Entenda a diferença entre atacado, varejo e atacarejo e em qual dessas modalidades é melhor comprar.
Andar pelos supermercados comparando os preços dos produtos é uma prática recorrente para milhares de brasileiros. Mas, na hora de fazer as compras do mês, qual será a melhor opção: varejo ou atacado?
Geralmente, o consumidor final prefere fazê-lo no varejo, por comprar em unidades e ter mais facilidade ao armazenar, principalmente para famílias pequenas. Segundo o relatório Brasil Food Trends 2020, existem 78.311 lojas no país. Grande parte do crescimento do setor se deve ao poder de consumo da população de baixa renda. De acordo com a Kantar WorldPanel (dados de 2009), o gasto do consumidor com produtos em geral no supermercado corresponde a aproximadamente 75% de seu orçamento doméstico.
Já no atacado, o consumidor consegue um preço competitivo, comparado ao varejo. É destinado a pessoas jurídicas, a exemplo de lojistas e empresas, mas muito frequentado pelos consumidores finais, principalmente por famílias grandes nas quais o abastecimento de alimentos deve ser maior. O diferencial do atacado em relação ao varejo está na tabela de preços. Enquanto o preço no varejo é calculado com base no mercado local, o atacado comercializa com preços menores, direto de fábrica, representando descontos que chegam a 50% do valor no varejo.
Atacarejo
Especialmente em momentos de crise, os brasileiros tendem a ser mais racionais na hora de ir às compras. Por isso, uma nova modalidade caiu no gosto dos consumidores, é o atacarejo. São lojas que reúnem atributos das duas formas tradicionais de compras, mas com menos serviços e mais opções de produtos.
A estética não é mais importante, pois, normalmente, os produtos são comercializados em embalagens econômicas ou dentro de caixas. De acordo com a Kantar Worldpanel, o atacarejo cresceu 22% em 2016 e mais 12% em 2017. Dados recentes da Nielsen, empresa de pesquisa de mercado, divulgados pela revista IstoÉ Dinheiro, mostram que, nos primeiros seis meses de 2020, o atacarejo teve alta de 19,7%.
Não existe um prognóstico se elas continuarão a fazer sucesso por muitos anos ou por um curto período de tempo. O fato é que, por enquanto, a escolha dos brasileiros por essa modalidade tem ficado cada vez mais frequente.
Conhecendo o consumidor
Além de oferecer um preço vantajoso, uma empresa alimentícia deve estar atenta ao relacionamento com o cliente e entender sua tendência de consumo. Um dado da Kantar Worldpanel, divulgado no Brasil Food Trends 2020, mostra uma procura maior por alimentos e bebidas mais saudáveis, como produtos integrais, com fibras, sem lactose e azeites.
Ainda de acordo com o relatório, o Brasil é fortemente influenciado pelo modelo de consumo de alimentos encontrado em outros países do mundo. Das quatro tendências encontradas no Brasil, três delas são similares às globais: 34% vão às compras em busca de conveniência e praticidade; 23% procuram confiabilidade e qualidade, 23%, sensorialidade e prazer; e 21%, saudabilidade e bem-estar e sustentabilidade e ética. Nesse sentido, ao estarem atentas a essas tendências do consumidor, as empresas potencializam seus canais de vendas e se tornam mais competitiva.
Dica
Na hora de ir às compras, é importante reconhecer o consumo, se as compras terão grandes ou pequenas quantidades de produtos, quais os recursos financeiros disponíveis e quanto se tem para isso. Há momentos em que a melhor opção é o atacado. Mas, em necessidades pontuais, cabe ir ao varejo, pois pelo dinamismo de valores, é possível encontrar aquele desconto esperado.