livro “Em defesa da comida – um manifesto”, Michael Pollan, diz no primeiro mandamento sobre alimentação: “Não coma nada que a sua avó não reconheça como comida.”
Por isso, hoje, no Dia dos Avós, para relembrar os pratos feitos por eles, despertar as memórias afetivas da infância e mostrar como incluir o aproveitamento de alimentos nas preparações, o portal Alimente-se Bem separou diversas receitas. São elas:
Opções salgadas
Carne ensopada com entrecasca de melancia
Sardinha com virado de talos de couve
Sobrecoxa de frango ao molho de laranja e salada de bifum com legumes e talos
Suflê de cenoura com talos e ramas
Opções doces
Pudim de leite condensado de soja
Reconhecer o alimento como comida
Quando sua avó prepara pães caseiros, ela não une somente os ingredientes, é uma mistura de história, cultura e tradição que é passada de geração em geração.
No entanto, quando você pensa em alimentação saudável, logo vem à mente tirar o glúten, cortar o carboidrato ou incluir produtos light ou diet e, consequentemente, não comer o pãozinho da avó, mas é importante saber que essas ideias carregam mitos.
A alimentação saudável tem relação com a variação e, não a restrição, e passa sobretudo pela cozinha de casa – nos produtos in natura, nos temperos e se possível na horta em casa.
Essa é uma forma de reconhecer o alimento como comida, pois o Guia Alimentar da População Brasileira - utilizado por muitos profissionais - incentiva a cozinhar, consumir produtos com menor grau de processamento, promover saúde, entre outras orientações alimentares.
Faça o que já dá certo há muito tempo
O título é uma afirmação do Guia e de Michael Pollan, e para exemplificá-lo destacamos o arroz e o feijão que são:
- Símbolo do padrão alimentar brasileiro;
- Boa fonte de nutrientes;
- Balanceado quando ingerido em quantidades adequadas;
- Acessível;
- Saboroso.
Ao incluir legumes e verduras da época, e carne obtemos um prato saudável, sem rótulos light, sem cortar o carboidrato e evitar alimentos processados.
Cozinhar é uma forma de resgatar os hábitos dos nossos avós e ao preparar as refeições em casa é possível comer melhor e economizar. Para isso, conhecer a classificação dos alimentos nos ajuda a entender melhor quais podemos usar nas preparações.
Classificação dos alimentos de acordo com o grau de processamento
- Alimentos in natura ou minimamente processados: devem ser a base da alimentação. São eles:
- Os alimentos vendidos da maneira que foram colhidos, diretamente de plantas ou de animais, ou que passaram por pequenas intervenções, como: lavagem, descasque, moagem e empacotamento.
- Esses tipos de alimentos não devem receber nenhum outro ingrediente durante o processo, como: sal, açúcar, óleos, gorduras ou aditivos.
Alguns exemplos são:
- Frutas, legumes e verduras - secos ou congelados;
- Raízes, ovos, carnes, leite e iogurte natural - sem adição de outros ingredientes;
- Arroz, feijão e outras leguminosas, cogumelos e castanhas.
- Ingredientes culinários: são aqueles adicionados nas receitas durante o preparo de alimentos in natura ou minimamente processados para temperar, refogar, fritar e cozinhar. São eles: sal; açúcar; óleo; azeite; banha de porco; gordura de coco; manteiga e vinagre.
- Alimentos processados: podem fazer parte de refeições, quando os pratos integram alimentos in natura e minimamente processados. São eles:
- Os alimentos que passaram por processos semelhantes às técnicas culinárias caseiras, como: lavagem, descasque, moagem e empacotamento, e que receberam adição de sal, açúcar, óleo ou vinagre.
- Eles também podem estar cozidos, secos, fermentados ou preservados por métodos de salga, salmoura, cura e defumação.
- Alguns exemplos são: pães feitos apenas com farinha, levedura, água e sal; massas frescas ou secas; queijos; carnes-secas; conservas e frutas em calda ou cristalizadas.
Há também os produtos ultraprocessados que serão abordados em outro conteúdo, já que priorizamos explicar os alimentos que as nossas avós adicionam nas receitas.
Com essa classificação é mais fácil entender a leitura rótulos dos alimentos, mas a tecnologia também pode ajudar.
Baseado no Guia, o aplicativo Desrotulando permite a consulta de produtos pelo código de barras no supermercado ou em casa, e classifica as informações importantes em uma nota de 0 a 100, bem como menciona os pontos positivos e negativos dos produtos.
Dessa forma, ao conhecer a composição dos produtos é possível fazer com que as escolhas alimentares sejam mais equilibradas e promova saúde.
26/07/2022 11:52